Caríssimas e caros, hoje trago um nordestino – com o sotaque mais carregado que pude ouvir -, Atleticano, lá do interior do Rio Grande do Norte. O Galo não tem fronteiras. Ele conta a aventura da sua primeira vez vendo o Galo. Já veio a Belo Horizonte, como mostra a foto em destaque, e fala também das suas primeiras considerações. Atleticano viaja o mundo pra ver o time. Fiquem como nosso amiGalo potiguar.
José Fabiano Pereira da Silva, professor do IFRN
Você já ouviu falar em Areia Branca-RN? Provavelmente sim. E arrisco dizer que quiçá tenha sido nas suas aulas de Geografia, posto que o do Rio Grande do Norte é responsável por 97% de toda produção de sal marinho do país. Essa bela cidade do litoral potiguar fica cerca 330 km da capital, Natal, e possui 42 km de praias belas e paradisíacas.
Mas o que será que essa cidade, com pouco mais de 27.000 habitantes, tem a ver com Belo Horizonte? A paixão pelo Galo, é claro! E aqui, quando algum desconhecido me vê com o manto – ou mesmo algum amigo querendo “tirar onda” – e pergunta cadiquê torço pelo Atlético-MG, costumo responder: “Se eu fosse da maioria seria velhaco, babão e torceria por um dos times da ‘TV dos Marinho’”.
Ficou trapaiado com essa história de maioria? Deixe-me explicar irmão atleticano. Meu nome é Fabiano, tenho 40 anos e sou o ‘Benjamin’ (caçula, em espanhol) de uma família de sete filhos. Aqui no Nordeste, a maioria torce por times cariocas e/ou paulistas, posto que a ‘TV dos Marinho’ dominou e ainda domina, em boa medida, os corações e mentes de muitos aqui na região, e na minha querida urbe, isso não é diferente. Se ficou surpreso, perplexo, você não foi o único. Assim também ficaram dois atleticanos, Mateus e Domingos Sávio, que conheci no Independência, na fila para comprar o ingresso do jogo de volta contra o Internacional, válido pela Copa do Brasil de 2016.
Eles perceberam logo o meu sotaque nordestino – do qual, aliás, muito me orgulho – e ficaram admirados. Um deles ficou tão espantado e feliz que me levou até o meu hotel; vocês o conhecem como Coronel Mendonça. Ganhei mais dois amigos, que me fazem sentir mais perto de Belo Horizonte e do Galo. Obrigado.
Entretanto essa não foi minha primeira odisseia para acompanhar o Galo. No Brasileiro de 1998, o América-RN jogava pelo segundo ano consecutivo a Série A. Era a oportunidade de ouro para uma estreia dupla e perfeita, entrar num estádio de futebol e assistir a um jogo ao vivo do meu time do coração. Foi inesquecível, apesar da frustração de não poder torcer nem tampouco vibrar com os gols do Galo; por segurança optei em ficar perto da torcida local. Não foi fácil, mas tive de me conter.
Anos mais tarde, assistindo ao filme Sherlock Holmes – O Jogo de Sombras (2011) percebi a minha façanha, e, ao mesmo tempo, o perigo que corri. “Um ator tão preocupado com sua atuação, que o único gesto que não consegue dissimular é uma atitude espontânea”.
Pois, é meu amigo, foi exatamente isso que aconteceu comigo naquele formidável 18 de outubro de 1998. Ainda bem que o Galo ganhou de virada. Foi indescritível a emoção de ver bem de pertinho a dupla Valdir e Marques infernizar a zaga adversária e Lincoln na “ponta dos cascos”.
*fotos: 1) arquivo pessoal; 2) UAI/EM
Essa massa atleticana não tem igual, por mais que possa ter sido arranjada ou não já são mais de 37.000 camisas vendidas
Boa Tarde,
Genial saber o quanto pode alcançar uma paixão pelo nosso Galo.
José Fabiano, parabéns por sua escolha, e como escreve bem, sempre será muito bem vindo aqui neste espaço.
Você relatou um fato realmente que se pode constatar facilmente que é a influência da mídia televisiva, o pior [e que se pode utilizar desta influência para o bem ou para o mal.
Um bom domingo a todos Atleticanos!
Fala Wellington, boa tarde.
Obrigado pelo respeito e carinho externados no seu post. SAÚDE para você e para o seus.
Areia Branca-RN – também – é Galo!
Boa semana.
Agora, 17 milhões pelo Keno, de 30 anos, não é demais ?
Bom dia Fabiano. Bom dia para a esposa e filhos. Assim, que passar q pandemia aguardamos a vinda do amigalo e família para um jogo do Galo e uma esticada até Ouro Preto. Oferecer a quem saiu de Areia Branca uma carona até o Hotel era o minimo que deveria ser feito para demonstrar a hospitalidade mineira. Um abraço para o amigo, a esposa e filhos.
Amigo Sávio, boa tarde.
Você foi o “culpado” por tudo isso. Mais um momento ímpar, histórico na minha história, paixão com o Galo. Obrigado por sua amizade; pelo carinho, respeito e consideração.
“Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar” (Milton Nascimento)
SAÚDE para você e para o seus.
Areia Branca-RN – também – é Galo!
Boa semana.
#VivaLc17,11-19
Fala Genival, boa tarde.
Embora a pergunta não tenha relação direta com o meu texto, mas como atleticano que também se importa com o melhor para o Galo, penso que as questões financeiras são demandas da gestão. De minha parte, creio que Keno vem para substituir Luan, o que, convenhamos é muito difícil, posto que o Menino Maluquinho levava cada um de nós para dentro das quatro linhas, jogava como torcedor, torcia como jogador (sempre que era substituído ficava feito um doido à beira do campo, como se fosse um auxiliar-técnico). #voltameninomaluquinho
Amigo, eu estava em Natal, de férias, neste dia, e vi o galo vencer por 3 a 1, de virada, gols de Marques, Lincoln e Valdir. Tinha alguns torcedores da galoucura e muitos do ABC, onde eu estava. Chamaram o América RN de rebaixado e eles jogaram latas e cerveja na gente. A polícia teve de intervir. Moro no norte de MG e foi bom relembrar.
Fala Genival, boa tarde.
Quem diria né?! Creio que nunca passou por sua cabeça que ali, naquela dia, havia outro atleticano tão apaixonado pelo Galo como você e a rapaziada da Galoucura.
Seu relato ilustra bem que, ao me resguardar, tomei a atitude correta.
Graças a Deus em 2016, pude torcer plenamente pelo Galo nos dois templos do futebol mineiro. Momentos inesquecíveis, fortes emoções, que em nome de Jesus, vou reviver em breve.
SAÚDE para você e para o seus.
Aqui – em Areia Branca-RN, também – é Galo!