Na poesia
O embalo
A luz ascendeu para krenak
Lá na Academia Brasileira de Letras
O planeta agradece
A luz apagou para Ziraldo
espera aí
Continua a brilhar
E Meninos Maluquinhos a brincar
Ziraldo agora é estrelinha no meio de muitas outras estrelinhas preciosas que passaram por nossas vidas. Ele nos deixa um legado enorme com seus muitos personagens, com sua resistência e resiliência no período militar, com seu humor e paixões.
Sou vizinha do seu Menino Maluquinho em Belo Horizonte. Isto mesmo, vizinha, como gosto de pensar. O filme, baseado na obra de Ziraldo, foi dirigido por Helvécio Raton e lançado em 1995. O longa se situa no interior de Minas e a maioria das imagens são tomadas na cidade de Tiradentes e na Rua Congonhas do bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte. É a rua que avizinho. Impossível passar pelo quarteirão do set de filmagem sem lembrar do personagem que fez sua história. Na verdade, dois personagens que se aliavam durante a vida – Ziraldo e Menino Maluquinho.
O quarteirão onde morava nosso moleque foi construído na época da transferência da capital mineira de Ouro Preto para Belo Horizonte. As casas estão entre a Rua Santo Antônio do Monte e Leopoldina e os registros mais antigos são de 1924 – 100 anos portanto. Uma área preservada pelo patrimônio de Belo Horizonte contendo 13 casas. Atualmente sete são particulares e seis são do condomínio de 27 andares que fica atrás dos imóveis.
O filme, assisti com meus filhos ainda jovens. Anos depois, apreciando as brincadeiras do meu neto com as panelas, pude vivenciar com clareza a inspiração do cartunista. Agora era João, meu neto, com uma panela na cabeça e se deliciando com os movimentos de tirá-las e pô-las. Qual criança não gosta?
A vida segue em movimentos poéticos que eternizam pessoas, lugares e brincadeiras. E, nossos poetas Krenak e Ziraldo seguem nos inspirando vida afora. Estão eternizados em suas obras.
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