Foto: Daniela Piroli Cabral - Arquivo Pessoal
Hoje a minha dica é sobre a obra de Susie Freeman, que está exposta no British Museum, em Londres, chamada “Pharmacopeia”. Quando estive lá, gastei um bom tempo admirando-a, impressionada.
Tratas-se de inúmeras cápsulas, drágeas e comprimidos coloridos, delicadamente costurados, um a um, numa trama de tecido de nylon transparente. Na verdade são cerca de 14 mil comprimidos, que é a quantidade média de remédios ingeridos durante a vida por um cidadão britânico “comum”.
Enfim, a imensa teia exposta naquela mesa central impacta profundamente, chama a atenção e, rapidamente, me levou contabilizar o seguinte: se um britânico vive em média 80 anos, ele passa aproximadamente metade da vida, cerca de 40 anos, tomando remédio TODOS os dias. Isso me fez pensar sobre como associamos a noção de ter “saúde” à de “ingerir medicamentos”, ligada a ideia de “cura.”
Além disso, me fez refletir um pouco além. Sobre as questões da automedicação e do papel da indústria farmacêutica no mundo capitalista. Mas isso é assunto para outros posts!
Por hora, se estiver passando por lá, vale a pena conferir. De longe, é um belo e gigantesco mosaico multicolorido e só percebemos que são os comprimidos quando chegamos bem perto.
British Museum – https://www.britishmuseum.org/
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