Skip to main content
 -
Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

A diferença na palavra de uma Torcedora

Esse sentimento que não se explica, o “ser Atleticano (a)”, desperta muita curiosidade, especialmente entre os não-Atleticanos, que insistem em buscar um inócuo confronto. O Rica Perrone, jornalista e blogueiro, fez um breve ensaio neste sentido: http://cantodogalo13.com.br/2017/08/11/torcidas-torcidas-e-torcidas/.

Leide Botelho, nossa amiga Atleticana, arriscou discorrer sobre este sentimento inexplicável e divido o relato com o leitor deste cantinho preto e branco.

Arquivo pessoal

“Sobre ser

por: Leide Botelho

Já havia algum tempo que não ia ao estádio, meus motivos são meus e talvez até de muitos outros e outras, mas não cabem neste texto.

A ida ao estádio na quarta era um presente. Daqueles que só bem recebe quem sabe o quão prazeroso é ser. E já na chegada, a minha fé – que não tem nada de ínfima -, foi calorosamente abraçada por mais presentes que atravessaram o oceano. Presentes do céu, de Fátima (de mãe do céu) ganhados de dois amigos Embaixadores do Galo que nunca antes eu tinha visto pessoalmente e que pelo laço único, indescritível das cores que de maneira predestinada temos a HONRA de carregar, cobriram meu pescoço, envolveram meu coração e de certo vão fazer essa alma atleticana ainda mais devota e crente.

Na resenha pré-jogo, teve reencontro. Reencontro com quem mora em Nova Lima e parece morar em Nova Iorque, tamanha saudade que eu sentia e tamanho tempo sem ver. Teve reencontro também com o Brodin que mora na parte de cima do globo (aquele doido do Gilmar que virou irmão mesmo e que já amo sem medida).  Esse “doidim”, jeito carinhoso de chamar, foi presente do Hudson, o Hudson que não conheço pessoalmente e que também já amo como se conhecesse desde 1908 e que me deu outra família – a Galo York -, que me proporcionou a ida ao jogo, novas amizades e um coração com espaço para tantos novos amigos que ainda quero conhecer, mas que já tomo como meus.

Entramos e, diante do jogo, por muitos momentos, só conseguia, segurando a medalhinha de Fátima ou apertando o terço envolto ao meu pescoço, orar, mirar por alguns instantes os olhos para o céu, trocar algumas palavras com os anjos e santos de Deus e pensar, “sobre ser”, sobre querer, sobre sonhar.

No enorme pesar entre erros de passes, bolas que não entravam, o encanto que eu não encontrava em campo e o grito que ecoava por vezes da arquibancada – mas que não parecia realmente aquele acreditar de outrora -, a única certeza era a de que, dali, nem eu, nem meus irmãos alvinegros, nem cada um de vocês que vierem a se encontrar nessas linhas sairiam desclassificados.

Por mais frustrante e/ou preocupante que seja analisar o momento, imaginar e/ou tentar encontrar justificativas, reconhecer os culpados ou omissos, covardes ou alienados, jamais NÓS e NOSSO CLUBE ATLÉTICO MINEIRO vamos estar à margem de nada, desclassificados e inferiores.

O que há em nós, o que nos atrela e une, são infinitas vezes maiores, é desproporcionalmente maior.

Estamos e estaremos sempre com nossas cores. E o mesmo amor de quarta, de ontem, é o de agora, será o de amanhã. A mesma certeza sobre o escudo que queremos carregar, o hino que queremos entoar nos acompanhará e isso independe do que a TV vai noticiar, da coletiva que pode vir a irritar ou decepcionar, da provocação de qualquer torcedor por aí. Porque o que carregamos, ah, meus amigos… Isso, não há NADA, nem NINGUÉM, por competência ou ausência dela, que pode tirar de nós. Porque isso é sobre nosso estado de ser. É sobre o inalterável que está no âmago, que exala que nos sinaliza.

Saudações Alvinegras!”

 

19 thoughts to “A diferença na palavra de uma Torcedora”

  1. Como diz o Dr. Rodrigo: “O atleticano celebra diariamente a sua personalidade!”
    Somos GALO além da morte,inexplicavelmente nascemos alvi-negros,faz parte do nosso caráter,da nossa existência,nós não tornamos atleticanos,simplismente somos.

  2. É isso. Na alegria ou na tristeza, na saúde e na doença. Estamos precisando que a torcida abrace o Galo tal como abraçou o R10 em seu momento difícil.

  3. A Fase não é a melhor!
    Mais quem de fato é atleticano
    Caminha com o coração!
    Todo relacionamento te alegria e tristeza!
    Se o Galo e Amor ,
    Então se prepare para as questões do relacionamento!
    De 2012 Para cá o Atlético tem nos impressionado com tantas títulos inéditos e alegrias e por questões de costumes não consigamos pensar que podemos viver de fato tristeza!

    Olhando o futebol sem olhar o coração

    Percebemos
    Que o Galo precisa investir
    Em um time mais jovem
    Onde os atletas corram o tempo todo!

    Para que as coisas voltem acontecer!
    Por esse motivo sou a favor da concentração!

    Assim não tem tempo para os caras
    Sair do foco com Balada, bagunça e farra.

    Independente de qualquer coisa
    Aqui é Galo

  4. Ser Galo é totalmente diferente ,minha querida Leide Botelho .Faz da paixão do clube algo da sua vida e do seu íntimo .Até a forma como atleticanos se tratam nas ruas é especial.Como irmãos , como membros de fato deuma mesma coletividade,como se estivessem nas arquibancadas do Mineirão no dia de um jogo decisivo .
    Eu sou mineiro,mas moro no Rio há muitos anos.Eu já assisti o Galo jogar no Rio, mas n~çao em Belo Horizonte .Tenho que ir ver o quanto antes .

  5. Caros,
    Sentimento de amor sincero ao alvinegro…
    Tão falando do Cuca por aí. A priori é uma boa. É uma especulação e os tempos são outros.Tem uma turma, principalmente entre as viúvas do Levir, o burro com sorte, q é reticente e ñ aceita a ideia. Na cabeça dessa facção, Cuca foi o responsável pela derrota no Mundial e enquanto o Burro é o Deus do Galo doido e foi injustiçado 2015. Pensar assim pode ser equivocado, pois os dois passaram excelente fase no Glorioso e prá esses as portas tão abertas..A partir do 2º semestre de 2013, o CAM entrou em letargia, a administração sonolenta, parte da torcida junto, assim até hj, sempre priorizando e ficando a ver navio. Tudo passou a ser marketing sobre “o melhor”: CT, cartolagem, Shopping, programa sócio, elenco. De um favoritismo real dentro de campo, com times aguerridos e talentosos, passamos a viver um favoritismo de ficção. O pior, voltamos a conviver com jogadores q ñ reconhecem a humildade da luta, da batalha e do esforço, qnd ñ são medíocres mesmos. O jg contra o Jorge W deve ser encarado como um divisor de águas. E q a direção sinalize com mudanças no planejamento míope, pq até o cordão dos puxa saco, sempre na lenga lenga de culpar torcida, tá ficando sem graça pra defender o indefensável. No futebol, pro começo, um grande treinador é sempre recomendável, assim como é prioridade rever a política de contrações. Time bom é time caro? Dentro do futebol brasileiro e sulamericano ñ é, podem estar certos. Jogador, se for caro, tem q ser foda dentro de campo e exercer liderança positiva no clube. ABAIXO A FRESCURA DAS PANELAS…E, claro, dar uma sacudida na base, ver se sai um jogador de futebol de verdade dali…
    Obs.:
    1. tem jornal aí dizendo q Zé Carioca tá em grande fase…ah! chapa branca, qnt tu vale?
    2. tem navegante nessa nau deriva especulando q domingo ñ é dia de poupar ninguém. É piada?
    3. Alguém pode explicar o time B?

    Domingo é hr de recomeçar…PRA CIMA, GALO!

  6. Quero hoje parabenizar os colegas atleticanos que aqui postam quase que diariamente , mostrando há meses o futebol tacanho, pobre e enganador deste monte de medalhóes ultrapassados que aqui vieram dar a ultima estocada financeira de suas vidas , caso deste fred cone , jogador que se assemelha a Átila, rei dos hunos , por onde passava, nem grama nascia, a verdadeira terra arrasada, onde este indivíduo coloca o pé , a destruição é total , a pior contratação do Galo nos últimos anos, pior que mixirica vanderlei , curê, perebas que não tinham fortes empresários que os blindava como este enganador, que prejudica qualquer equipe em todos os aspectos.
    Este robinho, outro mercenário, ex jogador em atividade , trazido por nepomuceno , sempre nepomuceno e que aqui engana , sempre sorridente pois com esta administração custo/benefício não existe , vive o melhor dos mundos e sempre mudando o foco após cada eliminação , agora o foco é fazer o maior numero de pontos possiveis.
    Este elias , disputando com carioca qual dá mais passes para o lado , para trás.
    É com enorme prazer, para irritar determinados chapas brancas, cegos que aqui postam e que para eles ser atleticano é ser burro e não enxergar a enganação reinante neste timeco de quinta categoria , estes mesmos que nos chamavam de marias ou cornetas , a frase sobre fredcone e companhia : EU AVISEI , agora venham aqui defender estes calhordas.

  7. A que ponto chegamos. Hoje enaltecemos somente a Torcida, esquecemos do time. Tenho a sensação que a Cidade do Galo virou terra arrasada. Nada funciona, nada dá certo, nem o time B nos convence.
    Por onde e como fazer as coisas voltarem a funcionar? Não queria estar na pele de nosso presidente. Criticar é fácil.

  8. Nosso grau de fanatismo e envolvimento da Massa com o Galo e suas coisas se resumem, para mim, na grande lição do mestre Roberto Drumond: “Se houver uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o Atleticano torce contra o vento”.
    Sem mais.
    Saudações alvinegras.

  9. Esse idiota não sabe nem a história do GALO e vem aqui chamar de mentiroso, tanto é trouxa que o Kalil na segunda feira chamou todo o plantel ele era diretor de futebol, chamou todo o plantel na responsa, demitiu Dario Pereira e assumiu o Humberto Ramos e na quarta feira o GALO ganhou do Gremio por 2X0 e classificou-se pra pegar o timeco azul calcinha. O resto da historia quem é atleticano sabe, quem não é vem aqui chamar os outros de mentiroso se escondendo atrás de um teclado. Atitude própria de MARIA.

  10. Saudações!!
    *VIDA QUE SEQUE*,
    craque de bola ou perna de pau, não é gualguer um que consegue jogar no galo.
    a forma como as contratações estão sendo feitas tem que ser revista.

  11. Boa tarde!
    Quero, por aqui, mandar os PARABÉNS, para o ,nosso, MENINO MALUQUINHO LUAN! Hoje está completando 27 anos e desejo tudo de bom! Que DEUS continue abençoando-o muito! Luan é a CARA do GALO com sua RAÇA contagiante. Infelizmente seu problema no joelho não tem permitido que faça muitos jogos , mas, sempre que tem entrado se doa totalmente em campo. Fiquei pensando no jogo de quarta, se talvez não tivesse sido melhor colocá-lo no segundo tempo, pois, estaria descansado e com sua raça talvez a história pudesse ter sido outra. Enfim…já passou!!! E apesar da desconfiança deste grupo e tudo que está envolvendo o GALO vou dar um voto de confiança para que a HISTÓRIA do segundo turno seja, totalmente, diferente ,de muitas vitórias para nos tirar deste sufoco. VAMOS GALOOO!!!

  12. É isso Leide! não é só nas arquibancadas q o CAM nos presenteia com amigos, é para a vida toda. Nós não somos do CLUBE ATLÉTICO MINEIRO, nós SOMOS o CLUBE ATLÉTICO MINEIRO,esta é a diferença.abs
    ✓ Lembro de uma crônica vossa _2012 salvo engano_ no blog Lances&Nuances do amiGALO Roberto C. Filho_ pena estar inativo hj em dia_ e lá tbm suas linhas eram estupendas… parabéns e saudações Alvinegras.

  13. Esse texto me remete ao longinquo 1999, o GALO acabava de tomar 4X0 do Guarani de Campinas e meu filho então com 10 anos tinha uma festa de aniversário para ir e o amiguinho era cruzeirense e toda sua famíla. Na hora de arrumarmos ele falou pra mim, pai pega a camisa do GALO, olhei pra ele e falei, filho mas o GALO acaba de tomar uma goleada, não os meninos vão te gozar. Ele olhou pra mim e disse tem problema não eu não ligo, sou atleticano mesmo. E até hoje assistimos os jogos do GALO juntos na sala, xingando, sofrendo, vibrando. Ser Atleticano não se explica, vida que segue e cada vez mais Atleticano. Saudações Alvinegras

    1. Saudações Eduardo, Lugalo e AmiGalos.

      Tomei a liberdade de transcrever partes da crônica do Menon, no Uol, sobre a torcida do S. Paulo e sua reação neste momento difícil:

      “A torcida resolveu abraçar o time, acarinhar os jogadores. É o que restou diante de um trabalho horrível feito pelos cartolas, que não souberam prever um desmanche”
      “Os são-paulinos perceberam a gravidade da dicotomia que lhes foi apresentada: ou eu fico em casa, sentado no sofá, xingando a diretoria, ou vou até o Morumbi gritar o nome dos jogadores até o final. A opção foi clara. ”
      “…Enfim, a torcida percebeu que é melhor que a diretoria. E que o time montado pela diretoria. Está fazendo sua parte, com paixão e amor. É uma das grandes personagens do Brasileiro-17.”

      Não sei se este movimento da torcida do SP é espontâneo. Mas para uma torcida que sempre foi estereotipada como um bando de nutellas, bambis, etc. – não é o que eu esperava. Admiro sua mobilização e comprometimento com o time, ainda que nas circunstâncias mais desfavoráveis dos últimos anos.

      Lembro-me bem da nossa campanha em que fomos rebaixados, e da luta pelo acesso, coroada com o título da série B. Crescemos como torcida e torcedores, pela demonstração de amor ao time, e pelos conceito de raça e emoção que nossos jogos tinham, ainda que com jogadores que jamais aspirariam estar entre os maiores do Galo de todos os tempos.

      Que estejamos todos de cabeça quente com as decepções deste ano, é esperável. Mas aqui é Galo! Com o nosso time sempre, mesmo com todos os problemas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *