A norma-padrão da língua portuguesa nos “ensina” que na soma de masculino e feminino a concordância que predomina é a masculina. Um exemplo: onze mulheres e um homem são bonitos. Outro exemplo: mesmo sabendo que a grande maioria é feminina, o certo é escrever que “os professores reivindicam…”, mesmo que entre centenas tenha só um homem no meio delas. Mais um: expressiva maioria dos servidores públicos é composta por mulheres, mas somos obrigados a escrever que “os servidores públicos…”.
Não concordo e confesso que isto sempre me incomodou. A norma-padrão da língua portuguesa devia nos ensinar que o certo é escrever que “um homem e onze mulheres são bonitas”, que “as professoras reivindicam…” e que “as servidoras públicas…”. Ora, se são maioria, porque prevalecer a norma-padrão preconceituosa que privilegia o homem, mesmo que em minoria?
Confesso que não tenho a formação acadêmica que gostaria ter e que melhor podem escrever sobre isto “mestres” como Rosângela Maluf, Mirian Brandão, Conceição Soares, Erivelton Braz e Professor Dadinho, entre outras e outros. Mas que me cheira a preconceito, isto cheira! E o que é pior: nunca vi ninguém protestar contra isto. Nem homem, nem mulher…
Sei que muitos vão dizer que é falta de mais estudo e conhecimento da língua portuguesa, que é norma-padrão e que sempre foi assim.
Aí eu recorro ao grande escritor português José Saramago que rompeu todas as regras e normas de pontuação em seus textos e, certamente depois de ser criticado por alguns, tornou-se um dos mais importantes escritores da era moderna na língua portuguesa e prêmio Nobel da literatura em 1.998.
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