Convivendo com este confinamento voluntário, ontem, ao final da tarde, vivenciei seguramente o momento mais impactante da minha vida Atleticana. Vi pela TV o compacto da grande final da Libertadores de 2013.
Sozinho e trancafiado em casa, pude trocar mensagens com amiGalos durante a transmissão.
Comemoramos o gol do Jô ao primeiro minuto do segundo tempo. Sofremos a cada gol perdido e vibramos de novo com o escorregão do Ferreira. Neste momento deu pra sentir o quanto Deus é Atleticano.
Apesar da partida quase ao final, sinalizou-se que ainda era possível acreditar. O Mineirão acendeu com o grito de “eu acredito”.
Era questão de tempo, embora faltassem poucos minutos para o final da partida. Sentimos o cheiro da vitória com a expulsão do Manzur e antecipamos o gosto dela e do título no gol – em câmera lenta – do Leo Silva. Choramos pelo telefone.
Minha filha fez uma chamada de vídeo exatamente no momento da última penalidade na trave. Me pegou em lágrimas e só voltamos a falar mais tarde.
Ao final das cobranças das penalidades, confirmando a conquista e aos gritos de “é campeão”, a amiga Luísa Jacques anunciou que queria voltar a aquele dia, alguém no grupo assegurou que estávamos sim naquela madrugada de 25 de junho de 2013. Reclusos, cada um no seu canto, re-comemoramos essa inesquecível conquista.
Ao rever aquele grande jogo, além da saudade dos momentos inesquecíveis, o que mais me tocou foi a vontade daqueles jogadores em campo. A sintonia entre Torcida e gramado era inquestionável.
Fui ao Paraguai na primeira partida, voltamos seguros do título no voo de volta. Dois a zero era sempre reversível. Antes dessa decisão, com o New Old Boys, e no ano seguinte frente ao Corinthians e Flamengo.
Naquela noite memorável, que chegamos em casa com o dia amanhecendo, estavam ao meu lado o Sérgio Amaral (mineiro radicado em Brasília) e a Janice Castro (também daqui e grande profissional em São Paulo).
Sergio e eu, assim que o jogo terminou, fomos abraçar nossos filhos – Renato (dele) e Anaísa (minha) que estavam no setor ao nosso lado.
Ontem, pude reviver tudo isso. Poder ter boas recordações dão estímulo às nossas vidas, sobretudo neste momento demais angustiante que estamos passando.
Sei que hoje, por este registro, chegarão algumas mensagens (se bem que essas semanas sumiram) de não Atleticanos. Aguardemos!
Pois bem, quero, para encerrar essa resenha carregada de nostalgia, sugerir aos homens que administram o Galo duas coisas.
1) Além desse presente que recebemos ontem da televisão, a própria assessoria do Galo se encarregar de preparar documentários curtos sobre essa conquista, da Copa do Brasil, Recopa, das duas Conmebol, do primeiro campeonato Brasileiro de Futebol e disponibilizar nas redes sociais.
Neste momento de confinamento será muito bom para nós – da Massa – reviver páginas da história que fazem o Galo o maior e mais querido dos times mineiros.
Outra: 2) Aproveitar e exibir esses mesmos documentários aos jogadores atuais, seja individual, pequenos grupos ou até todos juntos.
Só assim, acredito que alguns que ainda não entenderam o que é vestir a nossa camisa possam tomar uma vacina da nossa realidade.
Quem sabe, com isso, o comportamento insolente de alguns possa tomar uma dose de Atleticanidade.
*fotos: 1) imagem capturada da TV no início da festa de 2013; 2) Redes sociais
Assistir o compacto ontem, me fez chorar novamente de emoção, parecia que estava naquela noite de 24 de julho,
E o melhor, por inclivel que parece foram os poucos minutos que ao rever o compacto, esqueci do porque estar em casa aquela hora esqueci completamente da pandemia do Coronavirus
VÍTOR – MAZURKIEVSK
NELINHO – H.MONTEIRO.
L.SILVA.
LUIZINHO.
CINCUNEGUI – P.ROBERTO.
T. CEREZO.
P.IZIDORO.
RONALDINHO GAÚCHO.
REINALDO .
DARIO.
ÉDER.
ESSES SÃO OS MELHORES JOGADORES DO GALO DE TODOS OS TEMPOS.
Houve outros, como Mário de Castro ,Guará e outros , mas não os vi jogar.
Em algumas posições escapei dois .
Quem discordar com algum nome pode se manifestar.
Torci ontem como se estivesse assistindo o jogo ao vivo. Grande recordação.
Que jogo, meus amigos! Duduco, os racionais diriam que somos tolos por nos emocionarmos novamente. Fico com a sabedoria de Nietzsche “A razão tira emoção à vida”.
Em tempos tão difíceis vividos por todos nós, foi um alento rever essa partida, e sentir um pouco do frio (depois borboletas) na barriga No Dia Do Galo:
Final da Libertadores 2013, um jogo épico que LIBERTOU o Torcedor e atestou que o coração Alvinegro é muito forte. Com Michel no lugar de Rocha suspenso e Donizete barrado – sabiamente – por Josué, o CAM entrou em campo em busca de um milagre.
Um primeiro tempo frustrante pra turma do Eu Acredito, que esperava um Galo dominante, o que não ocorreu. Ronaldinho mal, Tardelli e Bernard muito marcados; pouco criaram.
Veio o segundo tempo histórico e o Galo partiu pro tudo ou nada, a bola que teimou em não entrar na etapa inicial, logo no comecinho – após uma falha do Olímpia- Jô fez o gol da Esperança. Parecia que naturalmente faríamos outros gols, mas com o Galo o “natural” insiste em vir acompanhado do prefixo “sobre”, para que o enredo evolva drama e alegria ao final.
Com requintes de crueldade o jogo se aproximava do fim… Ferreira (ah! Ferreira) entrou no intervalo, no lugar de Bareiro; foi lançado por Pitoni cara a cara com Victor, ganhou a dividida e teve o gol escancarado a sua frente. Esse lance provocou infarto em vários Atleticanos e também nos simpatizantes.
Lembram-se do “sobre”? Juntou-se ao natural e deu uma rasteira no fraco e medroso jogador do Olímpia. 2 floquinhos de grama que teriam se soltado ou foram arrancados misticamente por TODOS nossos entes Atleticanos que tanto sofreram no Mineirão e partiram para o plano superior sem ter alcançado essa Glória. Sim! Eles também estavam lá…
Esse gol, – quase – feito pelo Olímpia, foi perdido aos 37 minutos, 2 minutos depois Manzur foi expulso. E 2 minutos depois a bola de Léo Silva entrou no ÚNICO lugar que ela poderia ter entrado.
Até hoje tenho pesadelos com a trajetória daquela bola que parecia ter feito o tempo parar. Foram segundos que assimilavam horas, a bola foi descrevendo um arco que não tinha fim. Quando enfim caiu, foi uma CATARSE COLETIVA de mais de 8 milhões de Torcedores.
Pra não fugir à regra, jogamos prorrogação com 1 a mais e não marcamos gol, Alecsandro perdeu o que seria o gol título, frente a frente com o goleiro. E vieram os pênaltis, outra vez entrou em ação o herói do título, São Victor Pé Esquerdo Da Silva. Não, ele não poderia passar despercebido nesse jogo final, e não passou. Intimidou e causou pânico nos batedores adversários.
A taça chegou, o Eu Acredito foi eternizado.
Em tempo: Quando eu era criança, todos os dias a caminho da escola passava na venda do Seu Carmo (um idoso rabugento) pra comprar doces. Na parede da pequena vendinha tinha um cartaz enorme “fiado só quando o Galo ganhar a Libertadores”.
Atrevida que sempre fui, dizia a ele que um dia eu entraria ali gritando é CAMpeão e arrancaria aquele cartaz que tanto me incomodava. No dia da conquista, passados o transe e a euforia, eu, com saudades, lembrei do Seu Carmo, que já tinha ido vender doces lá no céu. Não pude ir à venda arrancar o cartaz, mas arranquei o nó preso na garganta, o aperto no peito e peso na alma que carreguei durante toda minha vida.
Reviver isso ontem me fez chorar, coloquei a mágoa, “má agua” pra fora. Estou mais leve.
O critério de reprise de jogos da TV é o da audiência (proporcional à importância e impacto nacional). É por isso que não reprisam jogos antigos de um tal Falência E. C. (kkkkk).
Caro Eduardo, entusiasmado pelas suas sugestões, gostaria de sugerir que esses canais reprisassem toda a nossa campanha na Libertadores. Infelizmente, na época não consegui assistir em tempo real aos primeiros jogos, pois estava fora do país e o fuso horário, depois de algum tempo, é cruel para nós. Não conseguimos mais acompanhar o horário do Brasil.
Bom dia!
Não tem time no Brasil que tenha proporcionado tamanha emoção e alegria ao seu torcedor como o Galão da Massa!!!
Conquistou a mais disputada e emocionante Libertadores da história!
Conquistou a mais disputada e emocionante Copa do Brasil da história! Por incrível que pareça só foi fácil na final.
Bom dia CAMbada! Meu coração foi pra mais de 120 ontem, mesmo sabendo do resultado final! Ser atleticano precisa ter coração forte.
Bom dia,
Infelizmente não vi a reprise, mas, senti emoção só de ler o post.
Tenho também vontade de ver a reprise das duas viradas, encima de Corinthians e do Flamengo (que, era diferente do Corinthians para o narrador carioca apaixonado), possuo até este video do narrador falando e depois tendo que engolir as palavras, foi tão emocionante quanto ganhar das Marias, mas, sou sincero em dizer que depois daquelas viradas “Eu já sabia”.
É como disse um amigalo, quando pega a sincronia time e torcida, não tem para ninguém.
Hoje não podemos de esquecer que nosso ídolo Ronaldinho faz 40 anos, parabéns por tudo que realizou dentro do futebol, e obrigado por um dia ser Galo, e sabemos que será para sempre.
Entristece saber que está passando por momentos difíceis, mas, um dia o preço por ter deixado seu irmão bandido cuidar de sua carreira ia chegar, enquanto seu irmão aprontava das suas dentro do futebol todos fingiam não ver, como o aliciamento do Fred jogador do Galo para levar para o Internacional. É como dizem um dia a casa cai, e temos que pagar aqui mesmo pelo que fazemos.
Ao ver hoje o contrato do Ronaldinho com o Galo pude ter a dimensão da maluquice que se tem que fazer para ter um jogador deste nível num time, sabendo que nem sempre eles dão o retorno esperado.
E que realmente não é um ramo que possa ser dirigido com austeridade e responsabilidade financeira.
Se não for desta forma inconsequente financeiramente é ficar vendo os anos passarem ou então os credores baterem a sua porta.
CAM é assim,ou ganha pq merece e é melhor ou perde. GALO e acasos num mesmo mote “non ecxiste”, prova é o escorregão do Ferreyra…
Desde a conquista da América procurei não rever reprises do jogo e ontem não foi diferente. Agora, um jogo_ dois aliás_ que gostaria de rever a(s) reprise(s) é o das 4ªs de final do Br 99 _ GALO 3 x 2 märïä_ Para mim_ e olhe q foram muitos_ um dos 5 maiores Clássicos os quais presenciei no antigo Mineirão. Surreal a atmosfera nas arquibancadas Alvinegras e o Gigante da Pampulha balançou_ e tremeu ,pq não!_literalmente,
épico p dizer um mínimo.SAN
Bom dia Massa do Galo! O CAM é isso. Não assisti novamente, mas acredito que todo Atleticano vai às lágrimas quando revê aquele jogo, que representou mais do que um título. Representou o fim de uma era de forças que sempre impediam nosso grito de campeão. Três vezes chorei na minha fase adulta. Duas por tristeza profunda, com as perdas do meu pai e da minha esposa. Mas de alegria, chorei demais naquele dia épico, onde o Atleticano sentiu que nosso Galo pode contra todas as “forças do mal” que prejudicaram sua história… Não tenho palavras pra dizer o que é o Galo na minha vida. Acho que ninguém tem… ???
Bom dia Massa e Guru
Ontem revendo uma reprise do programa resenha da ESPN com o Bruxo, mesmo sendo pressionado pelos demais participantes a enaltecer a passagem dele pelo Flamerda,o Bruxo não deixou de citar Papai Kalil e enaltecer a torcida do Galo como uma torcida sem igual.
Ao vc relembrar a conquista da liberta, o que mais marcou foi a sinergia time x torcida, e quando isto acontece a certeza e garra, vontade e luta em campo é certa.
Creio que hoje infelizmente perdemos esta sinergia, culpa única e exclusiva pela contratação de jogadores e comissão técnica que simplesmente não possuem identidade com o clube.
Quem sabe agora com um técnico de verdade, esta sintonia volte?
Nota: A sua sugestão número um já está sendo feita pela diretoria, e foi dita pelo próprio presidente na rádio da massa em entrevista. Quanto a segunda, seria o papel do falido setor de comunicações e poderia por exemplo evitar burrices como a que o Guga fez.
Recluso em casa, acompanhei novamente esse grande jogo. Torci, vibrei e me emocionei. Senti o cheiro do Minera naquele dia. Lembrei da muvuca subindo a Abrahao Caram e da dificuldade em comprar um cerva nos arredores do campo. Do papo com Mario Marra e Leo Bertozzi na entrada do estádio. Bons tempos! Sobre o jogo, comprovei mais uma vez o que já havia percebido naquele dia e em outras vezes que revi o jogo: Josué foi o melhor jogador em campo! Jogou demais! Pierre e Donizete (que estava na reserva), fazem parte da nossa história, mas o melhor volante daquele período foi, sem dúvidas, Josué. Um monstro! SAN