A morte de Genivaldo de Jesus Santos por asfixia, dentro de uma viatura no dia 25 de maio, mostra a violência e as incapacidade dos agentes não qualificados do Estado em lidar com os portadores de transtorno mental. Claro que não estou generalizando essa afirmação, visto que os profissionais da saúde mental travam lutas diárias para que seus pacientes ocupem um lugar de respeito na comunidade.
Lendo relatos sobre a barbárie – os policiais foram advertidos pelo sobrinho de Genivaldo de que ele fazia uso de medicamento para esquizofrenia há 20 anos. Mesmo sem reagir, e, tendo somente à incompreensão sobre as orientações que deveria fazer para que os policiais o revistassem, foi morto.
Uma fatalidade que aponta que nossas instituições e o Estado não estão orientados e treinados para essas situações. Um sujeito delirante se sente ameaçado e acuado conforme se dirigem a ele – não era o caso de Genivaldo.
Presenciei num CAPS, onde trabalhei, uma das passagens mais marcante que carrego comigo e que me dá um certo “alento”, pois existem bons profissionais no Estado e qualificados. Um colega psiquiatra/psicanalista conversava com um paciente esquizofrênico em crise, e, portanto, com delírios. Ele se postou ao lado e cócoras do paciente que estava sentado, ficou num nível inferior a ela. Conversou com ele por alguns minutos na presença dos familiares, presentes também. Após essa conversa, que considerei um modelo direcionado à família, foi escutá-los e informar sobre sua postura. Relatou sobre a importante de ele (s) não sofressem nenhum tipo ameaça. E, que sua postura de indefeso, que se pós, era para não provocar nenhum tipo de reação negativa, mas de confiança e acolhimento para quem já estava tão ameaçado.
A fala de Demarise de Jesus Santos, irmã de Genivaldo, aponta para o que um brasileiro espera de seus agentes:
“Quando um policial se forma, é para ele defender a população, saber abordar, saber conversar, saber convencer. Mas do jeito que eles foram ali foi agressão em cima de agressão, barbaridade em cima de barbaridade”.¹
Referência:
¹https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/05/se-fosse-um-branco-nao-aconteceria-aquilo-diz-irma-de-genivaldo.shtml
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