O dia seguinte do ataque aos três poderes da República no dia 8 de janeiro parece não ter fim. A cada dia um áudio, um depoimento e uma ou mais provas que – lamentavelmente – deixam claro que o objetivo do tal protesto pacífico foi aquela sucessão de cenas criminosas que assistimos praticamente ao vivo naquele domingo.
Isso posto, o Brasil tem hoje uma grande e imperdível oportunidade para consolidar a sua democracia. E algo tão sério e frágil – como temos visto nos últimos dias – não se faz apenas com negociações e conversas. É preciso dar o passo além, reconhecer que o pior aconteceu e penalizar os culpados com o rigor da lei.
Na esteira, cabe uma nova adequação das regras do funcionalismo público federal, para que esses servidores, independente do escalão que ocupam e dos privilégios e condecorações que ostentam, saibam que existe uma regra maior que a vontade deles. Sim, a Constituição Federal não pode ser desconsiderada por quem quer que seja e muito menos por aqueles que ingressarem na carreira, assumem esse compromisso.
Não há que se falar, como na década de 1980, em anistia ampla e irrestrita, porque não houve dois lados. Apenas um, o dos inconformados com a regra do jogo democrático que, seja por loucura ou mesmo para defender interesses próprios, não mediram esforços para provocar um ato de violência sem precedente na história brasileira.
Ali, a barbárie mostrou a sua face, sem maquiagem. Deixou-se filmar em atos de vandalismo sorrindo como se tudo estivesse certo. Mas não está. E isso tem que ser lembrado todos os dias para que não se repita nunca mais!
E, enquanto o país paga mais uma conta extra deixada pelos criminosos, a da manutenção dos três palácios, é preciso construir caminhos de pacificação com aqueles que ainda não foram tomados pela loucura causada pelas fake news. Porque os outros continuarão por aí, lamentando a perda, em luto fechado como se o mundo estivesse acabado. Mas não acabou.
A luta continua!
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