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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Dia Atleticanamente maravilhoso

Mesmo sem jogo, tanto ontem quanto hoje – domingo , o fim de semana está tomado com as cores preta e branca. Cores? Li, faz algum tempo e nem me lembro onde, que P&B não são cores e sim luzes. Sem devanear nas diversas teorias sobre isso, afirmo que quando o preto e branco se juntam numa camisa com listras verticais, carregando no peito essa paixão por um Galo bom de briga, sente se uma tremedeira generalizada entre aqueles sofredores.

E o fim de semana, sem que o Glorioso entre em campo, deu lugar às festividades dos 115 anos do nosso Clube Atlético Mineiro. Na virada da meia-noite, como anualmente ocorre, milhares de Torcedores cercaram a sede de Lourdes em louvação dessa paixão fiel e desenfreada. Gritos de Galo, hino e várias outras marchinhas entoaram os cânticos daqueles alucinados que formam essa imensa nação Atleticana.

Já pela manhã, bem cedinho, uma programação oficial reuniu diretoria, conselheiros e alguns privilegiados convidados em um culto ecumênico na Arena quase concluída. Prestes a ser inaugurada, a Casa do Galo, irá abrigar os jogos da nossa equipe. Ao que sabemos, será um caldeirão que fará adversários tremer ainda mais que a história já registrou dos tempos do Mineirão e Independência. Na parte da tarde, torcidas organizadas, fizeram uma prévia do que será esse barulho das arquibancadas.

Mas, lá naquele espaço que é só nosso, cabem 46 mil Torcedores. Parte desses (10%), pela regulamentação, será para não Atleticanos, adversários de cada partida. Dos pouco mais de 40 mil restantes tira-se camarote e cadeira cativa, para a partir daí vender aos sócios GNV – por ordem de plano – antes de chegar no público em geral. Foi essa situação, entre as prosas de ontem em minhas andanças, que dominou alguns questionamentos.

Procedentes, sim, claro! Porém, entre os mais ferrenhos críticos dessa situação, indaguei algumas coisas. Quanto tempo faz que foram aos jogos pela última vez? Quantas partidas assistiram na temporada atual e na anterior? Nas três temporadas passadas (incluindo o ano dos títulos do BR e CB), cinco e dez últimos anos? Afirmo, a maioria dos críticos gaguejou na hora de responder. Depois, um ou outro, tentou justificar pela dificuldade de adquirir ingresso.

Gerou, então, novo embate. Digo, no lugar de embate, uma boa provocação. Nenhum deles, nenhum mesmo e foram mais de dez, conhecem o plano Galo Na Veia, no máximo sabem que existe o sócio torcedor. Então, mesmo concordando – em tese – com a procedente queixa, questiono (não a Atleticanidade, mas a participação na vida do Galo) de quem desconhece o plano GNV e suas quatro categorias. Galo Forte, Preto, Prata e Branco. Faça um, ainda que à título de colaboração, para assentar na cadeira dos críticos.

Ah! Mas existem Torcedores que não podem pagar, ainda que dez reais por mês ao plano mais simples (branco) e que dificilmente chega nele a oportunidade de adquirir essa entrada para os jogos. É procedente, mas conheço muitos nessa condição e até mesmo sem qualquer tipo de adesão, que não conspira tanto contra o Galo como quem pode ajudar, mas opta pelo caminho da crítica. Uma pena!

Isso não fazem deles, os críticos, mais ou menos Atleticanos que todos aqueles que têm planos de GNV e até adquiriram camarotes e/ou cadeiras cativas. Mas, cá pra nós, entre esses que encontrei ontem, muitos poderiam sim estar colaborando, indo aos jogos e gritando Galo in loco. Criticar na mesa do bar ou cafeteria é muito cômodo, temos todos de fazer nossa parte. Dai sim, cobrar da diretoria, comissão técnica e jogadores. E indo aos jogos, como nos bons tempos, pra torcer e incentivar e não para tirar selfie ou se achar num jogo de tênis.

Por fim, nesse dia que segue as comemorações dos 115 anos do nosso time do coração, meu desejo e meus votos são exclusivamente que venham as conquistas do ano em curso. Mineiro, Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores e – como consequência dessa – o Mundial. Lógico que tudo isso é delirante, mas o estadual é obrigação, mais um ou dois – como em 2021 – fara da atual temporada outra marcante em nossas vidas. E, registre-se, com o Estádio.

Aqui é Gaaalooo, po##@!

*imagens: Jair Amaral/EM/D.A Press

23 thoughts to “Dia Atleticanamente maravilhoso”

  1. [•••]”Mas, lá naquele espaço que é só nosso, cabem 46 mil Torcedores.[•••]”.
    Pois é! E pensar q em 1948, o @Atletico tinha um projeto p construir um estádio para 85 mil torcedores ali na Pampulha. O projeto não deu certo,mas 75 anos depois o Clube está prestes a ter uma casa ao q se percebe elitizada até a tampa p chamar de sua. Como disse ontem: ” que no próximo aniversário estejamos aqui entoando e exaltando o mantra q nos acompanha(ou) desde sempre; Abençoado seja o Clube Atlético Mineiro /(….) (..) (….) com o mesmo nome e as mesmas cores desde 1908. Uma parte do mantra,q forjou este GIGANTESCO Clube não faz mais parte do espetáculo,a não ser do lado de fora e nos arredores dele. Que no futuro recuperemos e não percamos jamais nossa essência que hoje está entre parênteses: TIME do POVO! De PRETO e FAVELADO com as mesmas cores e o mesmo nome desde 1908.
    Vamú GALO! Não se recua nem para tomar impulso.
    Looding…
    Saudações Atleticanas

  2. Bom dia Mestre Eduardo e AmiGALOS. Quando morava em BH até 2008 ia em todos, disse todos os jogos do GALO, não importava o jogo e competição podia ser contra o Boca pela Libertadores ou contra o Ituano num simples amistoso. Hoje moro em Goiânia e mesmo sem poder ir só jogos sou sócio torcedor pagando o GALO na Veia Branco tenho claro como todos torcedores acompanhado as obras dessa belíssima Arena . Será pequena pra torcida, sim mas quem conseguir adentrar tem que incentivar os 105 minutos, esquecer celular e sair rouco da nossa casa. Abraços e aqui é GALO

    1. Bom registro. Teve uma ocasião que mudei de lugar. Era Galo e Ponte Preta. Uma moça e dois moços, numa prosa animada, comentavam sobre uma festa do dia anterior. No antigo Independência, jogo tenso, com apito do Heber Roberto Lopes.
      Desci três degraus. PQP!!!

  3. Bom dia!
    Bela festa, bela casa, mas…sem Galo em campo é complicado. Ô dia 1 de abril que não chega!
    Mudando o rumo da prosa, passei o dia ontem sentindo dor no peito pela perda (mais uma) que nosso amiGalo Tiago Freitas sofreu justamente no aniversário do Galo. E eu nem nunca vi o Tiago Freitas. Acho que isso é coisa de atleticano. Gostaria de poder dar um abraço fraterno nele. Meu pai já se foi no início dos anos 80. Ele me ensinou a paixão pelo Galo.

  4. Não há justificativa que possa dourar a pílula da realidade : futebol se torna a cada dia mais seletivo .

    O torcedor está afastado do estádio por razões financeiras sim , poucos têm condições de suportar idas frequentes aos jogos de seu time .

    O campo do Atlético foi construído para abrigar QUEM TEM GARRAFA VAZIA PRA VENDER .

    E assim será , já que não se sai construindo arquibancadas a cada ano .

    Há trinta , quarenta anos , com uma população absurdamente menor , veja o público nos estádios :
    menos de 25 mil era considerado um fiasco , hoje é dito que a MASSA compareceu LOTANDO o estádio .

    Acabou aquela história de fazer vaquinha entre os amigos para que a turma toda fosse ao jogo ; tínhamos uma Rural que carregava uns 10 torcedores , dinheiro contado pro ingresso e a cerveja / tropeiro era uma porção pra dividir por 3 ou 4 .

    Feliz aquele que tem condições de estar em todo jogo porque tem um GNV que possa bancar.

    Porque para a maioria a rapadura é doce mas não é mole .

    1. Sigo o relator.
      Pior é a hipocrisia na guerra socialismo x capitalismo. Nessa aí das arenas sepultarem os estádios das gerais, o capitalismo selvagem venceu e tem socialista batendo palmas.
      Eu, ao mesmo tempo que fico feliz com o Galo tendo a própria casa, lamento não ter condições de frequentar. Primeiro por morar distante e primeiro por não ter condiçõe$.
      Saudades do Mineirão dos geraldinos, dos quais eu fazia parte.

      1. Com todo respeito, postei em homenagem à sua efetiva presença aqui no espaço. Porém, e vc é testemunha disso, aqui evitamos esse embate ideológico. Aqui é SÓ Galo, não debatemos direita ou esquerda, nesse caso só sobre laterais e os sumidos ponteiros.

        1. Me desculpe caro Eduardo. Prometo me conter doravante.
          A propósito não sou direita nem esquerda. Digamos que agora estou no “losango”, sem ponta.
          Agradeço por sua paciência e faço coro com os que aplaudem esse espaço democrático bem como sua dedicação em manter esse “Canto do Galo”.

        2. Não abro mão do meu direito de elogiar e criticar o Galo. Mas, nesse caso, concordo que é pura prosopopéia flácida reclamar da capacidade da Arena. Com uma torcida que, segundo diferentes pesquisas, gira em torno de oito a nove milhões de pessoas (mais de um milhão só em BH), pouca diferença faz ter 40 ou 100 mil lugares.

  5. Todas as conquistas do Galo são maravilhosas. Torci por cada uma delas com fervor.
    Mas algumas foram, ao longo dos anos, desqualificadas por nossos rivais, numa campanha sórdida orquestrada pela diretoria do lado de lá e abarcada por parte da imprensa suja. E aí, uma turminha sem cérebro do nosso lado caiu na armadilha.
    É impressionante como muita gente não valoriza os títulos da Copa Conmebol. Era um torneio mata-mata bastante disputado, pois para se classificar o time precisava ficar em terceiro ou quarto colocado no Brasileiro do ano anterior. Era duro entrar. E na disputa, passávamos por vários problemas jogando fora do país, na Colômbia, Argentina, numa época que valia tudo. Era pedrada, briga, vestiário sujo, sem água, arbitragem tendenciosa. Enfim, quem é da época deve se lembrar. Chegamos em 3 finais e levamos o troféu em 2! Bicampeão do continente!

    Outro torneio que acho muito legal foi a Copa Centenário de BH, em 1997. Times de fora do país vieram aqui: Milan, Benfica, Olímpia, todos com equipes titulares. Além deles, tivemos Flamengo, Corinthians e os três da capital: Galo, Coelho e Lulu da pomerania. Foi uma competição super interessante, quem não se lembra da cabeçada do Hernani contra o Milan no finalzinho do jogo, fazendo o Mineirão balançar? Quem não se lembra do craque George Weah e o timaço italiano?
    Na final vencemos a freguesia por 2×1 com gols do Leandro e Valdir Bigode. Aquele time do Atlético era muito bom, Taffarel, Doriva, Dedê lateral, Jorginho meia, Marques, Valdir, Almir, Lincoln, Bruno…comandados por Emerson Leão.
    Chegamos na semifinal do Brasileiro também. Me lembro com saudosismo dessa época.
    Tem gente que fala que a década de 90 foi perdida. Discordo totalmente. O Galo venceu o torneio Ramón de Carranza, venceu Conmebol, venceu estaduais e sempre chegava forte no campeonato nacional, com belas campanhas. A torcida dava show, campeã em média de público sempre. Não vencemos o BR por detalhes, ora faltava sorte, ora éramos garfados. Ainda bem que hoje existe o VAR. Ele não é perfeito, mas diminui consideravelmente a putaria no futebol.

    Portanto, meus amigos, devemos comemorar nossas vitórias e não cair no papo furado de quem tem intenções e interesses bastante obscuros.
    A história do CAM é muito rica e deve ser lembrada com carinho.

    1. Caro, sigo integralmente seu comentario e observações. Recentemente fiz um post neste sentido. Aqueles torneios na Europa foram muito mais disputados que mundiais. Enfim, vc e eu valorizamos demais essas conquistas.

    2. Permita-me GB , acrescentar a presença de público em DOIS estádios simultaneamente , como ocorrido no jogo final da série B , disputa que também registrou a maior presença de torcedor nas arquibancadas , superior aos times da série A .

      Não entendo esse “esquecimento” por parte da torcida .

  6. Bom dia a todos!
    Como explicar essa paixão pelo Galo?
    Ontem, assistindo as festividades do aniversário do nosso Galo de 115 anos, meu olhos lacrimejaram, um nó na garganta, um sentimento de felicidade imensa.
    O que explica esse sentimento?
    300 km de distância da Cidade do Galo (BH) e o arrepio na pele ao ver os vídeos da arena, a festa da torcida, sentir presente, mesmo à distância, só quem é ATLETICANO sabe do que estou falando.
    Ah, Galo, obrigado por fazer parte da minha!

  7. Retornei para lembrar que, assim como em 1969, ontem também entramos em campo, novamente vestidos de vermelho, contra o time da Casa Bandida do Futebol e até o placar foi o mesmo. Certamente os mais velhos como eu se lembram daquela noite inesquecível no NOSSO Salão de Festas. Grande aniversário do Galão! Só alegrias!!!

  8. Na passagem do aniversário do Galão deixo aqui as minhas homenagens ao Blogueiro, muito atento, cuidadoso, vigilante, zeloso com o nosso espaço (EXCLUSIVO, o que causa inveja naquela gente) e, sempre que possível, mantendo os vermes distantes do Canto do Galo! Abraços, querido!

    1. Caro Teobaldo!
      Peço carona no seu comentário não só para aplaudi-lo, como também para louva-lo pela bela iniciativa de homenagear o nosso Avila, que com certeza nos brindara este espaço até os seus 115 anos, com a generosidade que lhe é peculiar. Avante Atlético, avante Ávila!

      1. E vamos juntos nessa, caro Ângelo, nós dois e outros que aqui frequentam. Obrigado pela menção, mas sou um entre milhões. Nada mais! Valeu, Teobaldo.

  9. Bom dia a todos. Não há como colocar todos os torcedores num estádio, isso é óbvio, então não temos o que ficar debatendo sobre quem vai ou deixar de ir, o que vale é o apoio incondicional ao GALO. Minha queixa vai quando as informações não são transparentes, omissa, e que tentam deixar o torcedor ( que paga e o que não paga o GNV), sem as devidas informações. O que está acontecendo com a SAF, que investidor é esse e que planos tem para o GALO. Não há qualquer pista ou informação sobre isso, até entendo que sigilo em muitas ocasiões fazem bem, mas este que está ai, tentando comprar tem ou terá a mínima identidade com o GALO, ou é mais um americano de olho nos dólares. Sou mais o estilo europeu de negócio, mais transparente e menos arrogante. Mas desejo o melhor pro GALO nestes seus 115 anos. Que venham vitórias, onde forem, que venham títulos, onde forem. AQUI É SO GALOO PO##@!!!!

  10. Mais uma lembrança, Eduardo e Canto do Galo….

    E por falar em bola rolando hoje tem as VINGADORAS pelo BRASILEIRÃO FEMININO às 15h.

    As VINGADORAS estão apenas uma colocação acima (12º com 3 pontos) da zona de rebaixamento (ZR).

    Os 16 Clubes, na primeira fase, se enfrentam em turno único na competição, com os oito melhores colocados avançando às quartas de final e os quatro últimos sendo rebaixados à Série A2.

    O time venceu apenas uma partida, o CAP (2 a 1) e perdeu três: em casa, para a Ferroviária (2 a 4); e duas derrotas como visitante, Grêmio (2 a 1) e VARmengo (1 a 0).

    A continuar nessa passada poderão ser rebaixadas para a Série B em ano considerado sagrado pela inauguração do Estádio do Atlético.

    A partida será contra o Real Brasília, o primeiro dentro da ZR e um dos concorrentes diretos ao rebaixamento. Caso vençam, as VINGADORAS poderão ficar próximas da zona de classificação (ZC), saltando algumas posições.

    O jogo seguinte será contra o CSA BH, que está em 8º, o último na zona de classificação (lembrando que oito se classificam para a próxima fase mata-mata).

    Vencendo, pois, esses dois confrontos, as VINGADORAS se afastam da ZR, se aproximam da ZC e de quebra tiram o CSA BH da ZC.

    Então, VINGADORAS, sem essa de ficar flertando com a ZR em ano de inauguração da nova casa do Galo, a melhor do Brasil, a Arena MRV.

    Honrem o Manto, nossa História e a Tradição…

    E lembrem-se sempre:

    Lutar, lutar, lutar!!!

    Vencer, vencer, vencer!!!

  11. Dia histórico ontem, Eduardo e Canto do Galo, pela inauguração da melhor Arena do Brasil com a realização de Culto Ecumênico como o 1º ato da nova Casa.

    Muito acertado isso, eis que agradecer ao Criador faz bem para a saúde espiritual da nova Casa do Galo que deve estar provocando muita inveja, olho gordo e medo em muita gente em BH, no eixo e alhures.

    Quando o terreno estava no início da terraplanagem um torcedor do CSA BH, trabalhador na obra, terá sido pego no flagrante tentando enterrar uma cabeça de burro no local como que, pedindo ao submundo espiritual e aos deuses do futebol, tempos de azar e infortúnios para o Galão da Massa no novo Estádio.

    Como dicen los argentinos, “no creo en brujas, pero que las hay, las hay”. Então, parabéns a Direção do Clube pela gratidão aos Céus pela obra, um sonho quase irrealizável, que estará 98% concluída.

    E vida longa ao Galão da Massa!!! Que mais 115 anos, com muitas glórias, vitórias e conquistas aconteçam!!!

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