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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Inaceitáveis são Ednaldo e Seneme

Conforme mencionei pela manhã, me debrucei sobre a tal reunião na cbf, entre a entidade – presidente e comissão de arbitragem – com os clubes brasileiros das séries A e B. Assunto bastante polêmico, que necessitaria muito mais que uma reuniãozinha para fotografias e discursos vazios que sabemos em nada irão mudar os rumos da péssima atuação dos árbitros em campo. E também fora dele, nas tais cabines de VAR, que deixam muitas dúvidas no que é divulgado e – muito mais – naquelas que a comissão de arbitragem nega os pedidos realizados.

Vou tratar aqui, especificamente sobre o nosso Galo, que é o motivo deste espaço do blogueiro. Li, reli, refleti muito sobre esse encontro midiático na sede da cbf. Ao final, entre tudo – ou quase nada – afirmo que vai ficar tudo como dantes no quartel de Abrantes. Ou na quartelada teatral que já foi comandada por Teixeira, Marin, Del Nero (parece que ainda manda um bocado lá dentro), Caboclo e atualmente por Ednaldo, da mesma troupe – repito teatral – dessa instituição do futebol nacional.

Ao ler a declaração do presidente da cbf, o tal Ednaldo Rodrigues – baiano escolhido sob as bênçãos de Del Nero – algumas evidências não escapam ao senso crítico de quem já está nesse mundo a quase 65 anos. Disse o incauto: “Mas deixamos claro que não existe premeditação em equívocos ou parcialidade no trato da arbitragem”.

A consciência culposa ou dolosa, assim como de uma criança que faz arte é tão grande, que sente necessidade de explicar. Quem, entre nós, não se lembra de quando na infância fazíamos algo que seria repreendido, apressávamos em nos defender. “Não fui eu, professora”. Ou mesmo para a mamãe e/ou papai. Não bastassem a verborragia no anúncio das medidas aos admitidos “erros inaceitáveis da arbitragem” conforme admitiu o chefe dos juízes, temos de tolerar essa pérola do inexperiente presidente da cbf. Isso, ao meu juízo, é confissão.

Nosso time já foi prejudicado em diversas oportunidades, ao longo da história, e nesta temporada isso volta a se repetir. Oito pontos na sacola desses “erros inaceitáveis”, que sequer vem merecendo atenção de sua excelência – ficou bom assim para tratar com uma autoridade (?)– o senhor Wilson Luiz Seneme. E o gol decisivo e inconclusivo assinalado – com considerável atraso – pelo árbitro da partida do Galo pela Copa do Brasil que decretou nossa eliminação. Será que vou morrer para saber lá do além quem foi o fdp que soprou que era para – atrasadamente – decidir aquela parada? No caso, depois de marcado o tento, sabidamente que sem a digital do VAR, prevalece a decisão de campo. Fosse o contrário, seguramente, seria o famoso “segue o jogo”. Malandragem que não tem fim!

Quanto aos oito pontos que nos tiraram no assopro amigo, são eles com Goiás, Bragantino, Santos e São Paulo. Todos cagões que só atendem ao VAR quando o interesse é para beneficiar aos clubes do eixo Rio/SP. Tem ainda dois erros crassos nas vitórias sobre Avaí e Botafogo. O primeiro ainda aguardamos o áudio, assim como daquela ameaça do tal de Daronco ao Hulk e ao Galo, que o mesmo Seneme ainda não liberou. A imagem é clara. Porque não liberou, senhor Seneme? Corporativismo? Assim como o passarinho que me contou que os juízes acordaram por não marcar faltas no Hulk. Vergonha!

Daí, em meio a tudo isso, vem os dois senhorios da cbf – presidente e chefe da arbitragem – sofismar que estão preocupados e anunciar uma série de medidas. Bastaria uma maior que todas as anunciadas. Apitar com isenção. Sem se preocupar se o clube é do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Assim, se apitassem, seguramente teriam assinalado as penalidades para o Galo frente ao Bragantino, Botafogo e São Paulo e não marcariam a mesma infração frente ao Goiás e Santos. Teriam critérios justos e igualitários, o que não vem acontecendo.

Que adiantará Inter temporada, plataforma de vídeos e estatísticas para revisar erros, criação de quadro de árbitros homologados, sessões de treinamentos, pré-temporada anual e outras baboseiras se os juízes trëmëm quando atuam em jogos dos times do eixo. Isso é tão claro e escandaloso e piorou – consideravelmente – na gestão inaceitável da dupla Ednaldo/Seneme. A única medida aceitável, ainda assim com atraso e com uma observação, é a liberação dos áudios. Só que deveria ser entregue aos clubes imediatamente ao final de cada partida. Do jeito que as coisas andam, abre-se especulações se não poderiam ser editadas depois de 24 ou 48 horas.

Por fim, ao que li e acompanhei, numa autopromoção teria dito o tal Seneme que a reunião foi um divisor de águas, que os erros teriam sido de interpretação e os árbitros afastados. Disse ainda, em tom de auto elogio, sobre o seu trabalho na Conmebol. Duas coisas, entre os árbitros punidos não figura nenhum entre aqueles que prejudicaram ao Galo. Punição seletiva! E outra, de onde ele tirou que fez um trabalho brilhante na Conmebol? Auto avaliação?

*imagens: 1) UAI/EM; 2 e 3) arquivo do blog

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