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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Galo: problemas e desafios

JPG mktplace 300x250Confesso que a cada momento a massa Atleticana mais me fascina. Evidentemente que ao propor o desafio no blog hoje pela manhã esperava uma grande participação. Porém, não imaginei tantos e tampouco a inabalável confiança e fé do Torcedor nessa nossa paixão. Até agora já são dezenas de mensagens recebidas e, coitados dos dois parceiros, Lenoir e Scalioni. Amanhã teremos muito trabalho.

Antes de falar do Galo, farei um registro que já mencionei nos primeiros dias deste blog. Sou lá do interior, de uma época – como contei ontem – em que ainda havia carro de boi. Meu pai, um pequeno produtor rural, era flamenguista; um dos irmãos mais velhos, estudante em Belo Horizonte nos anos 60, optou pelo outro lado da lagoa da Pampulha. Ambos, insistentemente, tentavam me persuadir para o seu time. Contudo, um cunhado, de saudosa memória, me aplicou o Galo no coração e na veia.

A primeira vez que entrei no Mineirão, numa partida entre Galo e Urubu, sai determinado e definido. O que mais encantou àquele menino, até então aprendiz em colocar e tirar canga, canzil, cabeçalho, arreia e ainda a ficar atento às rodas de madeira, fueiro, mesa e outras partes que compõem aquele antigo meio de transporte de grãos na roça, foi a massa Atleticana. Nunca me esqueci daquela emoção. Mineirão lotado e um único grito. “Galo!”. Foi para sempre.

Carlos - treino - 06-08-16
Foto: Bruno Cantini/Atlético / Capa: Ilustração tirada de facebook

Caríssimas e caros Atleticanos, lendo agora pela manhã sobre o Galo, algumas informações me saltaram aos olhos. Marcos Rocha, Maicosuel, Erazo e Carlos não têm previsão de retorno. Ora, com exceção de Carlos, com contusão mais séria, os outros três já passaram pelo departamento médico e retornaram precocemente. O lateral jogou poucos minutos e saiu de campo. Até agora a responsabilidade por esses fatos era atribuída à fisiologia e à preparação física. O que o DM pode dizer? Luan está voltando e a neura ataca o Torcedor.

Outra que li foi o treinador lamentando as sete rodadas de instabilidade no início da competição, apontando-as como responsáveis para a nossa diferença aos líderes da competição. Com todo respeito, essa análise é igual ao descobrimento da roda. Há tempos que aqui neste espaço, tanto pelo blogueiro quanto e principalmente pelos leitores, aquele vacilo é tido e dito como o responsável pelo desequilíbrio. Chegamos até ao Z4 num momento. Agora é hora do treinador e jogadores reagirem para fazer esquecer aqueles empates e derrotas. Foram apenas quatro pontos em 21 possíveis.

Finalmente, este pitaco é em cima da massa. Até ontem o balanço das vendas indicava pouco mais de 11 mil ingressos. Somados ao GNV Black, algo em torno de 15 mil Atleticanos. Convenhamos, é pouco para a importância e a situação do Galo. Brigando pelo título, nas primeiras colocações, merece um público muito superior. Até concordo que a diretoria devia estudar uma maneira de ter um ingresso popular para a massa, mas temos fazer a nossa parte.

Quero ver o Galo massacrar o América com um grande público. E ainda ter de tolerar a Minas Arena e/ou a PM obrigar o Atlético a perder 15 mil assentos para proteger meia dúzia de torcedores do outro time mineiro.

11 thoughts to “Galo: problemas e desafios”

  1. RAÇA RAÇA RAAAAAÇAAAAA …. GALO ! 09 finais pela pela frente,lutando com toda nossa raça prá vencer, conquistando um degrau por vez ! Vamos ganhar esta bagaça no jeito GALO de ser,na raça ! SAN
    PS: Dudu parabéns pela iniciativa do Canto do GALO .Como sócio GNV, meu passaporte já está garantido , se não fosse por isso tbm participaria da promoção bilhete 0800 rsrsrs … .Pelo GALO tudo ,para os outros nada …

  2. Eduardo, sabe o motivo da pequena procura por o ingressos? O Galo não está lutando pelo título é sim para manter o terceiro lugar. Pelo menos é o que tem demonstrado dentro de campo com um futebolzinho de doer os olhos. Com o preço do ingresso e perspectiva de joguinho morto, quem é que vai a campo? Se fosse diferente…

  3. Taí um jogo que o América não perde de jeito nenhum! O alviverde vem sendo insultado por aqui desde aquele episódio da venda do mando de campo, não do resultado, como apregoou alguém por aqui. Chegou a hora de mostrar, dentro de campo, quem fala sério e quem justifica a tal sacramentada permanência na fila chamando o meca de vendido. Quanto a estádio, esse time do blogueiro é o único que não tem casa por aqui, sempre que precisa, aluga uma (a americana) ou outra (a do time do Barro Preto).

    1. Outro coitado forçado a ver a vida em realidade paralela. Coisa de quem é submetido a humilhações uma vida inteira, neste caso, pelo time(inho) que torce.
      Uma espécie de síndrome de Estocolmo.

  4. O Dátolo ja bichou de novo e não me venham com essa de preparador físico, o problema é o jogador e sua estrutura muscular ainda mais quando chega numa determinada idade. Pode liberar agora no mínimo mais uns 3 meses pra se recuperar. O Guilherme também tá bichano no Curica, sempre assim jogam 3 partidas ficam 30 fora.

  5. Palmeiras e Flamengo já jogaram no mesmo horário e com ingressos mais caros que os ingressos praticados pelo Galo e ambos estão enchendo os estádios. A Massa não está confiante e por isso sumiu do estádio, só pra lembrar sempre atribuímos isso ao rival… Independente de qualquer coisa, a torcida do Galo tinhas que estar junto com o time.

  6. Infelizmente o time não tem técnico e muito menos Presidente . Diretor com problema médico afastado. Departamento médico não existe. Qualquer unha encravada é 1 mês pra recuperar. Até problema emocional afastou jogador. Assim fica difícil.

  7. Falta à diretoria do Galo saber administrar melhor essa questão da presença da torcida no Independência X Mineirão. Temos a grande vantagem de poder escolher entre dois excelentes estádios para jogar, coisa única entre os grandes clubes brasileiros. Porém, parece que esta vantagem está se tornando um problema.
    Todos sabem que jogos com menor apelo de público devem ir para o Horto e jogos maiores para a Pampulha. Isso é óbvio. Mas outros fatores também precisam entrar nessa escolha, como por exemplo o horário dos jogos. Quem já enfrentou o trânsito para o Mineirão às 19:30h sabe o que estou falando. É impossível chegar a tempo. Por outro lado, o jogo que começa “depois da novela” termina tarde, já no início da madrugada, o que faz muitos desistirem, pois precisam acordar cedo no outro dia. O meio termo, ou seja, às 20:30h, seria o ideal, mas não acontece. Vai saber os motivos…
    Outro fato a ser mencionado é o preço dos ingressos. Tenho a impressão que estão muito caros, mesmo com o clube brigando na parte de cima da tabela. A torcida Atleticana é composta essencialmente pela massa, pelo povão, e esses possuem poucas condições de pagar 100, 80 ou até mesmo 50 reais no ingresso. Era preciso haver uma readequação dos preços, até porque a economia do país vai de mal a pior.

    No que tange o programa sócio torcedor, este precisa ser revisto em vários aspectos, buscando se aperfeiçoar e incentivar mais adesões, trazendo para o estádio o torcedor que hoje prefere assistir no bar ou no sofá de casa. Temos modelos de programas muito mais interessantes por aí, inclusive do nosso rival.

    Enfim, é preciso uma reflexão sobre estes assuntos e também sobre a segurança, o transporte público, etc.
    Temos uma torcida apaixonada e fiel, com enorme potencial de consumo, mas que vem sendo historicamente mal tratada e desvalorizada pelos homens de terno.
    Não adianta apenas cobrar a presença do público se o horário do jogo é ruim, se o deslocamento é cansativo, se o flanelinha vai extorquir, se o preço do ingresso está caro.
    Grandes empresas precisam de grandes administradores, que enxerguem a melhor forma de tratar e fidelizar seus clientes.

    1. Caro Eduardo, gosto muito de voce falar dos tempos de roça e fazenda. Tambem tenho minhas origens nas cidades de Itaúna, Divinopolis e depois pará de Minas. Meu pai era do meio rural. Ainda pretendo voltar a morar no interior. Em uma das 3 cidades citadas. e como tenho amigos atleticanos nessas cidades. amigos de conversa boa, de relembrar nossas façanhas pra ver o Atletico jogar. Amigos tambem do lado do Cruzeiro, pois amigo é amigo, acima de paixões do futebol. residindo em BH , meu leque de amigos ´do Galo ainda aumentou. Sou contabilista, amo a natureza, sou naturista, amo a esposa tambem atlçeticana e a parentelha dividida meio a meio. Mas voltando ao galo: agora é ajuntar quem pode entrar em campo, treinar muito, comer feijão com rapadura e meter o sarrafo neles, começando contrra o coelhinho assustado. eu acredito em 40 mil na quinta feira.

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