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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Sigo o treinador

 

Nos dois tribunais desportivos que participo, Copa Itatiaia e Copa Centenário (da PBH), como sou auditor mais objetivo e deixo de lado considerações prolixas – diferente daqui no blog – quando acompanho o parecer sou direto. “Sigo o relator”. E é exatamente como estou neste momento da vinha vida Atleticana. No caso, “sigo o treinador”.

Minha relação com o futebol, notadamente com o Galo, sempre foi pautada pela paixão. Vale dizer, de amor e ódio. Já desfiz de acervo de camisas e outras bugigangas quando a raiva se apoderava do meu sentimento. Arrependia e repetia esse desatino.

Tem tempos que, mesmo vivendo alguns momentos de completa ira, consigo me conter e não desfazer de tantos adereços que tenho e mantos que possuo. Somando se camisas oficiais e alusivas ao Galo, são mais de uma centena, pouco perto de grandes colecionadores.

Porém o suficiente, ao lado de uma infinidade de souvenires e utensílios domésticos, quadros e um tanto de coisas que compõem a decoração aprazível de um apartamento onde mora sozinho um idoso Torcedor alvinegro. Diria até, que essa Atleticanidade, tem me rejuvenescido a cada novo momento e jogos do Galo. Com ou sem epidemia.

Dias atrás, noutro espaço que participo com temas do cotidiano, brinquei que quero comemorar meu centenário – assim como o nosso o time do coração – assistindo jogos no Estádio do Galo e ainda comemorar muitas vitórias e títulos. Vivo intensamente o dia a dia do nosso glorioso, tem mais de meio século.

Durante esse período, tive o privilégio de assistir um número de jogos que nem consigo dimensionar. Belo Horizonte, diria sem medo de errar que a maioria absoluta das partidas desde que aqui cheguei adolescente para seguir meus estudos, no distante ano de 1974.

Desde fevereiro de 2006, jogos com públicos, todos como mandante. Só agora essa epidemia me impediu, exclusivamente pela idade e valor dos exames exigidos pela PBH. Ainda assim, para domingo, estou disposto a cumprir essa exigência idiota do poder público municipal.

E o que me motiva para tanto é acreditar neste momento. Fui e sou crítico de gestores, sejam públicos ou do – no caso – Galo como privado e de interesse da Torcida. É assunto polemico e, por critério pessoal, avalio presidentes e diretorias pelo legado de títulos que nos deixaram. Assim também, com relação aos treinadores. Cuca nos deu a Libertadores, Telê o Brasileiro, Levir a Copa do Brasil. Porém, entre os três meu destaque é para Telê. E, arrisco em acreditar que Sampaoli irá superar os outros dois na nossa história próxima.

Posso errar claro! Não se trata de palpite, arriscar, apostar nele ou até mesmo intuição. Estou confiante no trabalho do argentino. Meio louco, sim. Ao estilo Galo Doido. Tanto que o chamei aqui de “Maluco Beleza”, tendo sido entendido e até seguido por alguns comentários aqui e nas ruas.

Quando acertou com o Galo, amargávamos a desconfortável quinta colocação do Mineiro. Antes de ir para a beira do gramado, sua presença nas cadeiras, motivou jogadores em campo e Torcida nas arquibancadas. Nesse dia vencemos rival de um passado recente e construímos a classificação no campeonato estadual

Agora, depois de onze jogos sob o seu comando, são oito vitórias, um empate e duas derrotas. Sua lista de disponíveis bateu com a da maioria dos Atleticanos. Vários já saíram, outros ainda procuram abrigo, sendo que chegaram oito novos jogadores. Do time de anteontem, apenas Marquinhos atuou frente ao mesmo adversário no jogo do turno.

Ainda esperamos mais contratações. Essa reconstrução requer e exige paciência do Torcedor. Seu índice de aproveitamento é superior a 75%. Supera qualquer treinador em qualquer tempo. Será menor, com certeza, mas esse início me motiva a reafirmar que “sigo o treinador”.

Posso rever, mesmo com minha idade um pouco acima da dele Sampaoli, sou adepto em ajustar minhas opiniões. Não mudar, estou dizendo que posso reconsiderar. Por enquanto e confiando na chegada de novos reforços, confio num belo desempenho do Galo de Sampaoli. Não é justo cobrar dele a abstinência longa do campeonato Brasileiro. Sigamos!

*fotos: Bruno Cantini e Pedro Souza/Atlético

 

2 thoughts to “Sigo o treinador”

  1. Sigo o treinador reflete o pensamento de todos nós Atleticanos, pois estamos cônscios de que o time não tem um craque, ou uma estrela capaz de destacar entre os jogadores. O astro é Sampaoli, que, vale lembrar, quando aqui chegou disse que iria implantar uma cultura do jogo em que prevaleceria o domínio dos jogos, sendo protagonista, lançando-se ao ataque pouco importando o adversário e o lugar da partida.
    Evidente que até agora foram poucos jogos.
    O time dirigido por Sampaoli ainda busca o entrosamento mesmo diante da necessidade rodar o elenco.
    Mas, o curioso de tudo isso é que com poucos jogos na temporada percebe-se uma nítida evolução na forma de jogar do Galo, mesmo com alguns jogadores medianos, devendo o crédito ser todo de Sampaoli.
    Enquanto o Galo evolui, times do eixo RJ-SP patinam com um futebol atroz que “dá calo na vista”, fazendo com que a respectiva mídia comece a dizer que Sampaoli não ganhou nada, o que não deixa de ser uma forma de criticar talvez com o propósito de aumentar a pressão ao seu trabalho aqui por causa das duas ultimas derrotas (Botafogo 2 x 1 e Internacional 1 x 0).
    Cuidado Massa Atleticana. Sinal de alerta ligado para as estatísticas de que Sampaoli fracassa em seus trabalhos num movimento que dá sinais de pretender desestabilizar um trabalho em fase inicial, com claro objetivo de tirar o nosso astro, Sampaoli, que aqui chegou dizendo que Glorisoso CAM terá uma idéia de jogo voltada para o ataque, hoje e sempre, independentemente do adversário ou da situação da partida.

  2. Bom dia a todos. Não tenho esta expectativa de tê-lo por muito tempo e acho que o presidente, após ser reeleito, tb não ficará agradando ele com contratações e o cara vai sair. Espero estar errado, mas alguém ai já viu político prometer e cumprir?
    Claro que não quero sofrer por antecipação e nem secar a situação, mas além do relatado acima, ainda temos o assédio do mercado externo. Quem não quer contar com o sampa?
    Este ano, tirei para acreditar no galo. Acreditar em uma boa campanha. Título ainda é muito cedo, mas se acertarmos o time este ano, teremos tempo e base para 2021 cobiçar todos os campeonatos.
    Conforme relatado pelo blogueiro, tb tenho meus momentos de ira com o galo. Porém este ano resolvi dar meu voto.

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