Minha cela está branca
nada escrito nas paredes
minha cela está fria
nenhum raio de sol.
Triste a minha cela
sem cores
sem flores
na janela.
Retenho pequenas coisas
prisioneira que sou
de um vidro
agora vazio,
do perfume
que acabou;
Da revista já relida
de uma lata de biscoitos
da velha meia de lã
do meu cobertor furado
o espelho quebrado
junto do livro rasgado;
Fotos já desbotadas
junto a um violão sem corda.
Vazias latas de talco
sabonete sem perfume
e essa toalha molhada…
Me prendem o esmalte vermelho
um batom , de cor grená
uma escova de cabelo
outra de dentes, branquinha…
Presa a tudo, estou mais presa
por só ter o que me prende
rezo um terço, agradeço
e na branca cela minha
com o rosário na mão
vou cantando a ladainha
enquanto olho e me prendo
a uma foto antiga, velhinha!
Sandra Belchiolina sandra@arteyvida.com.br Voo, Voa, avua, Rasgando o céu, Voo no deslize. Voo, Avua, Rasgando…
Daniela Piroli Cabral contato@dnaielapiroli.com.br Hoje, dia 20 de Novembro, comemora-se mais um dia da Consciência…
Eduardo de Ávila Assistimos, com muita tristeza, à busca de visibilidade a qualquer preço. Através…
Silvia Ribeiro Nas minhas adultices sempre procurei desvendar o processo de "merecimento", e encontrei muitos…
Mário Sérgio Já era esperado. A chuvarada que cai foi prevista pelo serviço de meteorologia…
View Comments
Amei, muito obrigada,✌️❤️❤️
Ei divina você Rosângela. Ousadia minha tentar descrever a emoção sentida diante desta tua arte, *Amor*
Rosa poeta, rosa flor, forte e destemida para abrir o coração . Lindo!
Gostei do texto, mas achei triste demais. Você prima pelos detalhes, o cobertor rasgado, o violão sem cordas, toalhas molhadas etc.. parabéns!