Às vezes, é preciso mudar. Sair de onde o coração já não se aquieta mais.
Cada segundo é o presente. A vida cíclica que nós, seres humanos, vivemos, sempre será passível de mudanças. Não há como fugir do intermédio das estações. Penso que, como a imensidão dos oceanos que nascem da terra, nossa vida é perpassada por ciclos de mansidão e crises que atordoam e sacoleja como maremoto.
Em momentos de crise, tudo é tão mirrado. Queria poder ter a imagética ação de sumir no vento. Não fazer morada na mente que faz o corpo sentir. Despir. Fogo acesso de pensamentos que não se apaga. De fato, se apega. As crises exigem de nós sair do conforto que abraça, mas, sufoca.
A vida começa a perder sentido. Os prédios se tornam tão cheios de almas tão vazias. Luzes da sala que ilumina a língua engolida pelo silêncio. Não um silêncio de quietude, mas sim, silencio bagunçado na confusão. Não se escuta ninguém. A rotina que antes nos fazia bem, se torna ansiosa e lapida a espera de mudança.
Mudança significa habitar. Ampliar a percepção. Ganhar perspectivas de outras formas. Ser síntese e, ao final, pertencer.
Na natureza – tomada como exemplo – A árvore possui por baixo da terra raízes que reverberam o abrigo de uma própria árvore oculta. Árvore que é primavera de si e com o cuidado da terra, sol, nutrientes e água, ela própria cria vida. No nosso caso, não poderia ser diferente. Somos parte de um todo. Somos a própria natureza e, como ela, criamos vida a partir da adequada nutrição do que alimentamos para dentro de si.
O alimento da mudança, nesse caso, é a mansidão. Busca incessante de ser capaz de renascer das cinzas, dos desencontros. Dar forma ao um novo eu. Derramar serpente naquilo que não te cabe. Procurar a sua própria caricatura desalmada perdida no espaço e, no final, sorrir para o passado ao se encontrar.
E, muito embora, o medo da mudança permaneça dentro de nós, às vezes é necessário queimar na fogueira aquilo que te mata e procurar uma nova face oculta de nosso ser.
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