Pode parecer muito prematuro qualquer tipo de avaliação, afinal ainda não temos uma semana dos resultados finais, mas os primeiros passos, tanto do presidente quanto do governador eleito, permitem e sugerem expectativas. Ainda temos 60 dias até a posse, mas algumas escolhas já são boas e outras ruins. Se no caso federal, alguns nomes já foram confirmados, aqui em Minas Gerais nenhuma sinalização sobre a nova equipe, exceto a equipe de transição.
Confesso, assumindo que é pensamento pessoal e até torço pelo contrário, que não tenho grandes ilusões quanto ao presidente eleito. Ao contrário do próximo governador, que só teve meu voto e apoio no segundo turno, vejo nele – diferente do outro – disposição para ouvir e reconsiderar intenções e declarações do período eleitoral. O futuro vai nos mostrar e revelar se mereceram o sucesso no pleito de 2018.
Tanto lá quanto cá, essa redução drástica de pastas (Ministérios e Secretarias), embora tenha sido objeto de mote das campanha, merece e precisa ser mais bem avaliada. Por exemplo, colocar sob a mesma coordenação agricultura e meio ambiente (no caso, presidente e governador fazem essa sinalização) seria colocar o lobo pra tomar conta do galinheiro.
E outra: essa redução, embora necessária não trará grandes economias como vem pregando. Afinal, vai reduzir o cargo e salário do titular e seus cargos comissionados, pois a estrutura operacional é formada por servidores concursados, que tem situação estável e não podem ser demitidos, como alguns imaginam. No caso, a ilustração abaixo (extraída das redes sociais) simboliza com simplicidade e precisão o que essa medida poderá ocasionar ao contribuinte.
No que tange às áreas da Educação, Saúde e Segurança elas são, constitucionalmente, deveres do Poder Público. Querer, como temos sido bombardeados de informação, colocar Educação dentro da Ciência e Tecnologia é uma barbárie. E mais, Ciência e Tecnologia são para desenvolver esse setor e não combater inimigos “internos e externos”.
Os nomes para compor primeiro escalão, necessariamente, precisam ser de pessoas de comportamento ilibado e competência reconhecida. Afinal, os discursos predominantes eram de combate à corrupção. Condenados e usuários de tornozeleira não podem fazer parte de um governo que veio para moralizar. Assim foi dito na campanha. Tampouco Juiz que interferiu diretamente na política nacional, sabidamente, em favor do grupo vitorioso.
No caso mineiro, ao que espero, o governador eleito – comprovadamente de sucesso na inciativa privada – terá obrigatoriamente de virar o seu chip de gestor. Deixar de ser gerentão de empresa para a condição de homem público. União, Estados e municípios não visam lucro e sim atender à população, notadamente às pessoas e regiões mais carentes.
Levar empresa e sensibilizar empresários a investir no Mucuri, tem de ter como único objetivo aquecer a economia local, gerando emprego e renda. Jamais pelo fato da mão de obra ser barata. Da mesma maneira, no caso da Educação, reciclar e capacitar os professores da rede pública e não sonhar com a possibilidade dos alunos das escolas públicas estudarem em colégios privados. Tampouco achar que estes três setores seria fonte de receita. Utopia, sem precedentes!
Reafirmo minha esperança de que doravante eleitos desçam dos palanques e priorizem o bem estar dos brasileiros e mineiros, sobretudo para apaziguar os exaltados e descrentes ânimos da população. A rosa do alto da página não é só simbólica, ela expressa o sentimento de milhões de pessoas no Brasil e em Minas Gerais.
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