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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Jato de água fria depois de uma ducha quente

Diferente de muitos com os quais conversei ontem, não me coloco entre os que se preocupam com o revés em Tombos. Lógico, como Atleticano, queria outra vitória e – se possível – com aquele placar da estreia. Entretanto, em que pese à necessidade de pontuar – não pela vaga entre os oito finalistas, num universo de 12 equipes, o que inegavelmente irá acontecer – mas em busca da primeira colocação e vantagens no mata-mata.

Ano passado, ao que me lembre, perdemos o título exatamente por esta condição. 3 a 1 e 0 a 2, nos tiraram o Campeonato Mineiro, pelo critério de melhor campanha na fase classificatória. Mas, em postagens anteriores, me recordo de dizer e ser acompanhado em comentários que o estadual não vale nada, desde que não se perca o título. Vale dizer, se ganhamos, nós mesmos não contabilizamos. Se se perde, o débito é cobrado. Gosto de ganhar títulos, até de torneio início.

Mas, caros, a temporada está começando e temos desafios maiores pela frente. Dois nacionais e uma competição sul-americana e os credenciamentos que cada delas pode e deverá nos levar. O regional, como defendemos aqui, é momento para experiência. Situação que muito criticamos ano passado, quando Osvaldo de Oliveira e o próprio Thiago Larghi não souberam utilizar e perdemos uma safra de eventuais revelações.

O jogo em Tombos, apesar da derrota, a meu juízo expôs e pode levar o treinador Levir Culpi a conclusões. Dele e não minhas, embora não me impeça de manifestar o que penso. Cleiton precisa de rodagem. É bom goleiro, mas vinha sem ritmo. Debaixo das traves tem grande potencial, mas na reposição repete erros que o Victor preocupou ano passado.

Na zaga, onde estava como capitão Carlos Cesar (o que já não podia criar boa expectativa), acho que Martín Rea e Carlos Gabriel (que insiste em ser chamado de Hulk, vai entender) ainda merecem ser reoportunizados. O eventual capitão e Mancini podem fazer parte de empréstimos, como já ocorreu ano passado. Mancini repetiu a atuação de 2018, sob o comando de Osvaldo, em partida com o Vila Nova, em Nova Lima. Não me convence.

Do meio pra frente, vamos separar em três blocos. Neto (de apenas 16 anos), Igor Reis, Daniel Penha, Hélio Júnior e Felipe Souza são debutantes e não merecem ser condenados sem outras oportunidades. Em que pese a safra do sub-20 Atleticana não ser nada estimulante.

Já Bruninho e Alerrandro, com boa vontade, talvez lhes desse uma prova especial e sem direito a perder a derradeira oportunidade. Já Leandrinho e Nathan, sinceramente, não devem render nada além do que mostraram até agora. Se fossem repassados, economizaríamos salário para profissionais improdutivos.

Se Levir agiu correto ou não escalando o terceiro time disponível é discussão válida, mas prefiro dar meu voto de confiança no treinador que está lá e sabe o que acontece. Evidente que o comandante da equipe conversa com os médicos, a fisiologia e a preparação física, então não posso fazer juízo aleatório sobre suas decisões. Ainda que, insisto, escrevo aqui como Torcedor e não como profissional de qualquer área do futebol.

A equipe foi ingênua em Tombos, perdeu gols no primeiro tempo inconcebíveis. Durante a partida mostrou inexperiência técnica e tática, perdendo o tempo da bola, dosagem de força em passes a lançamentos e fazendo a bola desaparecer entre os pés dos jogadores. Passou e não tem retorno.

O time C colocou a forca no pescoço dos titulares. Afinal, na próxima rodada será o clássico frente a um adversário que abriu três pontos de vantagem. Se perder, a distancia passa para seis; empatando, mantém a diferença; só vencendo que retomamos a condição de protagonista. Esse choque térmico pode ser bom ao longo da temporada. Se vira, Levir!

* fotos: Bruno Cantini, Atlético

26 thoughts to “Jato de água fria depois de uma ducha quente”

  1. Atlético precisa pelo menos um 10 de verdade no elenco, Ganso está meio sem rumo no mercado, é diferenciado, o Galo sempre recupera esse tipo de Jogador. É a chance de deixar novamente (VIDE R49) de ser um time comum.

  2. Boa tarde xará e amigalos. Desculpe a sinceridade meu guru, mas continuamos com time fraco, sem banco. Ricardo Oliveira continua o mesmo, fazendo gols em times pequenos e de 10 em 10 jogos. Temos elenco para nos mantermos na série A em 2019. Apenas isso….

  3. Boa Tarde,

    Estou tendo dificuldade para encontrar os seus posts, como havia lido que seria as terças e sextas, ontem procurei por várias vezes, e hoje por acaso acessei a postagem de terça para ver se havia a de sexta, então a achei, de outra forma continuo não achando.
    Quando ao jogo em Tombos, concordo com os comentários, vi apenas um sinal de alerta para alguns jogadores que tiveram seus substitutos jogando muito melhor do que eles, foi o caso de Alerrandro e Bruninho.
    Tirando a falta de ritmo, vi no Clayton um excelente goleiro, muito seguro.
    O Neto de 16 anos jogou, não sentiu o peso da camisa e nem da estreia, podem falar mal da base, então, diria que este aí é um ponto fora da curva.
    Um assunto que me incomoda é o fato de todos os jogadores que são contratados terem que permanecer longos tempos de preparação antes de irem para o jogo, como minha postagem está atrasada estou assistindo o B. Henrique estreando no Flamengo com 3 dias de time, e já metendo 2 gols, aí pergunto, onde se encontra o Guga, o Maicon e o Vinícius.
    O jogo em tombos era o ideal para a estreia deles, mesmo que fosse 20 minutos nos lugares do Nathan e Leandrinho.
    Espero que no domingo possamos comprovar que o nosso treinador tinha certeza que estava fazendo a coisa certa, não sou contra a utilização, acho necessário, porém, vejo a forma do Felipão trabalhar mais coerente ( altera 6 ou 7 por jogo) e mantem um clima entre os atletas de união. Separando desta forma, A,B ou C, começa a separar o grupo e isto não vejo como produtivo para a equipe.

    1. Concordo em muito do que disse, caro Wellington, quase tudo. Vamos dar um tempo ao Levir, que conhece muito bem nossa inquietação, e ver qual resultado pode nos brindar na temporada. Espero que, independente do que acontecer no Mineiro, que o treinador seja mantido no cargo. Essa quantidade de mudança deixa qualquer Atleticano apavorado. A Torcida quer e espera continuidade para obter resultados.
      Quanto ao acesso ao blog, houve uma falha no provedor e a chamada deste post acabou prejudicada. Sugiro o endereço direto do Canto do Galo:
      blogs.uai.com.br/cantodogalo

  4. Bom dia, Eduardo!
    Só agora estou vendo esse post. O Uai não publicou na página inicial.
    Pra mim, o erro cometido na escalação do time C, foi o mesmo praticado ano passado na fatídica Flórida Cup. Esse negócio de colocar um monte de jogadores juntos sem treinamento, ainda mais jovens, é pra queimar jogador. A meu ver, o time pra Tombos tinha que ser mesclado. Perdemos a oportunidade de conhecer por exemplo, o potencial de Guga, Bolt, etc. Agora estamos em desvantagem em relação ao cruzeiro, e como você disse, a pressão aumenta sobre os titulares no jogo de amanhã. Pode ter certeza que se perdermos a maionese azeda já de cara.
    Abraços.

  5. Fico com os que entenderam que essa escalação foi um mal necessário. Em minha opinião, Levir – sagaz e irônico que é – quis dar um tapa na cara da diretoria e um soco no estômago do Torcedor escancarando mais uma vez nossos problemas de má administração. Pra quê Carlos César? Alerrandro fez birra pra renovar querendo um salário maior, foi isso mesmo? Por que emprestaram Leonan que é mais habilidoso e experimentado e deixaram o tal Huck? Etecetera.
    E o quê dizer das heranças malditas do ex- diretô? Bem, eu estava louca para conhecer o cabeça de bacalhau Martin Rea, e infelizmente confirmei que o inútil não serve pra NADA. Não pro Time, mas deve ter servido para o bolso de alguém (quem?), pois segundo alguns jornalistas esse um receberia a mísera quantia de 40mil dólares/mês, na cotação do câmbio paralelo de hoje são 160mil reais, pra quê? Ou, pra quem?
    Destaque positivo da partida foi o jovem Neto, repetindo Reinaldo foi titular aos 16a, se não for mais um “foguete molhado” e chegar a unha do dedo mindinho do Rei, ainda nos dará algumas alegrias.
    Ainda que fosse o time C, dada a estrutura e salários que recebem tinham a obrigação de vencer. Parabéns aos guerreiros da Tombense que – com todas as suas limitações – não se intimidaram e venceram.
    Próximas…
    Mudando o assunto,
    Um detalhe me chamou a atenção; antes, devo dizer que quando eu era criança tive o prazer, algumas vezes, de ser mascote do Time, naquela bagunça organizada da saudosa Tia Célia. E posso afirmar que viver esses momentos mágicos contribuíram muito pra construir e firmar o meu orgulho de ser Atleticana. Tive ainda o prazer de ver meu filho entrar como mascote algumas vezes, duas delas a convite do programa sócio-torcedor, esse é um dos incentivos/benefícios do GNV Black, não sei nos outros planos como funciona. E também posso afirmar o quão emocionante é ver um filho entrar ao lado dos meus/nossos jogadores, unindo ali duas grandes PAIXÕES Filho e Time, isso agrega na minha fidelização como cliente.
    E quem não pode pagar?!
    Em um momento onde lançaram o GNV Kids e o carro do Galo Doido como uma aposta pra atrair torcedores mirins, considerei também um vexame em Tombos ter apenas três crianças entrando em campo com o Time. Não tem Atleticano na cidade? EU DUVIDO! Ainda que não tivesse, é obrigação do CAM nas cidades que for jogar selecionar torcedores em escolas públicas, APAE’s, etc. para entrar em campo com o Time. Fazer valer a máxima “enquanto houver uma criança Atleticana o Galo será imortal”. Fingem que se preocupam, mas desprezam a captação de novos Torcedores, desprezam até a manutenção dos antigos. Kalil disse que não precisamos de marketing “futebol é bola na casinha”. Pois é, em Tombos viram a bola na casinha, mas foi na casinha do Galo!
    Durante décadas de ostracismo e más administrações, o quê nos manteve Grandes foi a Torcida, até isso eles querem exterminar. Um Clube que não tem gestão de relacionamento com o Torcedor, em especial com os mirins, o do interior e de fora de MG, não pode choramingar cobrando “fair play financeiro”.

  6. Tô na torcida, como nunca deixei de estar. Espero uma vitoria domingo e que nossos titulares, sempre contestados, possam mostrar seu valor. Quero acreditar em tempos melhores, mas investimos pouco no time, nossas laterais são avenidas e quando estes chegam na linha de fundo…sem comentários. Vamos pegar times que entenderam que só raça e disciplina tática, embora a torcida aplauda e se ganhe alguns jogos, não se ganha campeonatos e investiram para isso, ganhar campeonatos . Se alguém acha que o investimento de Flamengo e Palmeiras não garante isso, eu concordo, mas são times que ficaram à nossa frente e entenderam a receita do bolo. Mesmo assim Acredito.

  7. Boa tarde Eduardo e massa. Grande texto Eduardo. Esta derrota do galo mostrou que 99 porcento daqueles jogadores não tem condições de jogar no galo. Ficando o goleiro e alguns da base. Alerrando já teve várias chances e pipocou. Bruninho outro foguete molhado. Sobre o Elias se fosse o presidente tomava uma atitude e negociava para recuperar um pouco ok investiu porque chega fim do ano e ele pode assinar um precontrato com outras equipes e o galo não vai ver 1 centavo. Repito todos nos sabemos precisa de contratar mas 3 jogadores para serem titulares. Que venha as caloteiras e freguesas. Vai galoooooooooooo.

  8. Boa tarde a todos.
    Esse ano acho que o diferencial para o ano passado e o nosso treinador. Acredito que com o Levir e a partir do jogo de Domingo teremos uma visão realmente do que seremos capazes para a temporada. Perder com time reserva faz parte e vai acontecer. Isso não é o fim do mundo, ate porque se fizesse o contrario e tivesse jogado com time titular ia ter os que reclamassem que correu risco atoa de machucar os titulares e que teria que usar o mineiro para conhecer e dar oportunidade aos garotos da base. Nunca irão agradar a todos, e tem alguns que reclama de qualquer jeito mesmo, que são sempre os donos da razão. Então que seja feito como planejado. Não adianta ganhar tudo agora e perder na final. Tem jogos para correr o risco, perder quando poder perder e ganhar quando tiver que ganhar.
    GALOOOO

    1. Sigo seu comentário e raciocínio. Perder quando pode, não faz mal algum. Título se decide na reta final. Experiências são necessárias.

  9. É bom ganhar o Mineiro. , mas OBRIGAÇÃO mesmo é o BRASILEIRÃO. Além disso temos que entrar para GANHAR a Libertadores e a COPA DO BRASIL .
    VAMOS LÁ LEVIR.
    LUAN e CAZARES não podem sair de jeito nenhum , já ELIAS é fundamental a sua saída para não ATRAPALHAR o time.
    AQUI É GALO.

    1. Quero ganhar todos, mas daí a ser obrigação é discutível. Se der três, tá de bom tamanho. Brasileiro, Libertadores e Mundial. KKKKK

  10. Bom dia mestre, saudações!
    Sigo o relator e digo mais; esperava-se uma performance diferente dos jogadores q já tiveram oportunidade no time principal,o q não se viu,ao contrário, ninguém correspondeu. Melhor assim,já pensou mais à frente,por conta de contusão, suspensão,etc… ter de lançar mão de algum deles? Então! Segue o fluxo e vamus GALO …
    Mais um detalhe; a logística p este jogo em Tombos teria de ser mágica, 450 km, aeroporto mais próximo fica no RJ e como iria treinar o time em início de preparação?! Certinho o Levir…abs meu amigo temporão…AQUI é GALO!

  11. Prezados AmiGalos
    Alguns jovens já mostraram que dificilmente vão render alguma coisa. Vi alguns jogos da copinha e achei o time Júnior muito mal treinado e com jogadores bizonhos,aqueles que parecem não saber o propósito da jogada. Entre eles o Alerrandro, que tem dificuldade de domínio de bola e colocação. Não podemos enfrentar homens com time de meninos. Ademais quando estes meninos,na sua maioria, ainda não entenderam o que estão fazendo. Correm muito e não chegam a lugar algum. Mas,tenho esperança, um time alternativo,mesclado, ainda pode ser efetivo.É isso Só que não é começo é continuidade. Um abraço a todos e vamos fazer de 2019 o ano do Galo.

  12. Levir Culpi será o grande responsável pelo desempenho da equipe esse ano. Se o time contratar um centro avante , um velocista e um lateral esquerdo , adicionando a isso muita PEGADA , RAÇA e obediência tática poderemos fazer Boa campanha. BRASILEIRÃO É OBRIGAÇÃO , além de entrar para ganhar a Libertadores e a Copa do Brasil.
    Convém salientar que o Palmeiras ano passado não tinha nenhum craque , mas Felipão assumiu , arrumou o time , botou jogadores para correr e papou o campeonato.
    É BOM LEMBRAR QUE SE QUISERMOS RAÇA E PEGADA , ELIAS NÃO PODE ESTAR no time pois é um verdadeiro COME DORME.
    ESTOU CONFIANTE ESSE ANO. VAMOS LÁ LEVIR CULPI. BOTA ESSA GALERA PRÁ CORRER.
    DOMINGO É UM BOM TESTE.

  13. Caro Eduardo e Amigalos, concordo com todas as justificativas: rodar elenco, dar oportunidade para os jovens, fazer experiências no estadual, dar ritmo pra todos, etc. O que me preocupa é: Em se tratando de início de temporada e como o GALO tem (ou tinha) 4 jogos oficiais antes do primeiro jogo da pré-libertadores, não seria mais lógico utilizar esses jogos (a meu ver insuficientes) para dar ritmo, preparo físico e entrosamente ideal para o time titular?? E se ocorrer um fiasco nesses 02 jogos da pré-libertadores vão vir com um milhão de desculpas: falta de tempo de preparação, condições físicas inadequadas, desentrosamente e mudanças no time, etc… EU PARTICULARMENTE, NÃO CONCORDEI COM ESSA ESCALAÇÃO CONTRA O TOMBENSE, TOMARA QUE EU ESTEJA TOTALMENTE ENGANADO. Ps: confio demais no Levir Culpi.

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