Em meio a tanta alegria e comemoração pelo renascimento do Galo no Campeonato Brasileiro, podemos também avaliar – ou reavaliar? – o nosso sentimento. Não sei, ao certo, se essa condição de bipolar é privilégio do Atleticano ou se é comum a todas as torcidas. Enquanto festejamos, presenciamos muitos não-Atleticanos detonando seu time e treinadores portugueses. Ao mesmo tempo em que criamos boa expectativa com possíveis reforços, os outros questionam eventuais nomes que estão na sua pauta.
Enfim, entre nós também os comentários são totalmente divergentes. Aos meus olhos, repito, pelo que pude sentir no jogo de domingo, os três destaques foram pela ordem: Cazares, Donizete e Marcos Rocha. Entre os comentários recebidos, com exceção de Cazares, os outros chegaram a ser questionados. Gostei de ambos. Donizete não apenas pelo seu terceiro gol com a camisa do Galo, mas por sua aplicação tática. E Rocha, me pareceu, que o descanso lhe fez bem. Deu bote, roubou bolas, puxou contra-ataques e foi preciso no jogo todo.
Evidentemente, muito ainda temos de fazer para comprovar que a reação veio para ficar. Mas a fé e a confiança do Torcedor é fundamental para isso. Não estamos em delírio, mas a vitória veio em boa hora. Até com certa demora, mas veio. Diante disso, para o jogo de amanhã, frente ao Corinthians, é fundamental a presença do Atleticano. Se colocarmos lá no Mineirão, nosso salão de festas, um público de 30/40/50 mil Torcedores, os jogadores estarão em campo ainda mais motivados. É hora do Atleticano mostrar a sua força.
A avaliação sobre Marcos Rocha deve levar em conta dois aspectos:
– Primeiro as estatísticas. Ele sempre está entre os líderes em assistências, passes certos, cruzamentos e roubadas de bola. Isso não é invenção. São dados reais.
– Em segundo lugar, as premiações distribuídas pela imprensa nacional. Rocha é eleito, recorrentemente, o melhor da posição no país, há mais de 4 anos.
Portanto, quem gosta de criticá-lo, deveria pensar antes. Não tem cabimento irmos ao estádio pra vaiar o sujeito que resolveu o problema crônico, de décadas, na lateral direita do Galo. Pra refrescar a memória, já passaram por aqui: Dinho, Bruno, Dedimar, Tesser, George Lucas, Coelho, Zé Antônio, César Prates, Alcir, Evanílson, Rafael Cruz, Diego Macedo, Ari, Carlos Alberto, Márcio Araújo, Tony… Alguém tem saudade dessas perebas citadas??
Vamos lotar o nosso salão de festas, com certeza. Aqui é Galo!
Iremos lotar nosso salão de festas, com certeza. Aqui é Galo!
A comissão técnica de MOliveira deve estar atenta e acompanhando o futebol pelo Brasil e o praticado na Eurocopa e Copa América. O novo técnico do Corinthians dá treinamento com ênfase na marcação sob pressão e passes rápidos. É o futebol moderno, de velocidade, que exige um bom preparo físico e muita disposição dos atletas. Estes sim, em primeiro lugar, têm de querer a vitória, pois são eles que entram em campo. Não é fácil para um treinador conseguir implantar essa filosofia de jogo. Contra a Ponte, já observamos uma melhora substancial na marcação, mas temos muito que melhorar ainda. A folha salarial do Galo é altíssima para os padrões do futebol brasileiro. Do meu ponto de vista, agora com o time completo, seja em casa ou fora, um empate poderá ser considerado derrota. Isto porque, completo, o Galo não é uma equipe, é uma Seleção.
Lotar o nosso salão de festas? Será uma obrigação atleticana!!!!