Ailton Krenak, da etnia que seu nome carrega, foi o primeiro indígena eleito para a Academia de Brasileira de Letras. Mineiro que desde os anos 80 ele foi um dos expoentes da causa indígena no Congresso Nacional. O escritor e filósofo é um grande divulgador da visão cosmopolita do universo que os povos originários possuem. Considera que o consumismo desenfreado, falta de respeito com o meio ambiente e consequentemente os desastres socioambientais podem levar ao fim do planeta.
No posfácio do livro de krenak “Ideias para adiar o fim do mundo”, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro escreveu: “Quando despersonalizamos o rio, a montanha, quando tiramos deles os seus sentidos, considerando que isso é atributo exclusivo dos humanos, nós liberamos esses lugares para que se tornem resíduos da atividade industrial e extrativista. Do nosso divórcio das integrações e interações com a nossa mãe, a Terra, resulta que ela está nos deixando órfãos, não só aos que em diferentes graduações são chamados de índios, indígenas ou povos indígenas, mas a todos.”
No cenário nacional e internacional as vozes dos povos originários ecoam mais forte na atualidade. Podemos pensar na emergência para sobrevivência da Terra? Um fato histórico ocorreu nesta semana.
O líder Raoni Metuktire, indígena da etnia Kaiapó, que tem grande reconhecimento internacional devido sua voz em prol da preservação da Amazônia, lutas pelos direitos dos povos originários e pelo meio ambiente. Nesta terça-feira, 26 de março de 2024, Raoni, com seus 92 anos de vida, recebeu a mais alta honraria da França – Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra Francesa. Homenagem que existe desde Napoleão Bonaparte (1902) e é concedida para pessoas que são referências em suas áreas e por suas lutas. O local escolhido para homenagem é maravilhoso – a ilha de Combu.
Fala de Combu para chegar no encantamento das águas paraenses. Chega-se em Combu com apenas 15 min de barco desde a costa de Belém. Em tão pouco tempo o cenário muda totalmente e você adentra pelos igarapés e no verde da selva amazônica. Na beira dos igarapés ou do Rio Guamá há uma diversidade de restaurantes com comidas típicas paraenses que permite um deleite aos visitantes. Mas, o que chama a atenção no Pará são as riquezas e a imensidão de suas águas. Essas se fazem generosas e cantantes nos rios Amazonas, Tapajós, Tocantins, Xingu. Jari e Pará. Alimentam todos os seres da floresta e além.
Lembrando Krenak e Raoni nas palavras de Castro, queremos nossos rios, montanhas, selva com seus sentidos de produção de vida e mais vida e não correntes com dejetos humanos!
Foto: @ricardostuckert
Sandra Belchiolina sandra@arteyvida.com.br Voo, Voa, avua, Rasgando o céu, Voo no deslize. Voo, Avua, Rasgando…
Daniela Piroli Cabral contato@dnaielapiroli.com.br Hoje, dia 20 de Novembro, comemora-se mais um dia da Consciência…
Eduardo de Ávila Assistimos, com muita tristeza, à busca de visibilidade a qualquer preço. Através…
Silvia Ribeiro Nas minhas adultices sempre procurei desvendar o processo de "merecimento", e encontrei muitos…
Mário Sérgio Já era esperado. A chuvarada que cai foi prevista pelo serviço de meteorologia…
Rosangela Maluf Em pleno século XXI, somos continuamente bombardeados com novidades de toda espécie! Resumindo,…
View Comments
Um espetáculo nossa floresta amazônica, no silêncio da noite e clarear do dia , exuberância que deixa qualquer um transformado.nossos olhos não consegui detalhar o que nos deixa estasiado. A natureza pode ter as cores que você quiser . Vamos lutar.