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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Ai que saudade me dá!

Ainda aguardando a confirmação do Junior Alonso, dada como certa por pessoas próximas aos bastidores do Galo, ontem foi anunciado oficialmente o empréstimo do zagueiro Bueno. Emprestado pelo Kashima Antlers, do Japão, esse atleta, que é brasileiro – em princípio – ficará um ano no Galo.

Paulista, da capital, sempre atuou no futebol daquele país aonde chegou em 2016. Está com 24 anos e foi indicação do próprio Sampaoli, avalizado pelo Zico, que mantém fortes vínculos com o nosso maior rival, o Flamengo. Sem querer ter pés atrás, mas o ex-jogador do clube carioca sempre demonstrou certa aversão pelo Galo.

Só de insistir que o Wright e Aragão não foram tendenciosos naquelas duas partidas, já me deixa inseguro. E esse “galinho de Quintino”, apelido do então jogador carioca, indicou logo para o Galo e porque não ao seu time carioca? Sem querer fazer juízo de valor, prefiro aguardar, tomara que Bueno surpreenda a todos e se mostre diferente das últimas apostas do setor como Juninho, Maidana e outros.

De qualquer maneira é um zagueiro de ofício, situação que andou preocupando a nós todos, uma vez que estávamos com a atual dupla titular, Gabriel e Rabello, além do Réver. Bueno, contando com a quase certa chegada do Junior Alonso, mais Gustavo Henrique e os garotos da base em observação trazem mais conforto a essa nossa aflição. Chega de figurar entre as zagas mais vazadas, ano após ano, no Brasileiro.

Li ontem que no Rio de Janeiro, atendendo protocolos que desconheço, a partir do dia 10 de julho já será permitido público nos estádios. Mesmo não tendo informações sobre essa liberação, apesar de saber que as regras estabelecem um terço da capacidade dos estádios e distanciamento de quatro metros entre os torcedores, me ocorre à curiosidade em entender qual a diferença do Rio e Minas.

Estarão os cariocas extrapolando medidas recomendáveis de segurança ou os mineiros sendo demasiadamente cautelosos. Um dos dois lugares tem um equívoco de tratamento com essa questão do isolamento e presença da torcida nos jogos. Eu, por precaução, me mantenho em casa. Só quando a liberação for geral mesmo. Digo, nos jogos, pretendo avaliar melhor. Se for permitido, pode ser quatro ou dez metros, serei disciplinado, pois quero muito ver o meu Galo em ação.

Ontem passei boa parte do meu tempo – de um sábado quase ocioso – imaginando a volta, ainda que gradual, da Massa aos jogos do Galo. Voltei aos meus tempos de juventude. Naquela distante década de 70, reuníamos no bar Panorama, ali na Rua Cláudio Manoel. Isso já no final das manhãs de domingo, tipo dez horas em diante.

De lá para o Mineirão em torno de 13 horas. Uma parada num posto de gasolina na região do São Francisco. Não era para abastecer os carros, mas para pegar mais latinhas de cerveja (novidade de lançamento na ocasião, antes era só garrafa) e enfrentar filas para comprar ingresso e entrar. Direto para o Bar 28. Mais cerveja e tropeirão, sem vigilância sanitária, e às 16 horas Toninho Cerezo, Reinaldo e companhia. Cem mil pessoas em média. Vitória certa!

Tempos depois, já na era moderna, Mineirão encolhido mesmo antes da reforma, acompanhar conquistas como a Conmebol e sequências históricas de campeonatos mineiros. Ver o time cair, no jogo com o Vasco, para no ano seguinte ir a todos os jogos da ascensão e volta para a Série A. Um ano apenas, para nunca mais voltar. Nesse episódio, mesmo na competição de segunda, recordes de públicos do início ao fim. Foi a melhor média brasileira entre todas as competições nacionais.

Já nessa fase atual, seja no Horto ou na Pampulha, o charme da Massa não cede espaço a concorrentes menores. Seja subindo as ladeiras em torno do caldeirão do Galo, que atende também por Independência, ou nas vias de acesso ao Mineirão. A Rua do Peixe na Pampulha, de frente para a Esplanada, é sempre um mar em preto e branco que acende time e Torcedor antes mesmo de entrar para o estádio. E as ruas de fogo, num ou noutro lugar, fazem parte do cartão postal dessa Cidade do Galo. Conhecida também como Belo Horizonte.

Ai que saudade me dá!

*fotos: 1) Bruno Cantini/Atlético; 2) site do Galo; 3) blog

9 thoughts to “Ai que saudade me dá!”

  1. Presenciei uma única vez, mas a “rua de fogo” foi o maior espetáculo que já vi. Outra coisa: a volta do Pratto ao GALO eu aplaudiria de pé e, se pudesse, o buscava em Confins.
    Pra cima deles GALO!

  2. BOA NOITE,

    Não espero ser julgado, mas, não acham que devemos deixar o Bueno mostrar o futebol em campo.
    que pessoal pré conceituoso. Como já foi dito, o jogador foi emprestado e não comprado.
    Quanto ao retorno do futebol, concordo e acho dia 26 tarde, mas, daí a liberar a torcida em campo já é demais, julgo que estão atropelando as coisas.
    Com 1/3 da ocupação, o futebol provavelmente passará a ser coisa de elite, ingressos deverá cobrir os custos, então, devem ser caros.
    Estamos entrando no mês de Julho e dentro de no máximo 2 nesta e próxima semana deve se concluir o elenco.
    Espero um 9 e um 10. Já contando com o Junior Alonso.

    Bom final de domingo a todos!

  3. Acho que precisa de um camisa 9, mas espero que não seja o Pratto, pois a bola dele no River já não a mesma de 2014 no Galão, não podemos ficar vivendo de passado.

  4. Bom Dia! Com todo respeito aos “japoneses”, o futebol de lá – mesmo com a evolução – não é comparado ao da Europeu/Sulamericano. Portanto – quero estar errado – mais deve ser outro “come/dorme”, afora ser um ilustre desconhecido. A pergunta são os motivos da “eventual” indicação do Zico em reforçar o adversário em detrimento ao seu Fla? Muito estranho! Partidas de futebol no RJ – com público – a partir de 10/07/ é irresponsabilidade! Sabemos quais são os reais interesses/motivos!

  5. Prezados Ávila, atleticanas e atleticanos.
    Essa história do Bueno está difícil de digerir! Zico avalizar a Sampaoli a compra do zagueiro? Vamos aguardar para ver de compramos gato por lebre. Pouca estatura para time que tem levado a maioria dos gols pelo alto. No mais, vida que se segue! Um bom domingo para todos.
    Hoje e sempre, galo.

  6. bom dia Eduardo e massa. grande texto Eduardo. eita saudades de assistir o galo a jogar. alguns amigalos disse aqui e concordo com estas contratações os jogadores da base vai ter poucas chances ou será que o sampaoli vai por os contratados no banco de reservas e por alguns da base a jogarem fico na dúvida. zico enxeu a bola do Bueno então porque não levou para o flamerda.para fechar as contratações precisa de um camisa 9 para ser titular e um camisa 10.bom domingo a todos amigalos. cuida-se. vai galoooooooo.

  7. Bom dia Eduardo, lucy, atleticanos e atleticanas,
    compartilho da sua preocupação a respeito do zagueiro brasileiro que só jogou no Japão, o Bueno, mas prefiro acreditar que foi o Sampaoli que o indicou e não o ex jogador do time da Globo do Rio (não levo a sério a briguinha deles)… Penso que o Mattos e o Sampaoli não seriam ingênuos ao ponto de contratar um jogador baseado apenas na opinião de um jogador que não tem nenhuma identificação com o Galo, pelo contrário… O Cerezo foi técnico lá em 2015, penso que a opinião dele vale mais… Gostaria de saber o que ele pensa dessa contratação… Mas vamos dar um crédito de confiança pro cara….
    Ah!!!! Também frequentei o Panorama na Cláudio Manoel perto da praça ABC…. Bons tempos…
    Um ótimo domingo para todos….

    1. Bom dia, com a devida venia, o jogador Bueno, nao foi comprado pelo Galo. EMPRESTIMO DE UM ANO. Sinceramente, nao vejo motivos para essa celeuma toda. Errado é comprar Denilson e dar-lhe contrato de Cinco anos.

      1. Bom dia, em nenhum momento eu disse que o Galo tinha comprado o jogador, eu disse “contratado”, e empréstimo é um contrato ou não???? E é justamente pelo Galo ter feito burradas como a do Denílson, do Therans, do Zé Welison que ficamos com o pé atrás… Mas como eu disse confio no julgamento do Mattos e do Sampaoli, e vai ser muito difícil o Bueno ser pior que Maidana….

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