Em estabelecimentos particulares, temos a possibilidade de procurar outro bar, cafeteria, restaurante ou qualquer que seja o concorrente, que sempre está ao lado. Mas no serviço público e em empresa ou instituição pública, de qualquer natureza, é desrespeito ao cidadão que só pode ir naquele lugar para requerer e/ou utilizar a prestação de serviço.
Entretanto, qualquer um de nós tem casos e mais casos do descaso e mesmo da grosseria recebida nestes ambientes. Confesso que nos meus tempos de militância, tanto estudantil quanto partidária, fui defensor fervoroso da estabilidade do servidor público. Com o tempo, embora ainda mantendo a tese dela, passei a entender que o assunto merece avaliação e reflexão.
Aos bons, sim. Já aos que se acomodaram e entendem poder atender ao cidadão sem o zelo necessário, jamais. Qual a maneira de se fazer essa avaliação, não saberia definir, cabendo aos técnicos da administração pública encontrar mecanismos para a defesa do contribuinte e usuário. Assistimos, sistematicamente, a vitimas de mau atendimento por parte destes servidores.
Trago este tema à nossa conversa de hoje, para que o leitor possa opinar e até mesmo registrar se já passou por essa situação e usar esta tribuna para a finalidade. Não bastassem as longas filas, somos vítimas do descaso no atendimento e falta de quem informe ao usuário. Fui vítima em vários momentos, para ilustrar e buscar um bom debate acerca do tema, trago três situações pessoais que vivenciei. Uma bem antiga e duas recentes.
A que se perdia no tempo, foi no batalhão da Polícia Militar, que fica na região da Gameleira. Tendo sido parte de uma batida de carro no centro, onde um ônibus urbano assumiu a responsabilidade, o representante da empresa me passou toda a orientação para ressarcir o prejuízo. O primeiro deles seria o B.O., a ser procurado neste local, a partir do dia seguinte, até às 18h, conforme informou o policial que registrou a ocorrência.
Pois bem, assim o fiz e cheguei ao local às 17h10. O guarda da guarita me informou que já havia encerrado o expediente. Ao ouvir minha ponderação de que a orientação era diferente, simplesmente me devolveu: “Estado é assim mesmo, um dia às 17h e no outro às 18h”. Ao retornar ao trabalho, que havia sido liberado para essa emergência, me orientaram a ligar numa redação de jornal e registrar o fato. Assim foi feito.
No dia seguinte, ainda bem cedo, fui localizado pelo comandante daquele Batalhão, dando conta de que o documento estava liberado e que fora um mal entendido do vigilante. De posse do documento, ainda tive trabalho em receber o prejuízo da viação que causou o dano, mas a perseverança impediu a pretensão do calote. No caso, deixa para lá que era empresa privada.
Outro fato, dias atrás, foi com os Correios. Meu documento do carro estava demorando, o que me obrigou a pesquisar pela internet e descobrir que estava na agência de entrega. Me dirigi até lá e a CRLV foi localizada. Dez dias depois, recebo em casa aviso dos Correios para buscar correspondência que não havia sido entregue. Repito, dez dias depois. Vou até o local e constato que o aviso recebido se tratava do mesmo documento já retirado na agência. Ainda tive de ouvir que o equívoco era em função de uma greve. Perde-se tempo, dinheiro e fica tudo por isso mesmo.
Agora, bem recentemente, num cartório de Registro Civil no Bairro de Lourdes. Necessitava de uma certidão de óbito antiga de familiar. Pedido feito e o prazo era de cinco dias úteis para pesquisa num ambiente todo informatizado. Ao buscar a certidão, pede-se 20 minutos ainda para a confecção da mesma. Quase uma hora depois, ao me aproximar do balcão, ouço a atendente dirigir-se a uma senhora humilde de maneira ríspida. A cidadã disse que não precisava dizer daquela maneira, em ato contínuo, a servidora esbravejou: “é assim que eu falo com todo mundo”.
Recolhi-me num canto e não fosse uma simpática moça do caixa teria ido embora. Essa segunda funcionária me indagou porque eu ainda estava lá esperando, disse a ela que tinha medo de perguntar à responsável pela entrega de documento aos solicitantes, depois que ouvi a maneira estúpida que teria tratado uma senhora idosa e humilde.
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Amigo
Todos nós ja passamos em algum momento da vida por algo semelhante.
Mas uma ressalva que faço, porque não disse o nome do cartório?
Ja pensou, a má funcionário lendo sobre o mau serviço que ela presta, nem precisaria ser chamada a atenção pelo chefe, ele por certo iria tomar o famoso xarope SEMANCOL. acha nao?
Nada que um bom e sonoro PQP não resolvesse...