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MINHA RESISTÊNCIA É VOZ E, SE FOR PRECISO, APRENDO A SER FEROZ

Raniere Sabará

Ser mulher é espiritualidade

Penso. Sinto. Sou ação; dona do meu ser, dona da minha razão

Entro sem pedir licença no coração de cada um que recebe cuidado

Afago. Resisto. Reluto e não caio

Faço da minha morada, minha jornada de vida

Sou um corpo no mundo. Corpo político, não corpo fictício

Sou desejo. Sou gozo. Sou prazer

Meu corpo não é objeto para se desfazer

Não me calo. Sou ação; sentimento, selvagem

Mulher das minhas ancestrais; nesse mundo, sou meu próprio lar

Ser mulher é (Re)significar os desencontros pela vida

Usar da dor para ser selvagem e resistir. Resistência a quem nos silencia

É fazer do silêncio um dos sentimentos mais singelos, mas também, fazer do último nó de um grito uma luta por todas aquelas que se sacrificaram e não puderam sobreviver

Eu reluto porque a minha existência se faz única por si só e me dá impulso para viver. Sentir. Estar

Ser a minha folha em branco pintada pelo acaso de significados

E se assim, reluto, meu corpo-ser se torna voz e, se for preciso, eu aprendo a ser feroz.

*

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