Fui à médica pedir uma cura. Um remédio para aquela dor chata que dura 4 dias e antecede o período da menstruação.
Dor essa que vem acompanhada de uma certa tristeza, edema, sono, dor de cabeça e muito apetite para doces e chocolate.
O nome disso era tpm: tensão pré-menstrual. E essa patologia é imune ao meu antidepressivo.
Havia opções. Fitoterapia. Psicoestimulantes. Ginástica mais remédio para pressão associado a um anticonvulsivo.
Ponho na balança.
Por um lado, ela me incomoda. Fico chata, dolorida e pesada. Por outro, parece que, nesses 4 dias, desligo uma chave e entro em outro mundo. Onde ouço o som do silêncio e tenho as lucidezes mais claras. Onde traço objetivos e descarto coisas que já não me servem. Onde troco a pele e abandono algumas de mim mais antigas. Onde fico quieta, isolada, muda, mudada. E me aprofundo em algo sinistro de onde retorno mais inteira. Existe um lugar muito bizarro de lucidez na tristeza. Abrir mão de senti-la é anestesiar descobertas.
Abandono a farmacopéia e decido, por ora, permanecer assim.
Nessa tensa jornada mensal que me leva para mais perto de mim mesma.
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