Hoje o Brasil entra em campo novamente. A segunda das sete finais que compõem a Copa do Mundo do Qatar. Pessoalmente, gostei dessa ideia porque tira os jogadores da tal zona de conforto. Mais uma vez, povo vai parar para ver. Quem tem jornada, começou cedo e quem é do serviço público pode contar com o sagrado ponto facultativo, porque nestes dias de jogos, não tem como se concentrar se tem alguém na sala ao lado, no andar abaixo ou mesmo no prédio em frente com a TV ligada com a torcida pronta para gritar “Gol”.
O futebol tem o seu fascínio sobre as pessoas. Mas na Copa a maioria se rende à paixão nacional. Mesmo assustados com aqueles que, há quase 30 dias, se aglomeram nas portas dos quarteis pedindo a tal intervenção militar – nome novo para golpe – a maioria está aproveitando o momento para descansar, rever amigos e parentes e mudar de estresse. Porque não é possível ruminar um problema só o tempo todo.
O preparativo para o jogo, vestir a camisa da Seleção Brasileira nas cores disponíveis e encontrar pessoas que se reúnem com o único objetivo de se divertir – mesmo com a possibilidade de uma derrota – são atividades que quebram a rotina. E, nos tempos bicudos da atualidade não há nada mais prazeroso que poder deixar o dia a dia de lado, nem que seja por algumas horas.
Qualquer coisa está valendo pra reduzir a carga de estresse que acomete os mortais no final de cada ano. Tem sido, assim, um bom preparativo para dezembro, que deveria ser um mês para desacelerar e brindar, mas que leva as pessoas ao máximo da agitação, graças à sucessão de eventos, obrigações sociais e compras. Parece até que o mundo acaba no dia 1º de janeiro!
Mas não. O ano que vem por aí será de grandes desafios não apenas para os governos como para a população em geral. É preciso sair da trincheira de uma guerra imaginária que testa e compromete a saúde mental da população há alguns anos para reencontrar a paz e, sobretudo, sentimentos mais nobres e que tenham efeito positivo para a convivência em sociedade.
Barrar a barbárie que já não tem medo de esconder seu rosto monstruoso é um processo que leva tempo. Mas acredito que o Brasil vencerá e sairá mais forte de todo esse perrengue. Nesse sentido, a Copa do Mundo pode ser uma boa chance para começar a mudar o astral do povo.
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