Estamos por três semanas para a temporada encerrar. Para o Galo, se conseguir o milagre de conquistar a Copa, pode estender ainda por mais três jogos após os seis que nos restam. Cinco pelo Brasileirão – Botafogo (BH), São Paulo (SP), Juventude (BH), Vasco (RJ) e Paranaense (BH) – e a final pela Libertadores (de novo Botafogo/Buenos Aires). E o mais grave, se não conquistar a LA, aliado a essa sequência pífia no BR, amargar a pior temporada nesse novo modelo SAF de fazer futebol.
É um momento novo na vida do Torcedor. O Atleticano, como dito na faixa dos anos 60 no antigo Mineirão, seguiu até aqui carregando o time nas costas. Cada formação de elenco que era desanimador, mas a Massa apoiava. Dai os termos dessa mencionada faixa da nossa Torcida. “A torcida do Galo fica no sol, mas é fiel como a sombra”. Ficamos por décadas tomando raios ensolarados de frente no estádio da Pampulha, mas batemos muitos recordes de público no Brasileirão. Eu vivi isso desde 1974, quando me mudei para Belo Horizonte, antes ouvia pelo rádio. Foram quase 50 anos de sol na cara e fidelidade.
O título de 71 ouvi na voz de J Júnior, os que nos roubaram desde 1977, assistia aqui ou onde fosse a partida final. Como no Maracanã em 1980. Vivi, sofri e comemorei muito ao lado do Galo. Nem vou repetir, mas impossível não registrar os títulos da Libertadores, Copas do Brasil e Brasileiro, todos eu estava lá. Sempre ao lado de milhares de Atleticanos no nosso salão de festas da Pampulha. Ah! Ainda teve a Recopa e a Super Copa do Brasil. Estaduais foram incontáveis.
Faço essas considerações para voltar ao início da resenha. Dia 30 será decisivo ao nosso final de ano. Antes, nos três compromissos do Brasileiro, temos de reagir e buscar melhor colocação. As duas partidas seguintes e que fecham a competição nacional, serão pós decisão da Libertadores. Se vencer, vai ser uma ressaca de toda essa pressão que estamos condenados. Se perder, a ressaca será ainda maior e as esperanças atiradas pelo ralo. E, sabemos, vão aparecer os profetas do “avisei”, “eu sabia” e um monte de falação nessa direção. Parece ser antidoto para as dores nas derrotas.
Outros, doídos até muito mais, vão se reservar ao sofrimento silencioso. Sabedores que tudo na vida é cíclico, no recesso e buscando a cura, se preparando para a próxima temporada. Sonhando com contratações que são necessárias e com o hexa mineiro e os torneios da cbf. Também com a competição da Conmebol. Mas qual das duas? Libertadores ou Sul Americana. Seja qual for, sei que o Atleticano não foge à luta. Tampouco vai na onda de não Atleticanos que estão aflitos em busca desse título que já desdenharam. Ah! Até o mineiro teve dirigente pequenininho que chamou de rural. Nessa pilha não entro não!
Mas, se ganhar, afinal não somos finalistas por acaso. Conheço gente que se diz Atleticano e vai sumir. Foi assim nos títulos de 2021. Eu e a maioria vamos festejar, com a adrenalina dos justos, só que diferente de alguns poucos. A comemoração será idêntica as que estão vivas na minha memória dos anos de 2013 e 2021. Depois, como em 2014 e 2022, esperar a volta do futebol e seguir com o Galo sempre que possível. Ah! Isso vale para no caso da vitória e se aplica também se ocorrer o contrário. E assim será enquanto forças minhas pernas aguentarem para levar esse corpo que ostenta uma cabeça dura em defesa das cores branca e preta e de um amor incondicional pelo Clube Atlético Mineiro. Ah! E sou participativo, em sentido amplo, muito mais que muita gente que só sabe reclamar. Eu reclamo também mas é de juiz, da cbf, do stjd, da tv, da mídia do eixo. E sou feliz! Sigamos!
Confiança, Atleticanos! O momento é ruim, o time está jogando mal, é verdade, mas se trata de um jogo apenas para conquistar um dos títulos mais importantes. Apesar de tudo, temos um bom time e condições de vencer o Botafogo dia 30. Será dificílimo, tenho certeza, mas tbm é possível! Lutar, lutar, lutar. Simbora, GALO! GALO SEMPRE. SAN