Categories: Sem categoria

Reformas necessárias deveriam pautar o novo governo

Foto: UAI/EM

Fosse o eleito um estadista, não perderia a oportunidade que Fernando Henrique e Lula tiveram, deixando escapar pelo ralo. O tucano, eleito com grande apoio popular, se ocupou em seu primeiro mandato por assegurar a aprovação da reeleição, deixando à margem reformas necessárias aos brasileiros. O petista, buscando base de sustentação no Congresso, igualmente deixou passar outro momento favorável às alterações que novamente foram adiadas.

O preço veio agora, tanto PSDB quanto PT, partidos que se enfrentavam e detinham as maiores bancadas, governadores eleitos e grande aceitação dos eleitores, sofreram duras quedas nas eleições de 2018. Os tucanos, que já tiveram bancada com mais de uma centena de parlamentares, ficou reduzido a menos de 30 na futura Câmara dos Deputados. Já os petistas, embora com a maior bancada naquela Casa, tem número insuficiente para uma oposição consistente ao futuro governo. Os demais partidos, sabidamente, são fisiológicos, darão sustentabilidade ao novo governo.

Seria o momento, embora com atraso em quase três décadas, para avançar em profundas reformas econômicas e sociais – abrangendo previdência, eleitoral, financeira e tantas outras – desde que sem causar mais prejuízos ao cidadão. Entretanto, em suas primeiras declarações, o presidente eleito mostrou que ainda está no palanque eleitoral. As comemorações nas ruas legítimas a quem venceu, em muitos casos se transformaram em praças de guerra.

Foto: UAI/ EM

Com essa perspectiva, pouco ou nada pode se esperar em termos de melhoria aos assalariados que temem – por exemplo – pelo fim de direitos conquistados ao longo dos tempos como o décimo terceiro salário. Não seria este o caminho para a busca de ações de desenvolvimento com justiça social.

Os dois partidos vitimados pelos resultados eleitorais, que tiveram oportunidade recente de implementar essas mudanças, estão em processo de extinção. O PSDB, ao comemorar exatos 30 anos de sua criação, agoniza e passa a ter como sua principal liderança o contestado governador eleito de São Paulo. Com relação ao PT, derrotado já no primeiro turno em Minas Gerais, igualmente sofre de uma terrível crise de identidade. Petistas sempre defenderam a união das esquerdas, desde que em torno deles e de suas propostas.

Paralelo a isso, seguimos os brasileiros inseguros e com receio do que o futuro espera. O discurso, que sugere medo do presidente eleito, ganhou adeptos nas ruas, deixando pessoas inseguras de circular livremente. As comemorações e mesmo no período eleitoral sinalizam razão a este pânico.

Em tempo: caríssimas e caros leitores, doravante vamos contar com a colaboração de outras pessoas, além deste blogueiro e da Daniela Pirolli. Juntam-se a nós Amanda Aleixo (que já vem editando o blog), os juristas Custódio Neto e Dell Delambre e ainda outros que ainda estão sendo contatados, para – diariamente – trazer um tema ao nosso bom debate. Serão assuntos diversificados para nossa prosa diária.

Blogueiro

Recent Posts

Dezembriar

Silvia Ribeiro Então é dezembro. Hora de pegar a caderneta e fazer as contas. Será…

2 horas ago

Feliz Natal

Mário Sérgio Todos os preparativos, naquele sábado, pareciam exigir mais concentração de esforço. Afinal, havia…

20 horas ago

Natal? Gosto não!

Rosangela Maluf Gostei sim, quando era ainda criança e a magia das festas natalinas me…

1 dia ago

Natal com Gil Brother

Tadeu Duarte tadeu.ufmg@gmail.com Com a proximidade do Natal e festas de fim de ano, já…

2 dias ago

Cores II

Peter Rossi Me pego, por curiosidade pura, pensando como as cores influenciam a nossa vida.…

2 dias ago

Corrida contra o tempo em Luxemburgo

Wander Aguiar Finalizando minha aventura pelo Caminho de Santiago, decidi parar em Luxemburgo antes de…

3 dias ago