Tenho uma sincera esperança e extremo otimismo que, em 2018, elegeremos um presidente muito bom. Se não um Meirelles, um João Dória ou um Amoêdo, alguém deste nível e preparo. Contudo, caso não cheguemos a tanto, dados os nomes que aí estão, jamais me verão chorar de tristeza ou desespero se Bolsonaro for eleito. Ao contrário. Sei que vou me divertir muito.
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Uma democracia frágil como cristal
O que me parece cada vez mais claro – e eu mesmo me enquadro neste pensamento – é que, independentemente do nível socioeconômico, uma parcela mais que considerável da sociedade já não suporta mais esta condição miserável de submissão e de arrimo do Estado, e está “aberta” a quase qualquer outra opção, por mais arriscada e imprevisível que seja, já que, ao menos, uma mínima chance de liberdade poderia sair dali.
Bolsonaro deita e rola no ambiente político atual
Não são vocês quem têm de correr atrás destes caras, mas, sim, ao contrário, eles atrás de vocês. Salvo, é claro, gostarem mesmo do papel de zumbis, pois aí é com cada um, certo? Afinal, gosto não se discute. Lamenta-se.
O impeachment ficou para trás; o atraso, não
O livro, ou melhor, o volume (este volume) está chegando aos capítulos finais. Mais um pouco e encerramos o ano. Passados os dias inertes de férias, seguidas do carnaval, o país real começará a se mexer e definir suas peças e posições políticas para as eleições de outubro. Até lá, muito pouco ou quase nada mudará. Mas, a partir de março, senhores, viveremos tempos turbulentos nunca antes sequer imaginados.
O brasileiro sabe o que quer! Só não sabe o que não quer
O brasileiro clama por um Estado forte, que lhe proporcione tudo (o sonho das esquerdas), ao mesmo tempo em que anseia por justiça e rigor nas leis (o sonho das direitas). Quanto mais o país caminha para a pobreza, mais cresce o desejo pelo Estado, o que, naturalmente, só agrava a situação. E quanto mais o país caminha rumo à bandidagem e impunidade, mais clamor por polícia e justiça. Ou justiçamento! E a chance de uma aventura autoritária só aumenta.
Não precisamos de mais um mito; precisamos de um líder
O brasileiro precisa aprender a enxergar um candidato a presidente apenas como o que ele é: alguém comum, de carne e osso, disposto a governar o país, tal qual o português da padaria toca seu negócio. Um presidente é só um presidente. Não é nem nunca será salvador algum! Não é um mito — me desculpem os que tratam políticos assim –, não é um milagreiro, não é um santo.
Presidente? Só se for da Odebrecht
A despeito das importantes conquistas de 2016, o PSDB viu enterrado seu “maior” pré-candidato. Aécio Neves foi humilhado em Belo Horizonte. E também a despeito da musculatura exibida por Alckmin, em todo o estado paulista, sua imagem de tradicional político tucano fará com que tenha uma rejeição estupenda. Por isso digo que Doria é a única e grande esperança. Acontece que ele mesmo já afirmou diversas vezes que cumprirá todo o mandato, assim como é fidelíssimo a Geraldo Alckmin.