Pet Lover – Fonte: arquivo pessoal
Daniela Piroli Cabral
contato@danielapiroli.com.br

Há algumas semanas falei sobre o tédio, saúde mental e a pandemia. Recebi diversos depoimentos e respostas muito interessantes, e até inusitadas, sobre como lidar com o cotidiano em isolamento que em breve contarei para vocês. 

Por ora, gostaria de contar sobre o meu isolamento e como ele tem sido amenizado pela convivência com o melhor amigo do homem. Na verdade, com as duas melhores amigas: Lola e Liz. Lola é uma golden retriever e Liz é uma spitz, que acabou de ter o seu primeiro cio. Como costumo falar, uma é grande, mas acha que é pequena; a outra é pequena, mas tem certeza que é grande.

Na verdade, mesmo antes do isolamento, a presença delas na nossa vida foi uma grande revolução. Afeto, cuidado, lealdade, responsabilidade, atividade.

Quem não tem mais prazer em se exercitar quando se tem companhia garantida para a corrida ou caminhada?

Quem não fica mais sociável ao passear com o dog na rua e arrancar sorrisos das crianças e também conversas dos marmanjos?

Quem não se sente mais feliz por receber amor genuíno em troca de comida e alguns afagos?

Quem não desenvolve senso de autonomia e responsabilidade quando tem um ser que precise do seu cuidado?

Quem não se diverte com a certeza olfativa deles durante as refeições? Ou com as batidas dos rabos, com os latidos e com as lambidas nas demonstrações de afeto?

Quem não se gratifica por ensinar, escovar e brincar com um ser cujas respostas são imediatas e inequívocas?  

Para o médico veterinário Luiz Gustavo Piroli Cabral, que é também meu irmão, os cães são considerados os melhores amigos do homem porque eles dão muito em troca de muito pouco. Ele enfatiza alguns estudos que demonstram os benefícios à saúde e desenvolvimento, ressaltando a cinoterapia (ou pet terapia) especialmente nos casos de crianças e idosos. 

No entanto, alerta para o risco do antropomorfismo exagerado durante a pandemia, uma vez que, para muitas pessoas, os animais acabam sendo as únicas companhias e formas de contato afetivo direto durante o isolamento social. “A humanização em excesso dos animais domésticos também tende a gerar sofrimento nos bichos“, adverte.

Se você não tem o seu bichinho, prepare a caixa de lenços e aproveite a quarentena para assistir às minhas sugestões de filmes: Sempre ao seu lado, Marley e eu e Greyfriars Bobby, todas eles baseados nas lindas histórias reais entre os cães e seus donos. 

Referências:
Daniela Piroli Cabral

Share
Published by
Daniela Piroli Cabral

Recent Posts

Feliz Natal

Mário Sérgio Todos os preparativos, naquele sábado, pareciam exigir mais concentração de esforço. Afinal, havia…

10 horas ago

Natal? Gosto não!

Rosangela Maluf Gostei sim, quando era ainda criança e a magia das festas natalinas me…

16 horas ago

Natal com Gil Brother

Tadeu Duarte tadeu.ufmg@gmail.com Com a proximidade do Natal e festas de fim de ano, já…

1 dia ago

Cores II

Peter Rossi Me pego, por curiosidade pura, pensando como as cores influenciam a nossa vida.…

2 dias ago

Corrida contra o tempo em Luxemburgo

Wander Aguiar Finalizando minha aventura pelo Caminho de Santiago, decidi parar em Luxemburgo antes de…

2 dias ago

Assumir

Como é bom ir se transformando na gente. Assumir a própria esquisitice. Sair do armário…

3 dias ago