Outro dia, flagrei-me emocionada ao estar entre os residentes do ambulatório em que atendo, às terças-feiras. Meu Deus, são pessoas! – Pensei. Não eram telas, textos ou áudios digitais. Por estranha que soe esta afirmação, em tempos de isolamento social, aquele curto período de convivência e assistência em saúde mental soou como um recrudescimento da sensação de pertencer à humanidade.
Colocar tudo em perspectiva nos faz enxergar como novos olhos tantas coisas. Hoje, até quem é meio ermitão está sentido falta de gente. E seria até uma falta gostosa, se estivesse valendo a pena. No entanto, tem sido uma falta que se soma a inúmeras outras. Faltam amigos, falta vacina, falta assistência, empatia e sobretudo, esperança. Falta credibilidade em nossos governantes. Falta luz e não temos para onde ligar.
A sensação que tenho é que falhamos em tantas coisas. Falhamos em defender o nosso povo. Falhamos em nos prepararmos para esse embate. E agora, só nos resta tentar não submergir na onda roxa.
Queria tanto ter visto o Brasil desempenhar um papel melhor nessa tempestade. Ter comprado vacinas logo cedo. Tem incentivado mais os cuidados individuais e coletivos. Ter tido políticas públicas mais efetivas para o cuidado em saúde e para evitar a miséria. Que o tratamento precoce tivesse tido, de fato, um resultado. É avassalador ler as notícias. Por isso, perdão, leitor, hoje não tenho muito o que dizer…
Faz um ano que vovó se foi e queria ter feito uma homenagem para ela. No entanto, só consigo pensar que avós como ela continuam indo embora aos montes, todos os dias. Às vezes, também os filhos e netos. E que esse ciclo de dor não parece ter hora para terminar.
Diante disso, resta projetar a esperança para frente e sonhar com o aparentemente longínquo fim dessa guerra, quando darei mais valor à vida, ao meu trabalho, àqueles com quem convivo e ao meu voto nas urnas, a cada 2 anos.
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