Reprodução/Pixabay
Pânico! Culpa!! Desespero!!! Um mix de sentimentos é o que me toma de assalto agora. O motivo? Pela primeira vez na história desse país é bem provável que não entregarei uma crônica semanal ao Mirante. Já são dois anos contribuindo para o blog. Uma crônica por semana. Considerando que o ano contém doze meses, e que o mês corresponde a quatro semanas, lá se vão quase cem textos publicados. Todos inéditos. Ruins, mas inéditos. Sem jamais requentar a crônica do mês passado ou mesmo repeti-la, ipsis litteris, na cara dura. Mas agora aqui estou eu, pensando se passo um batom naquele texto que quase ninguém leu e o meto aqui como se novo fosse. Ocorreu que a semana foi curta — ah, como eu detesto o Carnaval — e pesada. Uma bomba por dia estoura na mão daquele que exerce a profissão do advogado. Quando o advogado é neófito, assume a bomba que ninguém quer assumir. Isto é, uma bomba ainda mais nociva, que provoca milhões de estilhaços, que emendam na bomba do dia seguinte e quando vê, você está lidando com os efeitos duas ou três explosões ao mesmo tempo. O que me leva a lembrar da situação dos soldados ucranianos. Ah, a guerra na Ucrânia. No início da semana eu cismei de ler tudo sobre a guerra na Ucrânia. Estadão, Folha, Times e Post. Belos textos e fotografias. Digo belos, na acepção técnica, claro. Porque no mérito, as reportagens e imagens revelam episódios sombrios. Cá no fim da semana, dadas as bombas do meu mundinho irrelevante e pequenino, já não sei nem o que se passa com os soldados ucranianos. Sei que são guerreiros, quase masoquistas ou suicidas. Suicida mesmo é quem topa publicar um texto por semana, de graça, quando se tem que ganhar o pão de cada dia, através de bombas que caem sobre nossas cabeças, e ainda criar um gato. Opa, fui desabafar e não é que entreguei mais uma crônica, valendo-me daquele velho expediente de cronista sem assunto? Foda-se. Sigo invicto no Mirante.
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