Escrevo dentro de um carro e viajando para comemorar o aniversário de minha filha Camila.
Juntos seguimos: a aniversariante, Lucas seu marido, João meu netinho e eu. Seus 37 anos comemorados no dia 04 de agosto de 2022, me remete ao anterior de 1985. Escrevo um dia anterior à sua data comemorativa_ data de seu nascimento. Há anos atrás, a malinha para levar para o hospital já estava a espera há quinze dias. Camila nasceu no último dia de marca analisada pela ginecologista. Ontem, conversando sobre essa lembrança, Caca exclama:” para que sair? Se tinha tudo lá!” O nascimento é o primeiro desastre que o ser humano enfrenta na vida. Muitos outros virão, mas hoje falarei da emoção de ser mãe e olho para o meu lado direito, ser avó – um presente que a vida me proporcionou.
Até essa transmissão familiar muita água rolou…
Camila veio ao mundo como uma bonequinha. Linda, pele clara, bochechas rosada, cabelos e olhos castanhos escuros e lábios carnudos e vermelhos. Sempre foi um doce de criança, jovem, mulher até que…
Brincou de boneca, especialmente a Barbie até seus doze anos, para sua geração, aproveitou muito essa fase. Em nossas viagens, era uma mala para ela e outra para as bonecas. Certo dia as brincadeiras acabaram num repente. As bonecas foram jogadas para o maleiro e ela nem sequer olhou para trás. Posteriormente doando todas.
– Não quer ficar nem com uma? A mãe querendo saber se era isso seu desejo.
– Não! Seu retorno.
E, outras escolhas foram ocorrendo, e a mãe no mas.. Meia arrastão para ir para escola, boca prá lá de vermelha e com contorno de lápis preto. Não havia argumentos que removeesse certeza daquilo , e, claro, achava lindo. Os cabelos nessa época oscilavam do roxo ao verde. Por sorte era tinto com a cor extraída do papel creppon.
Camila, teve o privilégio de passar férias no interior de Minas, morávamos em Belo Horizonte. Tanto ela como Tiago – seu irmão, foram acolhidos na casa da Vó Maria e Vô Alonso nessas épocas. Casa que já recebeu centenas de amigas(os), parentes meus e dos meus irmãos, repassa a hospitalidade para a nova geração familiar. E a nossa “Disney” (bem lembrado por um dos frequentadores), e, que digo com certeza _ mais mágica do que a indústria construída para fornecer sonhos. Os nossos? Criavamos! Isso foi passado para geração seguinte. Assim, após a morada da avó passsou para um apartamento… ali estavam: uma rede para os embalos coletivos, brinquedos, o baú de fantasias. Esse proporcionou muitas encenações. Isso sem falar na casa com cheiro de bolos e quitadas (delícias que enchem a boca só em lembrar).
Com essas boas memórias celebro seus trinta e sete anos, minha filha. Que venham muitas alegrias, criatividade e o aconchego familiar na paz e amor! Te amo!
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