De todas as atividades que já exerci na vida, incluindo os dezesseis hospitais de BH e região onde já trabalhei, nunca tinha me sentido tão adulta quanto no exercício da sindicância do meu prédio.
Fui eleita por eliminação. Como nova moradora, recaiu naturalmente sobre mim a atual função de administrar esse pequeno e caótico país. Aceitei de bom grado mas, sendo honesta, a função se mostrou bem mais complicada do que eram os meus plantões.
Os problemas de agora envolvem termos que anteriormente eu custaria a entender ou mencionar, como: rufo, pingadeira, concreto, 30mpa, inadimplência, prumada, alçapão. Há ainda outros que nem sabia que faziam parte da língua portuguesa, como descaimento e demão (achava que eram invenções).
O prédio é idoso, tem cinquenta anos. Isso é muito para um edifício que não vinha sendo bem cuidado há tempos.
Cada semana é uma nova aventura, que vai desde evitar que joguem lixo em nosso jardim até obras faraônicas para as quais temos que levantar orçamento do além.
Sem um espírito inato de liderança ou nenhuma experiência no assunto, conto com a boa vontade e amizade dos meus vizinhos. Tal como um ministério, cada um ajuda em uma coisa. Juntos vamos tentando resolver as pendengas que brotam como mato do chão.
Um morador entende de direito, outro de construção civil. Uma conhece uma jardineira excelente e outro tem o contato de um pintor fenomenal. Cada um agrega seu conhecimento e traz a sua colaboração. Não é perfeito. Há também os brigões ou os ausentes. Porém, em geral, essa ajuda tem sido de grande valor. A experiência de todos tem nos salvado de muitas armadilhas e nos poupado uma grande quantidade de tempo.
Diante das eleições municipais, pensei que o governo da cidade, estruturalmente, não difere muito dessa lógica. Assim como meus bons ‘ministros’, eleger uma boa câmara é fundamental. Administrar sozinho é utopia e esse entendimento terá ainda mais valor daqui a dois anos, quando das eleições estaduais e federais.
Ao mesmo tempo, um síndico ruim atrapalha, mas não condena ao fracasso total se houver vontade genuína do entorno. Essa pequena experiência me trouxe, assim, uma grande noção civil.
Meus vizinhos contaram que, antigamente, havia gritos nas reuniões de condomínio. Isso sim é improdutivo, desgastante e inútil. O debate, contudo, abarcando nossas inúmeras diferenças, tem feito grandes milagres por aqui. Que essa prática não seja posta de lado por nossos futuros “síndicos”…
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