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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Uruguaio sangue bom

A recente experiência com o treinador Diego Aguirre e sua comissão técnica não condiz com a empatia entre o Galo e jogadores sul-americanos, notadamente uruguaios. Se agora temos os equatorianos Erazo e Cazares, em outros tempos destacaram-se uruguaios, a exemplo do treinador Ricardo Diez e os jogadores Oliveira e Cincunegui.

Héctor Carlos CINCUNEGUI de Los Santos, hoje com 75 anos, foi um voluntarioso lateral esquerdo que atuou entre os anos de 1968 e 1973 pelo Clube Atlético Mineiro. Desmitificando o conceito de que zagueiro tem de ser alto, com seus 1,70 de altura colocou muito ponta direita pra correr naquela ocasião. Um deles, que lembra festa natalina, sambava sobre adversários, exceto com Cincunegui.

O Galo, por intermédio do presidente Daniel Nepomuceno e da diretora Adriana Branco e aproveitando viagem de dois ilustres Atleticanos ao Uruguai, o juiz de direito aposentado Geraldo Rogério de Souza e Dalmo Caetano de Lima, presenteou o ex-jogador, já muito debilitado por problemas de saúde, que envergou o manto que defendeu com raça e amor naquele título de 1971.

Assistam ao vídeo:

10 thoughts to “Uruguaio sangue bom”

  1. Bom dia.
    Muito obrigado pelas palavras, caro Paulo Henrique.
    Como diz o Hino: “O Nosso Time é Imortal.” Graças a estes Heróis, somos desde sempre um clube com alma e que nunca abandonou seus princípios. Valorizando as raízes e o passado, teremos um futuro promissor. Queria eu que os jovens (como eu) entendessem isso, porém, o imediatismo dos caras e a falta de conhecimento da origem do próprio Clube, transformou as pessoas em verdadeiros consumidores, deixaram de torcer incondicionalmente, viraram máquinas de cornetar e tudo no Clube está errado… Quem sabe um dia aprendem?
    Somos uma verdadeira Entidade Venerada por Milhões.
    Abs.
    Saudações.

    1. Grande Samuel Mizael , tomara que esse estúpido processo de elitização do futebol brasileiro seja abandonado o quanto antes .Como já disse aqui, ele não deu certo em países ricos como Alemanha, Espanha e Inglaterra , como dará certo no Brasil ?
      E estes seres ( os torcedores corneta ) , são símbolos desta triste realidade . Não gostam de futebol ,não entendem nada dele e são estão ali pela força que a atividade adquiriu. Tratam o estádio como se fosse uma mera praça de alientação de shopping e so atletas como se fosem serviçais da sua casa ( e diga-se de passagem , jamais um ampregado doméstico deveria ser tratado assim ) . Aqurela alegria que tínhamos de ir aos jogos não só pelo jogo em si ,mas pelas pesoas maravilhosas que encontrávamos ,simplesmente é inviável no momento. E sem contaraaquelas patéticas figuras que estão chorando quando o time perde , mas que começam a sorrir do nada quando vêem que stão sendo filmadas pela câmera . Aí ,não dá !

  2. … tenho criticas severas ao Marketing do Galo … se me permitem. Nossas cores são um imenso material de consumo … nosso símbolo e “apelido” é invejavelmente poderoso no imaginário do povo mineiro. Tudo isso à disposição e nossa história de glorias é muito pouco aproveitada (praticamente nada) pela Diretoria Atleticana. Cadê as flamulas lindas e tudo mais que cerca o desejo do torcedor de se identificar com o clube? … Que acordem os responsáveis e registrem tudo isso em forma e conteúdo, com nossa cores (roupas sociais, medalhas, coleções de taças, etc) e que isso tudo seja “Galo em verso e prosa”, e não direcionado a um atleta ou outro .. mas direcionado para a marca do GALO … hoje e sempre. Temos as cores básicas de qualquer vestuário, temos o mais lindo mascote do futebol mundial e nada fazemos para revisitar e associar nossa história a esses materiais. Espero que em nossa futura casa, se pense em algo igual ou melhor do que o que se vê no estadio do Barcelona e Real, gerando renda com o turismo, inclusive.
    Vai Galo, com força e atitude sempre … ao alto e avante !!!

  3. Meus parabéns a toda diretoria do nosso Atlético Mineiro e a todos os envolvidos pela belíssima iniciativa . Cincunegui,além de ser um dos maiores defensores do Galo, é um jogadores que mais se dedicaram ao clube e que honraram como pouquíssimos a garra , a valentia que faz deste clube e desta torcida algo muito especial .
    Como disse o Samuel Mizael, ” o Galo não surgiu em 2013. O clube, as suas tradições e asua idnetidade foram construídas em mais de um século ,não somenet nas grandes vitórias ,mas também nas derrotas. E jogadores valentes e aguerridos como este uruguaio faziam este clube se tornar mais forte até mesmo nos resultados . Quem for torcedor d de verdade, sabe muito bem do que eu estou falando .
    E ,assim como o Samuel Mizael , eu me junto aos torcedores que pedem a diretoria atleticana uma mais do que justa ao nosso craque em sua velhice . Nós ganhamos nome no Uruguai por causa dele e ganhamos dinheiro até hoje pelo que fez pelo clube .

  4. Boa Tarde, Eduardo.
    São ações como esta que fazem com que tenhamos ainda mais orgulho de nosso amado Galo. Parabéns aos envolvidos desta nobre atitude. Ídolos do passado que honraram e envergaram com raça essa lendária camisa preta e branca merecem reverência.
    Sempre fomos gigantes, é necessário que essa nova geração (da qual me incluo), saiba que o Galo não surgiu em 2013. Nosso passado glorioso de lutas e comprovadamente sendo um clube de massa, sem nunca ter mudado de nome, muito menos de cores ( o que é pior que cair), alicerça nossa grandeza em nível internacional. Temos muita história, Ídolos, títulos, torcida e uma mística invejada pelos rivais.
    Fica aqui um pedido ao clube que possa acompanhar e dar uma assistência a saúde e a família do Cincunegui. Agindo assim, seremos ainda maiores.
    Saudações.

    1. Excelente texto, grande Samuel , Concordo com tudo o que falou . Um clube de excelência como o Galo tem que ter que valorizar a sua História e mostrá-la para a sua torcida. Aliás, eu dira que esta é uma condição indispensável para se atingir a condição de clube de ponta .
      E que ,embora reconhecendo abelíssima iniciativa de homenagear o Cincunegui com a camisa atual do Galo , entendo que uma ajuda a ele a sua família seria muito bem vinda .

  5. È isto aí o Clube Atlético Mineiro, tem que homenagear quem realmente fez história com o nosso manto sagrado, quem realmente fez e faz por merecer. Não pode é ficar entregando ” Galo de Prata” para qualquer pessoa, muitas delas, sem nenhuma ligação com o nosso Galo.

  6. Um dos jogadores de maior raça e vibração de todos os tempos no Atlético!
    Entre tantas passagens notáveis de Cincunegui me ficam duas:
    No primeiro encontro entre ele e Natal, ponta direita do Crüzeiro àqueles tempos, jogador dado a firulas e encenações, Cincunegui após um carrinho na bola (ele jogava rigorosamente na bola, com toda raça, com toda força), após o qual foram parar os dois e a pelota fora de campo, Cincunegui retornou com o dedo em riste a centímetros do nariz do rato branco “Usted trate de jogar sério, muchacho, e no mas me expoña contra el juiz e la hinchada!”
    Outro episódio, notável, o primeiro gol de Cincunegui com a camisa do Galo, ao longo do Campeonato de 70, que haveríamos de ganhar, o locutor (o magnífico Jota Junior da Radio Guarani) entre outras coisas disse: “… O Mineirão está finalmente inaugurado!…”
    Hector Carlos Cincunegui de Los Santos!… Grande medida da Diretoria!… Parabéns.
    Eh, Galo!

  7. Cincunegui, o melhor lateral esquerdo que já vestiu a camisa do Galo. Tinha 60% de pura raça e 40% de técnica. Figura certa em qualquer formação do melhor time do Galo de todos os tempos. Em seu primeiro jogo contra os rivais, no lugar de Décio Teixeira, foi logo se impondo como um dos melhores da partida. Quem é esse? Quem é esse? Perguntavam todos, porque aquele ponta direita endiabrado não conseguia mais driblar, não chegava à linha de fundo. Em minha idade ainda juvenil, o vi jogar inúmeras vezes. Contribuiu e muito para minha paixão pelo Galo. Velhos tempos.

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