Fico pensando até onde as minhas palavras conseguem chegar.
Não raro, elas têm um alvo certo. Em outras oportunidades não passam de histórias contadas, dessas triviais e que existem do lado de dentro de qualquer casa.
É como se fossem prisioneiras de alguém, e ao mesmo tempo completamente livres.
Algumas arrastam pessoas pra junto de mim, e existem aquelas que se despedem. Por vezes chegam me florindo sem medir o tempo, e sem escutar o mundo lá fora.
Me ensinam a contar até três vezes quando convivo com a feiura interna do ser humano, e com as variadas maneiras que eles encontram de simplesmente ferir.
E nos dias de hoje, como tem gente “feia”.
Minhas palavras não são blindadas, muito menos carregam consigo farpas entaladas na garganta falando besteiras, ou querendo endeusar frustrações que pedem os seus cinco minutos de fama e de poder.
Isso é uma maneira simpática de não acumular lixo e sobreviver aos inusitados “tchaus” que a vida nos oferece.
Elas precisam de presença pra dar colo e dividir o pão de cada dia, de não estar legal como alguns indivíduos querem, e além de tudo não dispensam alguns bizarros palavrões. Daqueles que colocam qualquer tarja preta no chinelo.
Creio que elas são boemias. Adoram as madrugadas, apreciam as estrelas, gostam de ouvir boleros, e amam um impressionável tira-gosto.
Ao amanhecer amarrotam os meus lençóis, exibem algumas quenturas pra viver à dois, pedem uma xícara de chá, e vão embora zombando do meu pijama surrado.
Uma ou outra vez, são passaporte pra que alguém possa viajar e ir de encontro ao seu destino. E quando isso acontece, elas já não me pertencem mais.
Me orgulho de vê-las de boca em boca, passando de mãos em mãos, e tocando olhos e corações.
Elas só querem falar.
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Palavras são ditas e escritas, elas não tem dono, passam de um para outro, podem dizer muito mas perdem a harmonia quando encontram um desafinado.
Exatamente isso.
Não preciso repetir, VC é minha poetisa favorita. Casa texto teu soa divino em meus pensamentos e os uso tbm.como terapia. Bjs parabéns.