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Expectativa com os eleitos e declaração de votos

Foto: UAI/EM

Finalmente, foi encerrado este processo eleitoral, que reputo como o mais chato que vivenciei em toda minha existência. Como naquele jargão antigo do futebol, “quem ganhou, ganhou; quem não ganhou, não ganha mais”. Resta agora aguardar a posse dos eleitos e quais serão suas ações em benefício do Brasil, de Minas Gerais, dos brasileiros e dos mineiros.

A missão de ambos é árdua. A expectativa dos milhões de votos recebidos sugere que tanto Bolsonaro quanto Zema, não se ocupem em manter a divisão que o período eleitoral causou, mas tente unir forças para reconstruir a economia e as desigualdades sociais que atravessamos.

Na campanha do então presidente e até mesmo no caso do estreante, agora eleito governador de Minas Gerais, esses pontos foram minimamente debatidos, dando lugar a conteúdos que em nada sugeriram interesse daqueles que é dever do Estado assistir. Educação, saúde e segurança são deveres do Poder Público. O debate, em boa parte da campanha, passou à deriva de propostas concretas e que visassem corrigir os rumos dessa situação.

No caso do presidente eleito, o sentimento anti-petista enraizado entre os brasileiros, em muitos momentos comandou o tom agressivo que causou pânico até entre pessoas que desejavam votar o candidato. Na reta final, convenientemente, esse tipo de mensagem foi dando lugar a discursos mais brandos. Deixou de lado questões homofóbicas, preconceituosas e até mesmo de extermínio de adversários. Agora, pós-eleição, aguardam-se sinais mais evidentes da busca de harmonia entre pessoas e os poderes constituídos.

Divulgação: Redes Sociais

Já em relação ao governador eleito, que a meu juízo surpreendeu não só a todos mas, até mesmo sua expectativa, é esperado uma boa reflexão sobre situações primordiais ao Estado de Minas Gerais. Não só a questão financeira que vai receber e que vem comprometendo desde pagamento dos servidores até repasse aos municípios, como ainda solucionar os graves problemas do tripé mencionado acima: educação, saúde e segurança.

Muito do que o próprio Romeu Zema disse durante a campanha, seja em sua propaganda oficial ou nas entrevistas, merece e precisa ser revisto. Não vejo polêmica em reavaliar propostas, desde que venham a atender os interesses da população. Como já disse aqui, conheço Romeu desde o seu nascimento, o que me sugere acreditar em seus propósitos, mesmo ainda estando debutando neste universo político. O futuro dirá se estou certo em minha expectativa.

Finalmente, desafiado por alguns leitores aqui do blog, nas redes sociais e mesmo pessoalmente, não tenho o menor constrangimento em revelar meus votos. Sobretudo, pelo fato de as eleições já terem passado. Aos que, desavisadamente, me taxaram de ter essa ou aquela convicção ideológica, começo adiantando que no primeiro turno, em seis votos possíveis, tive cinco partidos diferentes. Isso descaracteriza a ofensiva desses poucos a meu respeito.

Pois bem, entre os seis, foram eleitos o deputado federal Welinton Prado e Mário Henrique Caixa, do PROS e PV. O primeiro por ter sido o único parlamentar federal de Minas Gerais que se sensibilizou por uma matéria previdenciária que atende dezenas de milhares de pessoas. Outros procurados, cinicamente, fingiram interesse absolutamente nenhuma ação. Todos derrotados, juro que não foi praga. Já Caixa é meu amigo, nos conhecemos faz tempos e temos muita convergência além do Galo, o que me levou a trabalhar em sua assessoria de gabinete.

Entre os dois senadores, foi eleito Carlos Viana, pelo PHS, já a outra escolha perdeu, uma vez que votei na Dilma. Igualmente do PT não avançou Pimentel e do PDT o presidenciável Ciro Gomes. No segundo turno, me dado a oportunidade de novas escolhas, venci com Romeu Zema – embora tenha restrições ao seu partido o Novo – e perdi com Haddad.

Agora, como bem acentuou o conterrâneo e amigo Armando de Ângelis. “Espero que após as eleições, os discursos apelativos e agressivos acabem, pois o Brasil precisa de paz e ações positivas para desenvolver e dar oportunidade a todos”. Cabe ao presidente eleito a obrigação de acalmar esse estado de ânimo perigoso. Caso contrário, aí se aplica uma frase do legendário Darci Ribeiro. “Detestaria estar no lugar de quem me venceu”.

O futuro irá responder a essas e muitas questões.

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