Não sou boa de despedidas.
Tenho a sensação que elas demoram mais do que deveriam, e sempre me atrapalho com elas.
No entanto, não coleciono desimportâncias, sentimentos sem sal, e nem pedaços de ninguém. Acho que andaram me dando essa mania ainda dentro do ventre.
Costumo dizer que os meus olhos são falantes demais pra se acomodarem em espaços vazios e em trajetos mal costurados.
Não consigo ser rasa, nem sei me esconder quando o assunto é afeto. A minha alma gesticula, e os meus desejos por aptidão são risonhos.
Gosto de histórias purpurinadas, de dançar debaixo do chuveiro, de amar sem porquês, e de me contaminar com invenções da minha cabeça. Aliás, sou boa nisso.
Preciso de gestos simples me devolvendo a capacidade da inocência e de cometer algumas loucurinhas gostosas por aí. Sentir que o dia tem gosto de algodão-doce e me lambuzar.
Tenho um desconforto que queima o meu peito e um andar autoritário que vive em busca de reticências. Sonhos que não são medidos pelo tempo e palavras que nunca dormem.
Entrar no coração de alguém pelas portas do fundo, nem pensar.
Por vezes, acordo no meio da noite com uma sensação inoportuna de saudade, e ao meu redor um redemoinho de pegadas conversam sem parar.
Algumas eu reconheço logo de cara, já outras me parecem menos nítidas.
Sinto que “alguém” veio me visitar.
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...penso que somente dois tipos de pessoas podem entrar pela porta dos fundos: uma amiga que queira transformar a nossa linda amizade em um Amor puro e sincero; ou uma ladra que queira roubar meu Coração.
É isso aí.
Silvia é mesmo uma grande cronista! Delicio-me com suas saltitantes palavras! Obrigado Silvia!
Muito obrigada!