Capítulo 8
Os primeiros dias de missão foram de descoberta. Isac queria ver tudo, ser tudo, medir tudo. A solidão ainda não o tinha abatido e ver a terra à distância não parecia fazer efeito no seu senso de exploração. Tudo era novo, a ser descoberto, encontrado, passível de paixão.
Dia após dia, Isac mapeava o lugar para começar a sua exploração per si. Depois de meses de andanças, Isac se sentiu, pela primeira vez, só. Mas como poderia, se tinha a esperança de todos novamente dentro dele? Não podia ser solidão. Não depois de tudo, não por causa de tudo. Sentado na crosta lunar, Isac tentou procurar em seu campo de visão os outros planetas. Estariam outros de mim procurando as mesmas coisas que eu? “Eu deveria estar aqui?” Ele se perguntou em um sussurro, quase um eco das vozes do passado. Isac se deixou ficar ali por aquela noite, ou dia. Ou toda a eternidade.
O prazo para o fim da expedição estava se esgotando e ele não teria nada para levar de volta, além da angústia, que talvez esteja colada ao ambiente, e não a sua alma, e essa era a sua esperança. Passava seu tempo caminhando, medindo o tamanho das crateras na superfície lunar. Isac nunca se sentirá só antes. Mesmo não tendo o apoio dos pais e sem amigos, Isac tinha dentro dele os sonhos das vidas do universo em todo o universo.
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“Só” é um conto de 10 capítulos, que serão publicados individualmente semanalmente.
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