Finalmente, chegou a hora! A partir deste final de semana, partidos e candidatos terão de colocar sua cara pra fora e dar início ao “momento eleitoral”. Não fique surpreso se ao andar pelas ruas – no caso dos belorizontinos, na Praça Sete – encontrar com os personagens deste espetáculo que acontece de quatro em quatro anos.
Durante os próximos sessenta dias, eles estarão comendo pastel de feira, tomando pingado e cafezinho (forte/fraco/açucarado/amargo), carregando criancinha catarrenta no colo para o fotógrafo oficial fazer o registro de sua imagem popular e outras tantas mazelas que convém ao contesto.
E isso vale para todos, da esquerda, da direita, ao malfadado, hipócrita e oportunista “centrão”. Estes são os piores, pois jogam dos dois lados e traem aliados e ao próprio eleitor. Pragmatismo é sua marca, embora também seja usual nos extremos. Por falar em centrão, corre à boca miúda que o nome indicado pelo grupo para compor o vice da chapa presidencial, teria declinado a “mando” de sua progenitora. Que não é a Marisa, já falecida esposa do Lula e sim outra do mesmo nome. Em 2010, mamãe de candidato também teve de abençoar o filho a ser vice em Minas Gerais, numa composição PT/PMDB, fechada em Brasília. Tudo como dantes, nas terras mineiras.
Tem poucos dias que trouxemos aqui neste espaço uma pequena reflexão sobre as eleições, não só deste ano, mas como vem sendo debatida entre os seus atores (candidatos). Não existe plano de governo e sim projeto de poder. Até porque se colocassem plano de governo ao debate, não duvidem, seria apenas para dar enredo ao momento eleitoral. Depois, os tempos serão outros. Como sempre!
Pois bem, o que buscam mesmo é projeto de poder. Minas Gerais assistiu e ainda acompanha o episódio do PSB com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. A direção nacional veio até aqui para comunicar ao candidato que o partido abriria mão de sua postulação, em acordo que visa resolver impasse em Pernambuco e até mesmo na sucessão nacional. Outros terão o mesmo caminho, anotem. Rodrigo Pacheco.
Ele, Lacerda, evidentemente, reagiu. Não poderia ser diferente, afinal seus caciques lhe puxaram o tapete. “Indignação, perplexidade, revolta e desprezo”, encerraram sua veemente nota em repúdio à ingerência nacional. Perfeito, não tivesse Lacerda memória curta e seletiva. Quando de sua eleição, atitude similar adotou o PT da capital, ao apoiar seu nome em detrimento de candidaturas petistas já colocadas.
Teve na ocasião o apoio expresso, explicito e declarado do então governador Aécio Neves, Anastásia que era vice e do prefeito da ocasião Fernando Pimentel. Todos eles atualmente, alvo de críticas convenientes ao pretenso candidato. Diria mais, na sua reeleição, num conchavo público, após romper com seu vice do PT, alinhou-se a um de seus mais ferrenhos críticos, fazendo o companheiro de chapa para o segundo mandato.
Como a memória e curta e falha, não parou por ai. Ao final de seu segundo mandato, Márcio Lacerda convidou Paulo Brant para disputar sua sucessão no mesmo PSB. Quem ainda não perdeu o senso de observação e critico, lembra que numa atitude – idêntica a que vive atualmente – enviou emissários para comunicar ao convidado que estava desconvidado. No caso atual, ao que soube, a diferença é que o comunicado foi feito diretamente e não por emissários. Menos traumático do que ele próprio fez dois anos atrás.
Enquanto isso, entre os demais, segue no roteiro nada diferente do previsto. O candidato à reeleição usa a força do cargo para atrair aliados enquanto seu principal concorrente tenta esconder a influência de senador mineiro denunciado em grandes mazelas, mas seu vice – num ato falho – confirma que a liderança do grupo é daquele que tentam esconder na campanha. Entre os demais, todos nanicos, são igualmente contaminados em suas trajetórias por ações similares aos que pretendem se mostrar diferente.
Enquanto isso, ouço pessoas dizendo que ainda não definiram seu voto, mas que será naquele que derrotar o que julga pior que os demais. Ou seja, nada de ações efetivas em defesa do verdadeiro interesse da população.
Em tempo: Já para o Senado, perdemos a oportunidade de um terceiro turno entre os dois candidatos que disputaram as eleições presidenciais. Dilma, se confirmada ao Senado, e Aécio. Ela o derrotou nas urnas, ele a derrotou no plenário. O povo iria julgar e escolher um deles. Entretanto, ontem, depois de ter rechaçado a possibilidade, Aécio optou por disputar um mandato de deputado federal. Se disse traído e perseguido, sem precisar por quem. Os aliados garantem apoio e os adversários entendem que ele busca – exclusivamente – manter o foro privilegiado.
Uma verdade é incontestável. Não tem aparecido mais em eventos públicos e não atrai tanto, como no passado, aperto de mão e pose para fotos.
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Uai meu caro Eduardo, lendo seu texto, chega-se a conclusão de que não tem ninguem em quem votar. Aliás na politica voce nunca tem o melhor e sim o menos pior, mas dessa vez em ambito estadual ou nacional conseguiram se superar, ta dificil de escolher o menos pior ou que como voce disse no texto: que tenha ações efetivas em defesa do verdadeiro interesse da população. Na verdade eu não vi ate hoje alguem que tivesse esse interesse sem ter algo escuso por baixo dos panos.
Eu votarei em BRANCO, pois Tudo parecia tranquilo para a equipe de Carlos Alberto Parreira naquela tarde de sol de 9 de julho de 1994, no Estádio Cotton Bowl, em Dallas. O time canarinho abriu dois gols de vantagem no segundo tempo (Romário e Bebeto). Porém, a Holanda igualou o placar (Bergkamp e Winter). Restando menos de dez minutos para o final, Branco avançou pela esquerda, deu um "safanão" no rosto de Overmars e em seguida foi derrubado. Ele mesmo, de perna esquerda, bateu rasante, contando com a esquivada de Romário, que estava próximo da marca do pênalti, vencendo o goleiro De Goej., assim me sinto na obrigação de votar nele em toda eleição. Obrigado!
Gostei muito do seu post, vou acompanhar o seu blog/site.