Mais um domingo sem Galo, outra semana sem grandes novidades de elenco e treinador, deixando o Atleticano numa melancolia incontrolável. Sofremos todos, desde o Torcedor, ávido por novidades até jornalistas loucos por um furo de reportagem. Na minha condição de estar blogueiro, durante um período que não consigo dimensionar, tento me equilibrar nas duas frentes e condições que a vida me conduziu.
Reitero, como já deixei claro em diversas ocasiões, que não me preocupo em dar furos e sim abrir e proporcionar espaço para um bom debate entre amiGalos sobre as coisas do nosso time do coração. Posto meu pensar, abrindo possibilidade para manifestações – convergentes e/ou divergentes – sobre nosso amor e paixão pelo Clube Atlético Mineiro.
Eventualmente isso nunca me incomodou, sendo contestado até de maneira indelicada por alguns poucos que apreciam sugerir um confronto. Isso jamais irá interferir, se é que pretendem, na maneira que venho conduzindo esse blog já por quase seis anos. Tenho isso como uma missão estimulante, que me custa um tempo do dia, porém para prosear sobre o que mais gosto. Falar de Galo!
Ontem mesmo, na parte da manhã, numa rápida resenha com o amiGalo Ângelo Lages – mineiro radicado em Brasília – recebi grande dose de estímulo para seguir nessa saudável incumbência de propor diariamente um tema para nossa resenha. Atleticanos das antigas, como Mendonça, Ernest, Barata e outros, ele e eu tentamos conciliar nossas vivências e experiências – recheadas de comemorações e frustrações – com os momentos e exigências dos tempos modernos. Por isso ontem, domingo, tentei resgatar conquistas do passado, desconhecidas por muita gente da nova geração.
Faço essas considerações para entrar em duas resenhas que a falta do Galo – duas vezes por semana – tem sido a tônica das redes sociais, lives (que tenho sempre participado) e das prosas pessoais. Essa última, no caso de Belo Horizonte e mesmo do território mineiro, quase proibidas em função da prisão domiciliar pelas fortes chuvas. A COVID nem saiu de cena e a água já nos trancou em casa.
Pois bem, duas conversas a meu juízo – um pouco estéreis -, tem dominado os pouquíssimos grupos que participo. Até evito manifestar, pois prefiro acreditar que somos todos Atleticanos, nem mais e tampouco menos, que esses debates pretendem sugerir às opiniões conflitantes. Creio que o Torcedor quer um time vitorioso e levantando títulos, não sustentando teses e hipóteses em busca da afirmação de ter razão em críticas, muitas delas cruéis para uma temporada que nem começou.
Sobre treinador. Reafirmo minha confiança, até prova em contrário, na atual gestão Atleticana. Não consigo admitir que essas pessoas, vitoriosas em suas vidas profissionais, sejam tão ingênuas como sugerem alguns que ganham visibilidade nas redes sociais. Quero crer que, no momento certo, e até como disse aqui no sábado, vamos ter a divulgação desse novo comandante. E sobre Cuca, que me decepcionou com sua saída, indiscutivelmente é o treinador que mais títulos relevantes conquistou no Galo. Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. Incontestável! Gostem ou não do Alexi Stival.
Já em relação a reforços, em que pese ter saído – disse isso também – mais jogadores que podia imaginar, confio que virão as peças de reposição pontuais que farão do nosso time ainda mais competitivo que ano passado. Lembrando que a concorrência nacional também está se reforçando, bem como o coelho, o segundo de Minas Gerais. Podemos repetir 2021 ou não e até mesmo – quem sabe – ampliar novas conquistas. Entre as saídas a mais sentida, até o momento, é do capitão Junior Alonso.
Lamento também, opinião pessoal, que Diego Costa não tenha rendido o que se esperava dele. Achava que com uma pré-temporada poderia ser mais produtivo, mas o jogador – assim como o ex-treinador – optaram por seguir noutros ares. Têm o meu respeito. No caso do jogador, ao que soube, foi melhor para ele e para o Galo.
Tirando isso, encerro a resenha de hoje, convencido que defender o Galo diariamente neste espaço por menor que seja a significância deste que está blogueiro, é o propósito principal que me fez aceitar o convite formulado em março de 2016 pelo bom e leal amigo Benny Cohen. Ele, que não é Atleticano, conduz com maestria a coordenação dos blogs no UAI/EM. Apaixonado, como nós com o seu time, é isento – como não consigo ser – na linha editorial deste importante veículo da imprensa mineira e nacional.
Sigamos!
*imagens: 1 e 2) Blog Canto do Galo; 3) Marcelo Alvarenga/Canto do Galo
Eduardo aqui é o prefeito de Lagoa da Prata. Mandei o abraço que vc pediu pro seu colega Alencar. Abraços…
Legal. Meu companheiro dos tempos de república. Um Gigante!!!
Bom dia!
Quem foi maior em termos de títulos importantes, Jô e Tardelli (Libertadores e CB) ou Reinaldo e Éder (campeonato mineiro)? Com certeza os dois primeiros, mas isso não muda o fato de que os dois últimos serão sempre os melhores pra quem os viu jogar. Essa regra aplica-se também a Cuca em relação a Telê e Barbatana, por exemplo.
Esperando o Galinho sair logo da copinha pra ver se alguém de cima faz algo melhor que contratar apostas de outros clubes e dão logo um jeito de garimpar uma mulecada que não seja apadrinhada.
Volta Galoooooo!!!
Bom dia, Massa e Guru
Imaginávamos que a conquista de três títulos no final do ano, traria ao atleticano a confiança e a paciência para o comitê implantar seu planejamento em 2022. Só que não.
A ansiedade e o medo do atleticano cega nossos olhos e acaba por temermos ter os Dudaméis de volta como técnico, como foi num passado recente, na falta de opção e demora na definição.
Sossega pessoal, os tempos são outros!
Quanto á saída e chegada de jogadores, confio no CIGA e para os críticos do Fábio Gomes, vale a lembrança de que trouxemos Natan Silva ao invés do badalado Jemerson. Lembram-se?
Bom dia xará e amigalos!
Ainda a espera do treinador(que não é brasileiro). Continuo confiando que a demora serve para “qualificar” a contratação de um treinador que tenha filosofia de trabalho parecida com a de Cuca e que tenha a humildade de reconhecer que o trabalho feito ano passado foi de muita competência. Quanto a vinda de Fábio Gomes temos que esperar o jogador mostrar seu futebol. Godín a mesma coisa. Não adianta meter o pau antes do jogador começar a jogar(Qualidade ele indiscutivelmente tem). Vamos confiar e aguardar…..
Coluna no Estado de Minas em 14/12/2019
Há anos estamos a alertar o Crüzëirö: não tremas. Mas assim como a coroa encarapitada sobre o escudo, como se numa penteadeira, o Crüzëirö deu de ombros para o nosso sinal ortográfico, nosso toque sutil e galhofeiro, ainda melhor porque advindo de uma verdade incontestável dos fatos. Como Fábio, o Crüzëirö deu as costas ao inimigo. O inimigo leal que cansou de avisar sobre os malefícios da soberba e o equívoco da vaidade.
“Quem gosta de título é cartório”, dizíamos, à época das vacas magras, faquires a bem da verdade. Era o nosso jeito de falar que o amor vale mais do que as taças, nós avisamos. Títulos? Papai goxta. Mas o que são títulos diante da foto famosa do jovem time do Galo saindo abraçado de campo depois de perder nos pênaltis, e invicto, o Brasileiro de 1977? Sacanearam o Reinaldo. O título é aquela foto. É possível que você, cruzeirense, ria disso. Este é o seu maior inimigo na Série B: agora, meu amigo, não tem taça, não tem coroa, só o amor salva.
Títulos? Temos também. Durante 42 anos, esperamos pelo título impossível. Ganhamos. Daquele jeito que foi, épico, do tamanho do nosso sonho. A perna esquerda de Deus, o Leo Silva fazendo os 2 a 0 aos 42 do segundo tempo, a arquibancada em sessão de descarrego na igreja evangélica. Não seria exagero botar a coroa, o cedro e o trono sobre o nosso escudo. Mas não colocamos nada – ter a sorte de nascer Galo e ter visto aquilo daquele jeito, depois de tanto sofrimento, é algo que você só imprime na memória, na alma e no coração. Não é a falta de dinheiro que pode acabar com o Crüzëirö. É a simpatia, que embora quase amor, não chega de fato a sê-lo.
Pense no modo como o Galo caiu. Sem oportunismo, e tenho provas, o final do jogo contra o Vasco que decretou nossa queda em 2005 está, opinião própria, entre os três momentos mais bonitos da nossa história. Sessenta mil desalentados a cantar o hino de um jeito que eu nunca vi ele começar. Aos poucos, doído, um tango, um blues, e de repente aquilo vai num crescendo de vozes e lágrimas. Chorei todas as 800 vezes que vi e revi aquela cena, e olha que ela não me dói mais – ela me enche de um orgulho sem tamanho. Na saída do estádio, uma multidão cercou o ônibus do Galo, numa devoção que eu nunca vi. Como uma dor daquele tamanho pôde se transformar naquela explosão de um amor tão colossal?
As circunstâncias foram outras e não gostaria de desrespeitar a dor do cruzeirense que, por ventura e exceção, seja, vamos dizer, um cruzeirense atleticano. Mas apenas vejam como caímos e como o Crüzëirö caiu. Se tivesse de escolher uma segunda estrela pra botar no nosso escudo, eu escolheria o título da Série B. Por tudo que ele representa sobre amar qualquer coisa que seja em seu pior momento, carregar nas costas, assumir a bronca. Pela lição de humildade, garra e determinação. Ou o cruzeirense aprende a chorar porque ganhou três pontos do Operário ou vai se transformar num time pequeno, mesmo que um dia suba.
A torcida do Atlético sempre torceu… pela torcida do Atlético. Nós. Sempre na primeira pessoa do plural. Celebramos o aniversário do Atlético como o aniversário dos nossos filhos. Gritamos Galo a cada copo que se quebra no chão. Ainda que secretamente, usamos a camisa do Atlético em nossos próprios casamentos, em vitórias extracampo, mas também nas piores derrotas, nos velórios, vai com o filho na maternidade e vai com a gente no caixão, a que veste melhor com o paletó de madeira.
Guardo a suspeita de que o cruzeirense falhou em desenvolver essa parte porque o Crüzëirö nasceu e cresceu em função do Atlético. Nunca ele mesmo – sempre uma reação. Desde os primeiros dias até a nossa Libertadores de 2013. Foi o nosso título que desencadeou a tragédia do lado de lá. Gastaram os tubos, ganharam dois brasileiros, queriam empanar nossa conquista. Acabaram por construir uma dívida que, agora, os engole pelas pernas. De certa forma, o Kalil, involuntariamente, realizou o sonho de acabar com o Crüzëirö.
Feliz 2020 pra quem for capaz! Esta coluna volta ano que vem. Na Série A. Gaaaalooo!
* Fred Melo Paiva
Coluna no Estado de Minas em 14/12/2019
Eduardo e Canto do Galo, Bom Dia!!!
Na Síndrome AdNG (de Abstinência de Notícias do Galo) eis que me deparo, no Canto do Galo, com uma citação do Eduardo aqui no Blog, do meu nome…
Morei em Araxá entre 2005 e 2008, por razão de trabalho, e foi lá que fiz vários novos amigos, entre os quais, um especial, o Eduardo.
É um cara que goza de meu respeito, admiração e por quem tenho muito apreço.
Vida longa e muita paz, Eduardo, você merece!!!
A propósito, Eduardo, tem notícias do Galo aí?
Qual treinador chega?
Será que o argentino Sebastián Beccacece pinta na Cidade do Galo?
Ele parece promissor, tem 41 anos, foi assistente técnico de Sampaoli e dirigiu times de peso, como Defensa y Justicia (treinador atual), Racing, Independiente e Universid de Chile.
Parece ter a cara do cara do Galo. Mas não seria o Vovojda uma melhor aposta por estar adaptado ao futebol brasileiro?
Eita Síndrome AdNG!!!
E viva o Galo!!!
Que nem na época que tínhamos Nelinho e Éder. Lembra na hora das faltas? A torcida gritava: “qualquer um”. No caso atual, prefiro o Beccacece.
Em relação ao CUca, o genial Max Pereira deixou aqui, de forma subliminar, uma questão que poucos estão dando importância: qual a causa real daquele indivíduo ter deixado o comando técnico do Atlético? Não que eu tenha ficado trista; muito pelo contrário! Será que, algum dia, essa verdade virá à tona? E, pelo que foi dito ontem na Rádio ItagiGalo, ele pagou uma multa de R$ 2,5 milhões para, mais uma vez, cagar na retranca. E o Diego Costa, como também dito naquele mesmo canal, que é recheado de “porta-vozes” dos clubes disfarçados de jornalistas, o cara já estava na balada há muito tempo tendo, inclusive, teria saído do hotel da delegação em Curitiba (véspera do último jogo da Copa do Brasil) para curtir a nigth na capital paranaense. Em face do exposto, concluo que em mim a saída de ambos não deixará nenhuma saudade. Abraços para todos os amiGalos!
Bom dia Eduardo. Bom dia a todos. Ontem eu vi na imprensa uma manifestação do Rubens Menim, sobre o jogo marcante de 2021 para ele. Vendo a imagem e a fala dele , percebe-se, com folga, que o planejamento e sua execução é para colocar o Galo entre as principais equipes do Brasil e do continente . Depois que perdemos o Brasileiro de 2020, quando eu desde o inicio, acreditava no Sampaoli e no time e o titulo não veio por derrotas contra Vasco, Goiás etc, eu falei com um amigo atleticano: parece que eu nao verei o Galo campeão brasileiro novamente. Pois bem, sobrevivente dessa Covid( parabéns Ernest que venceu o virus), acabei sendo premiado no ano seguinte com o Brasileirao e de gorjeta a Copa do Brasil. E com grandes atuações do Mariano, Rever, Keno Alan e tantos outros que eu cornetei aqui. O Cuca eu fui combativo criticando a sua contratação. Então , doravante estou mais é comemorando os títulos conquistados e confiante que outros virão, brevemente.
Prezados Ávila, atleticanas e atleticanos!
Senti -me honrado em ter uma prosa, ontem, com o amigo Ávila. O que faz a vida valer a pena, naturalmente depois da família, são os amigos. E sou abençoado nesses quesitos. Uma família maravilhosa e amigos que dispensam comentários. Sou ou procuro ser amigo de todos que frequentam blog, aprendendo todos os dias um pouco mais. Citando Ávila e Barata, homenageio todos deste blog, amigos de fé por sermos atleticanos e mais do que isto, amigos de coração!
Obrigaduuu……
Hoje e sempre, galo!!!
ÂNGELO ,
honrado aqui pela citação .