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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

O que fizeram com o futebol?

Rita Lee, em um de seus inúmeros sucessos, indagava o que foi que aconteceu com a música popular brasileira. A letra de Arrombou a festa, data de 1977, e a cantora ainda viveu até maio deste ano. Ela previa e presenciou ainda coisas piores com a invasão de ritmos e adaptações que atualmente dominam nas danceterias (ainda é esse o nome?) e embalos da juventude.

No futebol, ao que estamos acompanhando, a barca vai na mesma direção. Comigo e muitos dos amiGalos que frequentam esse espaço democrático, não tem sido diferente. Somos de um tempo que a rivalidade era saudável e dentro das nossas relações. Familiares, amizade e trabalho. O sarro da segunda-feira, que permanecia por alguns dias da semana, jamais acirrou ânimos entre pessoas.

Eu mesmo, ainda mantenho – seletivamente – amigas e amigos que no sistema de mão dupla divertimos a cada vitória de um e derrota do outro lado. Ontem dois fatos me incomodaram e me levaram a reflexão durante boa parte da noite. Solitário desde o meu passeio ao anoitecer e mesmo em casa. Hoje vou ficar apenas no primeiro. O clássico do dia 22 terá ou não a presença da torcida adversária? Se optarem por não, antecipo minha profunda decepção.

Ah! Mas eles, os torcedores adversários, irão quebrar a nossa nova Arena? Assim argumentam os contrários. Ora, com todo respeito, sistema de segurança e policiamento ostensivo reprime uma eventual tentativa de depredação. Outra, antes e depois do confronto, check-in e checkout. Em caso de algum prejuízo, como já ocorreu em outras praças, imediatamente o ressarcimento ao mandante do valor referente a reforma. Ponto!

Fui dezenas de vezes ao Mineirão em clássico local e mesmo em outros jogos, neste segundo caso também em vários estádios – brasileiros, no interior de Minas e até mesmo em outros países – sem nunca ter vivido constrangimento. Registre-se que fora de BH o cuidado com a nossa segurança fica longe do que oferecemos. Não sei se pela cantada e decantada hospitalidade mineira. Ainda assim, é fato!

Concomitante a isso, ou talvez até decorrente disso, outros fatores tem sido motivo de preocupação para quem acompanha futebol desde criança. Como hoje é feriado, no próximo final de semana não vamos ter jogo do Galo, quero aproveitar essa trégua para esse debate. Quando me mudei para BH, no ano de 1974, antes mesmo da Rita Lee lançar o sucesso que abriu nossa resenha, por mais de três décadas ia aos clássicos com torcida dividida. Lá promovíamos o empurra em busca de melhor acomodar a Massa que sempre foi maioria.

E voltávamos pra casa, alegres ou tristes, já sonhando com o próximo confronto. É muito triste, decepcionante, imaginar um clássico com 5% ou mesmo 10% de ingressos ao visitante. Muito mais ainda, se não houver torcida adversária. E isso tem de ser recíproco e valer para todos. No Rio de Janeiro, por exemplo em jogos com o Flamídia – que tem seus torcedores sempre bem acolhidos aqui – não tem essa contrapartida. Por isso, deliberadamente, a cbf – ano após ano – marca o primeiro turno aqui e a volta lá. Até aquela bolinha viciada da Copa do Brasil, dizem que uma é quente e a outra fria, também assim tem determinado. Com isso, o futebol brasileiro segue, como diria outro saudoso artista brasileiro, o Moraes Moreira. “Lá vem o Brasil, descendo a ladeira”.

Em tempo: amanhã, se nada mandar em contrário, trarei o outro desconforto com o futebol brasileiro e do Galo. Até!

*imagens: 1) UAI/EM (montagem do blog); 2) Atlético

22 thoughts to “O que fizeram com o futebol?”

  1. ” Que nossas histórias sejam lembradas sempre , pois nessas memórias seremos eternos ”

    Extraído de um perfil de F1, traduz perfeitamente o sentimento que me acompanha em relação ao ATLÉTICO.

  2. De estalo, resolvi ouvir a entrevista da Leila Pinheiros (presidente do Palmeiras), esclarecendo pontos da crise que se instalou no clube pós eliminação da Liberta e resultados adversos no brasileirão.
    https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2023/10/12/leila-palmeiras-entrelinhas.htm
    Alguns poderão indagar: mas aqui não é só Galo? Sim, mas podemos usar exemplo do que ocorre em outros times para corrigir nossa desastrada rota que ultimamente tem brochado o torcedor atleticano.
    E me chamou a atenção o que ela (Leila) disse quando foi cobrada por contratações:
    – “Eu não vou contratar atleta aposentado e em atividade… eu não vou fazer isso.”
    – Se não é aquele atleta que vá suprir as necessidades do clube, prefiro não trazer. Prefiro dar oportunidades pra nossa base”…
    – “Eu não quero trazer jogador que não deu certo lá, na Europa, e já passou de uma certa idade e quer se aposentar aqui. O palmeira não é lugar de aposentado.

    Minha sugestão; tragam a Leila pro Galo. Ela entende muito mais de futebol do que todos os que estão aqui no Galo.

    1. Lá no palmas tem uma presidente de verdade. No Galo a rainha da Inglaterra eo peseudo diretor de futebol não manda em nada. La no palmeiras dar chances aos jogadores da base e revelam jogadores. No Galo está diretoria fraca só contrata refugos e aposentados. Saudações.

    2. Boa Noite,

      A Leila vai muito além disso tudo já dito, ela é patrocinadora e não mecenas que quer receber no final. Ela tem visão empreendedora, não tem medo de torcida organizada e corta mordomias delas. Veja se lá existe os tais 5000 ingressos de graça.
      Diferentemente do que outros que pelo Galo passaram, ela põem dinheiro e não tira, não utiliza o clube como cabide de emprego para parentes e não possui aspirações políticas.
      Os 100 milhões que ele coloca anualmente não são empréstimos sem custo.

  3. Uma das melhores da Tia Leila

    Jorna : você não acha que existe conflito de interesses em sendo presidente e sua empresa ser a principal investidora do clube ?
    O Corinthians tem 123 milhões de patrocínio …

    Leila : traga os documentos desse contrato que eu , como patrocinadora , cubro esse valor para o Palmeiras
    Se alguém apresentar proposta melhor , leva o patrocínio na hora .

    Silêncio na plateia !

  4. Eu sou um pouco radical quento a isto. Se a PM diz que não deve ter torcida visitante, quem somos nós para questionar? Polícia tem que que cuidar dos milhões de habitantes da Grande BH e nãosó de 40 mil pessoas que irão ao estádio. Me atrevo a dizer que deveria ser proibido o uso das camisas dos dois clubes em toda a cidade, inclusive no estádio. Quantos crimes já vimos em locais afastados do Mineirão em dias de jogos? Temos que tentar evitr isso. Sobre o segundo motivo da pergunta do post eu vo esperar até amanhã, talvez seja o que eu estou pensando.

  5. Bom dia Eduardo e massa. A SaF deveria proibirem as cabulosas entrarem na arena menin elas vão quebrar tudo. Elas adoram fazer baderna. Rsrs. Mas ok vê a diretoria fraca e cega vá dar 10 porcento de ingressos vá ver ok isso vá causar prejuízos elas vão quebrar tudo se perderam o jogo. Diretoria fraca e cega. Estes bois cansados vivem no SPA do Galo de férias e quando vá jogar perderam para o poderoso coxa branca. Bandos de inúteis vocês não me apresentam. Chega logo 46 pontos. Acorda SAF. Acorda Gaga 7×1 ultrapassado e seus bois cansados. Vá Galooooo.

  6. A Tia LEILA ontem , em uma coletiva , JANTOU a imprensa , jogou a VERDADE na cara das “organizadas” , ENFRENTOU as NARRATIVAS com que tentaram desqualificá-la , enfim , ABALOU as estruturas do esporte no Brasil .

    Quem dera outras “leilas” para sanear o futebol no país .

  7. Eu ia às Discotecas, bem antes das Danceterias, mas nada faz-me esquecer da Filarmônica, no Bairro do Horto, local onde eu desfilava o meu “tá-lento” em intermináveis bailes de “belisquetes”. Mesmo porque é não queria ser chamado de “bôco-môco”. Alguém aí ainda se lembra dessas expressões?

    1. Bom dia Teobaldo.

      Guaraná antártica na mão e amor no coração.
      Sai boko moko.

      Nunca fui em discotecas, porque não tinha grana, mas nas saídas noturnas, tinha um buteco perto de casa, que apelidava de ‘UTI’, última tentativa do indivíduo.

      Grande abraço.

  8. Os gestores do futebol de hoje são todos amadores. O único fito em mente é lucro, muito lucro. Títulos não são prioridades destes pseudodirigentes. Se vierem, ótimo. Se não, nenhuma satisfação dão à sua fiel torcida. Aquele futebol-arte, do passado, não mais existe.

  9. Salve Massa e Guru

    O Futebol mudou sim, apesar de alguns, ficarem criticando, quem reconhece esta nova condição, que vc mesmo, como “Dono do espaço”, reconheceu.
    A violência que hoje amedronta a toda sociedade, é parte desta mudança, já que, nem o estado e principalmente a justiça fazem o seu papel de garantir a segurança de quem vai aos estádios.
    Estou contigo, a não presença da torcida adversária será a pá de cal e provará a incompetência das autoridades, para assumir uma responsabilidade que lhes é atribuída.
    A saída encontrada é a restrição. Se restringe bandeiras, se restringe instrumentos se restringe inclusive uma simples garrafinha d’água como aconteceu comigo no último jogo que era levada para meu filho. Mas a maconha fumada, por um torcedor ao meu lado não foi restringida.
    Sinal dos novos tempos. o ladrão fora das grades e a família dentro pra se proteger do ladrão.

  10. Bom dia!
    Broxado com esse futebol (?) apresentado pelo Galo, com esse treinador que continua vendo soluções em um esquema covarde, em Edenilson, Patrick e outros pernas de pau, e não dá a mínima pra jogadores mais jovens e até sucateou o bom Rubens. Desanimado com essa diretoria fraca, omissa que não encontra solução e mantém esse péssimo treinador e não querem admitir que o único jogo que o time jogou bem pós péssimo Coudet, foi contra o florminenC, quando o time havia sido treinado por Lucas Gonçalves.
    Fora Felipão!
    Fora CAETANO!
    E que um sheik das arábias compre o Galo desse monte de MERDAcenas!

  11. CAM x CRU:

    O mundo mudou e pra pior e uma 3ª GGM (Grande Gu44@) jaz à porta…

    DEUS nos livre!!!

    Vejam: seria possível marcar hoje uma partida de futebol entre judeus e palestinos para tentarem os dois povos a paz?!!!

    Se a partida for em GAZA, com mando de campo dos palestinos, não…

    Se a partida for em Tel Aviv, com mando de campo dos israelenses, não…

    Mas talvez haja possibilidade de realização dessa partida em campo neutro, por exemplo, em Tóquio, onde os japoneses, bons respeitadores de todos, do meio ambiente e das tradições, e exímios planejadores, saberão realizar a partida entre judeus e palestinos, celebrar e construir, em tentativa louvável, a paz…

    Essa partida de judeus e palestinos no Japão, ou mesmo entre russos e ucranianos no mesmo campo neutro, daria ao menos uma chance de construção da paz por meio de uma saída honrosa para os dois lados em conflito, qual seja, de levá-los a refletir que o melhor seria tentar a paz e para tanto, ao menos por meio do esporte, tentar uma reconciliação…

    Tanto israelenses quanto palestinos, russos e ucranianos, são povos irmãos de uma mesma origem e base geográfica comum. E assim também como entre atleticanos e cruzeirenses…

    Quando se fala em Atlético x Cruzeiro, uma coisa precisa ser compreendida: a cidade no Brasil onde mais há torcedores mortos de clubes rivais será Belo Horizonte. Quantas mortes será ainda preciso para que as autoridades e dirigentes dos dois lados entendam que há um conflito enraizado em função de ódio babaca entre atleticanos e cruzeirenses radicais…

    Um jogo entre Atlético x Cruzeiro na ARENA MRV só terá a função de agravar a rivalidade violenta dos dois lados. E há um componente perigoso nessa partida que é a inveja dos radicais cruzeirenses pela construção do Estádio do Galo e a arrogância e soberba dos atleticanos pela nova casa. E inveja e soberba matam, alertava o padre Torga.

    E há em relação a Arena MRV um agravante: a chegada e a saída se faz por um só local e a Via Expressa poderá se transformar num ringue onde as duas torcidas, digo, facções das duas torcidas podem se encontrar e o resultado disso pode ser trágico…

    Estão dizendo que a Torcida do Cruzeiro vai quebrar a ARENA. Até que durante o jogo, nas arquibancadas, tudo pode ocorrer muito bem pela presença preventiva da PM que poderá evitar um conflito por ali. Mas…

    E nas áreas de bares? Banheiros? Áreas internas da Arena MRV? E na Via Expressa? No Metrô e estações de metrô?

    E o mundo atleticano está arrogantemente achando de antemão que o Atlético irá vencer essa partida com os pés nas costas, como assim se deu antes do jogo contra o COXA…

    E se o Atlético perder essa partida para o Cruzeiro na Arena? E se perder de “1 a 6”? Aqui o “1 a 6” não deve ser entendido no sentido literal, mas no sentido figurado, tipo uns 0 a 2.

    A derrota será aceita pelos radicais atleticanos de forma tranquila ou a frustração pelo resultado amargo pode precipitar barbaridades a partir de radicais atleticanos em fúria pelo efeito fogo amigo?!!

    Um jogo entre Atlético e Cruzeiro na Arena é de alta complexidade e os riscos de violência desmedida de lado a lado, pelos radicais, são muito elevados.

    E olha que dependendo do que ocorrer na Arena o Atlético poderá sofrer pesadas punições, como perda de mando de campo, jogo com portões fechados etc., como aconteceu recentemente em São Januário com o Vasco por atos violentos da própria torcida vascaína em relação ao próprio time e Clube.

    Eu, se fosse da direção atleticana, consideraria mandar esse jogo em campo neutro, o MINEIRÃO, onde é possível a chegada e saída das torcidas de forma isolada, como sempre ocorreu.

    No Mineirão, que também é a CASA DO GALO, como é da Raposa e do Coelho, o efeito campo neutro certamente irá aplacar a ira dos radicais de lado a lado, reduzir a inveja (dos cruzeirenses pelo novo estádio atleticano) e a soberba e arrogância (dos atleticanos pela casa nova), diminuindo a ira, o combustível da violência, segundo alertava o padre Torga.

    A hora é de apelar para a sensatez dos que podem decidir. E nesse ponto o presidente Sérgio Coelho é uma pessoa ponderada, de bom senso e conciliador. Idem Ronaldo Fenômeno pelo lado cruzeirense.

    Que DEUS conceda tempos de paz para o Mundo, para russos e ucranianos, palestinos e israelenses, judeus e mulçumanos e cristãos, e atleticanos e cruzeirenses!!!

    Assim seja…

    Amém!!!

    1. ERNEST ,

      o futebol é/era tão maravilhoso que teve o poder , sim , de interromper uma guerra de verdade , levando os contendores a um estádio para assistir a um jogo com a presença do REI PELÉ .

    2. Perfeita análise e dentro de uma realidade conhecida. Qualquer pensamento contrário, que é um direito, será contra o bom senso. Não foi só o futebol que mudou. Tudo está em constante transformações boas e até negativas. Entender o momento, buscar alternativas inteligentes e seguras é o que mais importa. Saudosismo… vai ficar só na lembrança.

      1. O futebol nasceu para entreter , para gáudio de seus praticantes , para diversão de quem o assiste .

        Essa história de que tudo muda , tudo está em transformação , é conversa pra boi dormir .

        Assaltaram o esporte e hoje dele SUGAM sua popularidade para proveito próprio , para suas conveniências financeiras .

        Com a colaboração maldita dos meios de comunicação criaram uma leva de “torcedores” que se compraz em aceitar um “produto” que esses usurpadores de mentes e corações colocaram para ser consumido como se consome uma pipoca e um milk-shake .

        Essa turma de hoje acha uma “singeleza” salários na casa de 7 dígitos para pagar o quê ?

        Um bando de incompetentes a escarnecer de uma platéia ávida por brioches , já que o pão está em falta há muito tempo .

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