
A editora Marvel tem milhares de personagens e é comum ver questionamentos sobre a presença ou ausência de alguns deles no Cinema, como por que Reed Richards (o Sr. Fantástico) não aparece ao lado dos colegas geniais Tony Stark (Homem de Ferro) e Bruce Banner (Hulk)? Outra dúvida pertinente é: por que diabos a Sony achou que seria uma boa ideia lançar filmes de personagens isolados do universo do Homem-Aranha? Com a estreia – e retumbante fracasso nas bilheterias – de Kraven, o Caçador (Kraven: the Hunter, 2024), alguns voltam a atenção para essa questão e vamos aqui buscar esclarecê-la.
Fundada em 1939 como Timely Comics, renomeada em 1951 para Atlas Comics e finalmente chegando ao nome Marvel Comics em 1961, a editora se tornou a casa de artistas famosos, como Stan Lee, Jack Kirby, Joe Simon e Steve Ditko, que criaram diversos personagens ao longo dos anos. O androide Tocha Humana e Namor, o Príncipe Submarino, foram os primeiros dessa leva de heróis e vilões que conhecemos hoje, criados respectivamente por Carl Burgos e Bill Everett. Ao longo das décadas, a editora teve grande sucesso financeiro, o que não se repetiu nos anos 90, quando declarou falência.

Em meio a várias jogadas para não quebrar, a Marvel decidiu vender os direitos de adaptação para o cinema de seus personagens principais. Os Homens de Preto (que vieram na compra da finada Malibu Comics) se tornaram uma franquia de sucesso, seguidos por Blade, o Caçador de Vampiros (que Wesley Snipes trouxe de volta em Deadpool e Wolverine, 2024), os X-Men e o mais bem sucedido de todos, o Homem-Aranha, na pele de Tobey Maguire. O problema é que não existia a visão amplamente conhecida de hoje, de se criar um universo coeso com todos eles, e cada estúdio comprou o que achou mais interessante, separando o pessoal.
Em 1996, a New Line Cinema levou os direitos para fazer Blade, e lançou uma trilogia de sucesso. A Sony Pictures levou o Homem-Aranha e, pouco depois, a Fox comprou os X-Men e o Quarteto Fantástico. A Universal Pictures ficou com o Hulk. E assim em diante. Cada negociação envolveu certas condições, e a duração da proteção desses direitos nos Estados Unidos depende de algumas variáveis.
Em 2005, já boa das pernas, a Marvel começou a readquirir alguns desses direitos, e Blade voltou para casa em 2006. Com a aquisição da Marvel pela Disney em 2009, outros personagens se reuniram lá, e logo retornaram também o Motoqueiro Fantasma, o Demolidor e os demais heróis das séries da Netflix. Em 2021, a Disney comprou a Fox, trazendo mais gente de volta: os supergrupos X-Men e Quarteto Fantástico.

Além dessas aquisições e prazos expirados, tivemos outra negociação importante em 2012: os estúdios Marvel, visando inserir o popular Homem-Aranha em seu universo (o MCU), fizeram uma sociedade com a Sony, primeiro incluindo o Cabeça de Teia em uma história de grupo (Capitão América: Guerra Civil, 2016), apresentando-o, para na sequência lançar aventuras solo do herói. Só aí que foi possível ver Peter Parker interagir com Tony Stark, Steve Rogers e companhia.
Como o olho de executivos de estúdios de cinema pode ser grande, tiveram uma “grande” ideia na Sony: já que a nossa estrela está no MCU, trazendo dinheiro para nós sem precisarmos produzir os filmes, vamos abrir outras frentes de batalha e ganhar mais dinheiro. A Sony é detentora dos direitos de mais de 900 personagens, todos ligados ao “amigão da vizinhança”. Foi aí que surgiu o chamado Universo do Aranha da Sony (ou apenas SSU, na sigla original). Em 2018, tivemos o lançamento de Venom, longa capenga, mas divertido, que fez US$856 milhões nas bilheterias e iludiu os produtores, que pensaram que seria assim em todos esses derivados. O mais novo fracasso, Kraven, dentre vários outros, acaba de encerrar a farra.

Venom iludiu o pessoal da Sony, e logo tiveram Morbius































8- Fim dos Tempos (The Happening, 2008)
9- O Último Mestre do Ar (The Last Airbender, 2010)
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Shyamalan dirigiu seu primeiro longa no ano em que se formou na faculdade de artes da Universidade de Nova York, 1992. Praying With Anger não é muito fácil de ser encontrado – ao menos em boa qualidade – e é comumente descrito internet afora como chato e amador. Os filmes que se seguiram são enumerados abaixo, devidamente comentados, e com links para as críticas completas (aqueles que têm – os mais recentes).
2- Olhos Abertos (Wide Awake, 1998)
Tudo indica se tratar de uma adaptação de história em quadrinhos, e uma das melhores. Mas é um roteiro original de Shyamalan, que se uniu novamente a Bruce Willis e convocou Samuel L. Jackson. Willis vive um segurança que percebe que há algo diferente com ele: nenhuma doença ou trauma o abalam, fazendo dele um sujeito indestrutível. Longa imperdível que disputa com Sexto Sentido o topo da carreira do diretor.
Shyamalan volta ao tema ligado ao divino, trazendo um pastor (Mel Gibson) que perdeu a esposa e parece ter perdido a fé. Uma invasão alienígena é o que precisa pra ajudá-lo a retomar seu caminho. A metáfora pode parecer um pouco extrema, mas funciona bem e o resultado é altamente satisfatório.
Um grupo de pessoas vive em uma vila cercada por uma floresta no início do século. Eles temem as criaturas que vivem na floresta, mas estão seguros contanto que não ultrapassem os limites da vila. Quando um morador mentalmente instável esfaqueia outro, é necessário que alguém vá até a cidade mais próxima em busca de remédios, se arriscando frente às criaturas. Um elenco bem recheado, que conta com Bryce Dallas Howard, Joaquin Phoenix, Adrien Brody, William Hurt, Sigourney Weaver e Brendan Gleeson, ajuda o diretor a criar um suspense que se segura bem até o final. Até aqui, Shyamalan mantinha a boa forma.








