Terminada as festas natalinas, começam os preparativos para a virada do ano e, no caso do Brasil, para a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A expectativa da maioria da população que aceita as regras do jogo democrático nunca foi tão grande. Nem em 2002, quando ele chegou ao poder pela primeira vez depois de três tentativas frustradas.
Há diversos motivos para esse sentimento. Afinal, os ataques ao sistema eleitoral, à democracia e a direitos caros para o povo foram diários nos últimos quatro anos. Em algumas décadas, historiadores já terão reunido o farto material do período e será mais fácil perceber o quão grave aconteceu no Brasil no período.
Hoje, sentimos os efeitos de um sistema que prega a obediência cega a um projeto fascista, preconceituoso e, sobretudo, irresponsável que implodiu o Estado a troco de uma tal de liberdade que ficou maior que a própria vida, tão negligenciada e desrespeitada.
Mas o momento é de se preparar porque a luta continua à espera de novos atores. Os ataques não cessarão com a posse do novo governo. Afinal, teremos um Congresso Nacional conservador e ligado ao que há de pior no mundo: a moral hipócrita e a religiosidade da boca para fora que não teme cometer, de forma reiterada, um pecado mortal de tomar o nome de Deus em vão.
Na mesa das oportunidades também há um espaço para as dificuldades e desafios. E o Brasil, hoje, é um adolescente rebelde de 13 anos que precisa de regras muito bem estabelecidas para virar alguém na vida. Deixar correr para ver como é que fica não é uma hipótese a ser considerada nesse caso.
E para terminar, destaco a premiação dos Melhores do Ano que a Globo exibiu ontem no Domingão com Huck para fechar as celebrações do Natal, com a participação de humoristas que deixaram o silêncio de lado para falar poucas e boas sobre o futuro do país e sobre os absurdos que têm ocorrido após o resultado das eleições.
Afinal, com a concessão renovada por 15 anos – outra ameaça diária desde janeiro de 2019 – chegou a hora de dar o troco e de falar em alto, bom som e com toda clareza, que o pior capítulo da história brasileira está prestes a terminar. Já virou piada, mas não pode parar por aí. Há que se punir exemplarmente, para que tais golpes não se repitam.
No futuro grande que o brasileiro merece, esses cidadãos de quinta classe não têm espaço. Nunca mais!
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