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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Orgulho de ser Atleticano

Acontece, entre nós, e percebo alguns torcedores (sempre uso maiúsculo, mas nesse caso recomendo minúsculo) entrarem na onda de provocação e aceitar o desdém sugerido por adversários – comprovadamente – menores. Tem gente que entra na pilha do X isso, Y aquilo e Z aqueloutro. Nas contas de parte desses adversários, como exemplo o Flamídia, somam título da Copa União, quando correram do Sport na decisão. Justiça e CBF não reconhecem, mas a urubulândia insiste. E outros fazem a mesma provocação.

Pois vejamos nossas grandes conquistas.

Nos últimos tempos, ou vamos esquecer rapidamente, o Galo venceu tudo. Foram quatro títulos em cinco competições, sendo três delas nacionais e uma estadual. Quadrupla coroa! O Brasileirão, pela segunda vez (aguardamos, a exemplo daquela farra do Ricardo Teixeira, o reconhecimento do título da Copa Campeões Estaduais de 1937. Então, até que se decida, somos o primeiro e o último campeão nacional de futebol (1971 e 2021)

Também, por duas vezes, campeão da Copa do Brasil (2014 e 2021). Para fechar a tríplice conquista apenas nacional, a Supercopa – que está na memória de todo Atleticano, que a cbf/tv tentou fazer um tira teima entre o multicampeão e o protegido dessa dupla. Se era dum dum, passou a ser tun tun tunda neles. Some-se ainda Para fechar e reafirmar que a hegemonia do Galo é no Brasil e também em Minas Gerais, o título mineiro foi 46 vezes comemorado, enquanto a concorrência tem 38 e 16 na sequência. Além da supremacia como Campeão Mineiro, conquistamos a Copa Centenário de BH, em 1997, que teve oito participantes de quatro países. Os três mineiros e ainda Flamengo e Corinthians, os brasileiros; Milan, Itália; Olímpia, Paraguai e Benfica, Portugal.

Se em termos domésticos, tanto em Minas Gerais quanto no Brasil, temos muito o que contar e – sim – nos orgulhar, as inúmeras conquistas internacionais são de matar adversário de inveja. Por isso mesmo, essa gente investe e acaba contaminando alguns indefesos atleticanos que se deixam abater pelas provocações. O Galo mais lindo do mundo, como diria Milton Neves, desfilando pela Europa, América do Sul e outros continentes deixou encantado quem acompanhou e até torceu contra, cedendo aos encantos do nosso time do coração.

Por mais que tentem desprezar aquela histórica excursão que justificou o título de Campeão do Gelo, a importância daqueles amistosos no pós guerra – por si só – são representativos ao Brasil e ao mundo. Foram dez jogos, sendo que vencemos seis e tivemos dois empates e igual número de derrotas. Jogamos na Alemanha, Áustria, Luxemburgo, França e Bélgica. Enfrentamos adversários como o Schalke 04, Hamburgo e Werder Bremen.

Aqui na América do Sul, nossa principal e maior conquista foi a Copa Libertadores de 2013. Campanha épica, que levou a Massa ao delírio, em decisões de mata-mata que colocaram o coração do Atleticano à prova. Tijuana de Riascos, New Old Boys e a final com o Olímpia explicam essa afirmação. E no ano seguinte (2014) faturamos a Recopa Sul-Americana. Tempos antes, isso muito torcedor desconhece, ganhamos a Copa Conmebol – que posteriormente deu lugar a Copa Sul-Americana – nos anos de 1992 e 1997.

Pra fechar essa resenha de hoje, carissimas e caríssimos Torcedoras(es) Atleticanas(os) (agora sim usando maiúsculo), quem – entre nós mais vividos – não se recorda das conquistas dos troféus Ramon de Carranza (Espanha/1990); Torneio de Amsterdã (Holanda/1984); Torneio de Paris (França/1982); Torneio de Bilbao (Espanha/1982); Costa do Sol (Espanha/1980); Torneio de Vigo (Espanha/1977; Conde Fenosa (Espanha/1976). Só para exemplificar, nessas competições superamos adversários como Atlético de Madrid e Cadiz (Ramon de Carranza); Ajax, Feyenoord e Seleção Romena, (Amsterdã); PSG, Dinamo da Iuguslavia e Colônia da Alemanha (Paris); Hamburgo e Athletic (Bilbao). E ainda Malaga e Slavia Sofia da Bulgaria (Costa do Sol); Sporting eTorpedo da Rússia (Vigo); Celta de Vigo, La Coruña e Deportivo da Venezuela (Conde de Fenosa).

Tá ruim? Eu também quero mais e muitos mais, mas não vou deixar de lembrar desse passado, que consolidou e cristalizou minha Atleticanidade.

Sem querer dar conselho, afinal não tem nada pior e mais chato que essas recomendações pessoais que tentam nos impor, mas temos muito mais o que contar e festejar que qualquer outro time brasileiro. Mineiro então, não tem comparação.

18 thoughts to “Orgulho de ser Atleticano”

  1. BoOm dia Eduardo e Atleticanos! Uma verdadeira aula de conquista nos brinda o mestre com seu texto. excelente. quanto a provocações , não temos nada a responder para eles , a não ser dentro de campo, pois a história fala por si : Galo é o maior de Minas e agora é o maior do brasil mesmo com as armações de CBFLA, TV Globofla e a mídia vendida e tendenciosa do eixo. Saudações Atleticanas

  2. O time do outro lado da lagoa, vai encarar esse jogo como uma final de copa do mundo, e não podemos perder pra eles na vontade de maneira nenhuma. Agora me preocupo com o preço dos ingressos para o clássico. Os públicos no Mineirão tem sido bem fracos nesse início de mineiro, acredito que a análise de mercado foi fraca, pesaram a mão no ingresso e estão até perdendo dinheiro com isso (se o Mineirão estivesse lotado, mesmo com ingresso mais barato, o lucro seria maior).

  3. Boa tarde para todos!
    Orgulho de ser ATLÉTICANO !
    Orgulho de ter visto o meu time levantar 9 campeonatos mineiros em 10 possíveis na minha infância e adolescência ( 76 a 86) .
    Orgulho de saber que não ganhamos mais campeonatos Brasileiros na década de 80 e quiçá a Libertadores porque o roubo não deixou.
    Orgulho de ter ouvido Willy Gonser e tristeza de não ouvir o Caixa porque ao seu lado tem um tal marefi que nos surrupiou na maldita mão grande o título de 99 e ainda abre aquela maldita boca suja pra falar sobre “arbitragem ” nos jogos do meu GALO.

  4. Só p início de conversa,GALO de 2012 a 2022 levantou DOZE CAMpeonatos.Não é só no CAMpo que temos de nós orgulhar,meu amigo temporão. No futsal tbm: CAMpeão Mundial em 1998_ título máximo do esporte_, TriCAMpeão brasileiro,dois títulos da Liga Nacional de Futsal 1997/1999 e CAMpeão da Taça Brasil em 1985. É mole? Um título que NUNCA,JAMAIS deve ser esquecido por conta de toda a lambança/cagada que fizeram e para que jamais volte a ocorrer_ tá ligado Ricardo Guimarães? Esse é na sua conta e risco!_ por isso não pode ser deixado de lado. CAMpeão Brasileiro da Série B 2006 ,com honra, louvor e no gogó da Massa que jamais abandonou,sempre cobrou e de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído te colocou.Sempre disse e vou morrer dizendo:” CAM é Gigante! A Filosofia Máxima de um Povo, com o mesmo nome e as mesmas cores desde sempre. GALO de Ouro a seleção do Povo; Alvinegro, é lógico!
    Saudações Atleticanas

  5. GOSTEI MUITO DESSA CRÔNICA QUE NOS FEZ REMEMORAR GRANDES CONQUISTAS MOSTRANDO O PORQUE O GALO É TÃO GRANDE. AGORA VEJO NOSSO FUTURO COM MUITO BRILHO. MAS, TEMOS QUE GANHAR DAS MARIE NO DOMINGO, EMBORA SAIBAMOS QUE QUANDO TÁ VALENDO, TÁ VALENDO E ESSE JOGO NÃO VALE NADA.

  6. Bom dia, Canto do Galo!
    Em 1978 ganhamos o torneio nacional campeões dos campeões do Brasil.
    Eduardo, sempre me incomodou Atleticanos desvalirizarem o que conquistamos. Esse torneio de 1937 já era para estar reconhecido, mas o Kalil disse que era uma bobagem e não correu atrás- ele pode até ter essa opinião, mas como dirigente do clube deveria respeitar o feito dos jogadores e comissão que nos representaram e acima de tudo os torcedores que comemoraram à época. Respeito pelos que fizeram nossa história.
    Outra coisa que incomoda são Atleticanos que entram na pilha que a geração do Reinaldo não ganhou nada. Foram hexa mineiro em uma época que o estadual era tão importante quanto o brasileiro .
    Lembro de quando surgiu a Copa do Brasil, o Zico falando que era um torneio caça níquel, e hoje é um torneio desejado por todo clube.

  7. SAUDAÇÕES ALVINEGRAS.
    Domingo é guerra.
    Não podemos dar esse prazer novamente para as vaidosas.
    Estou feliz com o início de ano do Galão e confiante que esse ano será um ano de muitas emoções.
    Se ganharemos títulos isso é impossível prever, mas que vamos brigar por todos isso é fato.
    Borá meu Galo, faz a massa feliz.

  8. Bom dia, todos! Também sou um Torcedor com Tesão maiúsculo e queria aproveitar o espaço para falar de ouros Torcedores com muito Tesão, mas com pouco cifrão. Estes estão sendo excluídos da possibilidade de ver o nosso time no Mineirão, devido aos altos preços dos ingressos. Eu entendo que para ter time competitivo temos que pagar mais caro, mas também acho que temos que olhar a situação de todos os Torcedores. Já escrevi aqui uma vez que a diretoria do Galo poderia criar uma modalidade social de torcedor, o “Galo na Veia Povão”, afinal somos a “seleção do povo”. Torcedores de baixa renda, cadastrados em algum benefício social, seriam inscritos nessa modalidade de sócio sem pagar nada. Em todos os jogos 5% dos ingressos seriam destinados a esse público, a um preço bem baixo. Os ingressos seriam nominais e intransferíveis e haveria uma rotatividade nos Torcedores beneficiados. O custo do benefício poderia ser rateado nos outros ingressos vendidos. Se alguém concorda me ajude a fazer chegar na diretoria essa sugestão.

    1. Mantidas as relações de respeito e cordialidade, discordo DESSE TIPO de assistencialismo. Assim como discordo que qualquer ajuda a ser dada a instituições privadas que visam lucro. A sua intenção, não há duvida, é nobre, mas querer que o custo seja suportado pelo clube (traduzindo: aqueles que pagam o ingresso), não me parece algo razoável. Em tempo: minhas idas ao estádio foram reduzidas em 90% por eu não poder assumir tal despesa com a frequência de outrora. Mas se você quer realmente colocar a sua teoria em prática faça o seguinte: quando for comprar o seu ingresso compre dois e doe o ingresso excedente a alguém que queira ir estádio e não pode arcar com o custo. Por fim, vale lembrar que futebol é lazer; e lazer é caro em qualquer lugar do mundo! Abraços e boa sorte!

      1. Caro, Teobaldo, obrigado pela resposta. Concordo quando vc diz que futebol é lazer e como tal deve ser caro mesmo. Mas para o Atleticano o Galo é mais que lazer é vida. Talvez vc não se lembra, mas em vários momentos difíceis, a diretoria pediu ajuda ao povão do Galo para lotar o mineirão e apoiar um time medíocre contra possíveis rebaixamentos. O valor do ingresso chegou a ser 1,00. Esse povão não pode ficar esquecido e eu, que tenho uma condição um pouco melhor, não vou esquecer jamais. para fechar, no ano passado presenteei dois funcionários com a viagem e ingresso para o jogo contra o juventude. Só estou falando isso para ver que não sou daqueles que falam e não fazem nada. Abraços.

        1. Além das lembranças ficaram as marcas: ajudei a pagar a reforma da grama da Vila Olímpica na década de 1970; permiti débitos na minha conta da CEMIG para pagamento de dívidas do clube; comprei camisas (no plural) na campanha “fica Ronaldo”; fiz doações para o Atlético importar um aparelho chamado “gladiador” para tentar recuperar o nosso craque Reinaldo; participei de uma ação exclusiva de torcedores cujo nome era “Movimento 105” (mesmo sem fazer parte do grupo) que visava arrecadar fundos e doações para, na época, salvo engano, adquirir mobiliário para a concentração dos atletas onde hoje é a Cidade do Galo; em 1979 o Atlético fez uma campanha para ajudar os desabrigados pela chuva e eu comprei 10 ingressos de um jogo que seria realizado no Rio de Janeiro (tomamos uma sapecada de 5 X 1 do Urubu com o Pelé jogando pra eles)… mas hoje os custos com o esporte são outros e o ingresso, infelizmente, será caro mesmo. E essa realidade, pode crer, não mudará. Assim, os grande jogos serão vistos “in loco” por quem puder pagar caro; ao “povão” restarão os jogos de menor apelo (Fase Preliminar do Campeonato Rural, partidas do Brasileirão quando o time não tiver chances ou jogos contra times menores…). Abraços!

      2. Desculpe mas vou discordar de você também. Lazer não pode ser caro, Lazer popular como futebol tem que ser acessível, futebol é popular, se esta essencia acabar, o futebol vai perder a graça.
        O clube tem que manter o time competitivo, e pensar outras maneiras de arrecadação para compor estes custos, tem pessoas competentes e que ganham bem para pensar nisto. Ingressos não pode ser a fonte principal de renda de um Time de Futebol. Torcida ajuda muito, inclusive em fomentar outras maneiras de trazer beneficio ao clube, principalmente com patrocinios.

    2. Falou tudo Luís. Eu realmente estou preocupado com o público pagante no clássico Domingo. Vai ficar muito feio o Mineirão vazio no primeiro jogo contra as Marias, após ganharmos vários títulos. Mohammed vai se perguntar onde está a torcida diferenciada que devem ter falado com ele.
      Sou sócio, mas o preço pra ver um jogo de campeonato mineiro para o não sócio está exorbitante, mesmo sendo clássico (até pro mata-mata estaria caro).
      Mas é isso, enquanto tem quem paga, a diretoria não irá recuar. O Galo já teve muitas dificuldades ao longo da história, mas na arquibancada nunca demos vexame. Espero que se mantenha assim esse fds. Eu não irei, pois sei que terão jogos na Libertadores e outros campeonatos mais pra frente que irão custar um rim…prefiro economizar pra ir nesses. É isso, as condições financeiras estão fazendo eu me tornar exatamente o que zuava meus amigos cruzeirenses: só vai em jogo decisivo

    3. Boa Noite,

      Um grande pitaco.
      Sou Galo com todos os predicados dos relatados por você.
      Durante 32 anos morando fora de BH e trabalhando sem folgas que me permitia viajar os 600 km de distância que me separavam do Mineirão, fiquei sem ver meu time presencialmente no Mineirão.
      Para não ser radical, digo que sempre assisti quando o mesmo vinha jogar em Santos, que até os anos 2009 sempre ganhou, depois começou uma sina tremenda de perder para o Santos, com times bons ou ruins, aff.
      Isso não me fez sentir pior ou menos atleticano, muito menos excluído.
      Então, concordo com o Teobaldo, doe e faça um atleticano feliz, mas pedir isso da instituição é o mesmo que ter saudades dos tempos que o Galo só fazia número nas competições.
      O Atlético Mineiro não é instituição de caridade, só um Atlético forte realmente faz o torcedor feliz, e não é por aí.
      As contas continuam a chegar, tem que ser pagas e não seria doando bilhetes e colecionando prejuízos que teremos um Galo forte.

  9. Boa postagem a de hoje. Por coincidência, ontem estava eu à toa curtindo o feriado quando resolvi fazer uma caminhada até a Sede de Lourdes (moro próximo ao Independência) para visitar a nossa sala de troféus. Lá pude ver todas aquelas maravilhas, algumas de uma beleza “sui generes”, verdadeiras “obras de arte” pela beleza e riqueza de detalhes, que fizeram-me retornar a um passado, infelizmente, já distante. Em várias daquelas conquistas pude recordar as narrações de Vilibaldo Alves, Jairo Anatólio LIma, Fernando Sasso, Vily Gonser, Valdir Amaral e Blota Júnior, dentre outros. Fantástica “viagem no tempo”! Abraços a todos os amiGalos!

  10. Prezados Ávila, atleticanas e atleticanos!
    Bora comemorar, caro blogueiro, tanto o passado quanto o presente.
    Afinal, aqui é só Galo!
    Hoje e sempre!

  11. Bom dia! Sinceramente, a condição de ser Torcedor do Clube Atlético Mineiro com toda carga emocional que essa condição acarreta, já me basta. Linda história vivida em gramados internacionais, fatos e personagens que devem ser sempre lembrados com o respeito e o merecido reconhecimento. A todos os envolvidos o nosso muito obrigado!

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