Olhe na imensidão. Pés descalços no chão. Caminho em frente à multidão, sem mútua, sem visão.
Vejo um pressentimento de culpa em cada olhar. Em qual setor eu vou me encaixar? de qual pobreza eu vou me alimentar?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes, o universo pressente o fator desumano e eu perco a minha face outra vez.
Toda ação deve ter como princípio o próprio ser humano, mas somos seres boçais. Seres que mesmo não tendo fome na barriga ainda sim são famintos na mente.
Vejo indivíduos morrendo de fome, já outros só querendo seu nome. Mesmice, encaixada num estereótipo despido conjunta com um livre-arbítrio. Seco. Frio. Cheio de ódio e rancor onde a ingenuidade do ser chega a incomodar.
Crianças? são proibidas de sonhar. E os seus jovens? eles estão morrendo com tanta falta de informação.
Mas não me leve a mal, talvez com esses padrões de mídia eu tenha me tornado um ser paradoxal.
Eu não era do tamanho da minha atual face. Assim triste, olhar silencioso e amargo. A felicidade me encontrava.
Eu não optei pela mudança recostado em um lugar distante de mim.
Em qual espelho, a minha face deixei?
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