O nome me lembra as aulas de matemática, mas creio que esteja me confundindo.
Só sei que ele faz parte de nossas vidas como uma entidade obscura, que nos vigia e controla. Um tipo de Deus. Só que ele não é bondoso. Ele quer algo de nós. Nosso tempo, nossos cérebros e, sobretudo, nosso dinheiro. É esse o dispositivo que hoje nos domina: o algoritmo.
Para quem trabalha com a internet, é assim. Se trabalhamos pouco, ele nos impele a trabalhar mais. Se tiramos um dia de folga, ele nos pune alocando-nos ao limbo do esquecimento. Quando nos ausentamos por ainda mais tempo, catapulta-nos para a obscuridade. E só retorna a favorecer-nos quando voltamos a servi-lo.
É ele a ditar o ritmo. Ele não aceita objeções. Mal tem um nome. Apesar de já sabermos exatamente quem – ou o quê – está por trás disso…
Ele não tem moral e nem nada a perder. Perder, para ele, é apenas diminuir o ganho.
Joga com as nossas mentes e manipula nosso estado psicológico. Ele nos faz sentir sempre aquém dos demais. Atiça-nos de todas as formas. Impõe frequentes atualizações e aquisição de habilidades quase sempre inúteis. Seu ritmo conclama à artificialidade.
A vida real não se parece em nada com ele. É lenta, errática, polimórfica, irregular. Doente com certa frequência, preguiçosa muitas vezes, espontânea e sem edições.
Como solucionar esse impasse entre viver e produzir no novo campo onde a vida parece, de fato, acontecer?
A meu ver, o debate chega a ser ético. Seguir um mecanismo ansiogênico que reduz interações humanas a números não me parece um bom caminho. Por intuição, sigo em um ritmo ditado pelo combo disposição + desejo + qualidade + verdade. Às vezes, dá um bom caldo. Noutras, ninguém vê. Mais ou menos semelhante a como a realidade funciona mesmo…
Mário Sérgio Todos os preparativos, naquele sábado, pareciam exigir mais concentração de esforço. Afinal, havia…
Rosangela Maluf Gostei sim, quando era ainda criança e a magia das festas natalinas me…
Tadeu Duarte tadeu.ufmg@gmail.com Com a proximidade do Natal e festas de fim de ano, já…
Peter Rossi Me pego, por curiosidade pura, pensando como as cores influenciam a nossa vida.…
Wander Aguiar Finalizando minha aventura pelo Caminho de Santiago, decidi parar em Luxemburgo antes de…
Como é bom ir se transformando na gente. Assumir a própria esquisitice. Sair do armário…
View Comments
Tata, muito necessário refletir sobre isso.