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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

O mundo é solidário com a Chape

jogador chape

Ainda sob o impacto do acidente que vitimou praticamente todo o time do Chapecó, amanheço nesta quarta-feira – dia inicialmente previsto para a grande final da Copa do Brasil – consternado como a quase totalidade dos brasileiros. O mundo se solidarizou com o Brasil e, notadamente, com as pessoas próximas às mais de 70 vitimas desse terrível desastre aéreo.

Foram inúmeras homenagens, muitas comoventes como a que foi realizada no jogo do Liverpool, na Inglaterra. Sua barulhenta torcida, uma das mais ensurdecedoras do planeta (quase igual à do Galo), que canta músicas dos Beatles nas partidas, fez um silêncio sepulcral antes do início da partida. O ato, seguido de histéricos aplausos no estádio, viralizaram por todo o mundo em homenagem às vitimas.

Jogadores, jornalistas, dirigentes, comissão técnica e todos serão lembrados por muito tempo. A Chape ia decidir o título de campeão da Copa Sul Americana. Tinha grande chance de trazer um título internacional para a coleção brasileira. Ao que parece, será declarada campeã, por solicitação de seu adversário, o Atlético Nacional de Medellín.

Está difícil retomar a normalidade depois desse trágico acidente. As partidas deste final de temporada no Brasil foram todas adiadas. A decisão da Copa do Brasil, que seria hoje, passou para a próxima quarta-feira. A última rodada do Campeonato Brasileiro, igualmente, foi adiada para o outro final de semana, dia 11 de dezembro. O Galo, inclusive, por uma questão humanitária, solicitou o cancelamento da partida entre os dois clubes na rodada que fecha a temporada.

Entre as homenagens, e são dezenas de centenas, outra à qual a diretoria do Galo aderiu foi a de lançar luzes verdes sobre sua sede. A mesma coisa aconteceu por todo o mundo, em locais públicos como a Torre Eiffel, o Cristo Redentor e em vários estádios onde se disputam partidas de futebol.

O momento sugere muita reflexão. Sobre comportamento das torcidas, no campo ou nas ruas, um acidente aéreo com esta proporção expõe a fragilidade a que estamos expostos. Seria o momento apropriado para rever essa agressividade entre torcedores rivais. São muitas as vítimas de episódios tristes e lamentáveis pelos tempos. Vale a pena?

Torcedores, e somos muitos, que viajam para acompanhar o time do coração, estão neste momento em aflição. Ontem mesmo narrei aqui neste espaço, duas situações de pânico que vivi acompanhando o Galo. A primeira foi na ida ao Mundial no Marrocos e a outra, ano passado, quando o Galo foi a Guadalajara enfrentar o Atlas do México.

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E os jogadores? Jornalistas? Comissão técnica? Até os juízes, que tanto critico? Tenho birra confessa da arbitragem. A realidade é que esses profissionais passam, durante todo o ano, horas intermináveis dentro de aviões para defender a suas equipes. E são todos eles xingados por nós torcedores. Além de deixarem suas famílias, seja pelas viagens ou pelas longas concentrações, todos eles certamente estão até agora em estado de choque.

Não sei quais medidas serão adotadas pelas autoridades para a reconstrução da Chapecoense. Tenho convicção da solidariedade de todas as torcidas e das pessoas do mundo todo. Se os clubes irão, cada um na sua medida, emprestar jogadores à Chape ou como será é assunto a ser pensado no momento oportuno. Agora é hora de rezar pelas vítimas, seus familiares e para o povo de Chapecó.

Que assim seja!

7 thoughts to “O mundo é solidário com a Chape”

  1. Ontem prestei a minha homenagem a esse belo grupo de atletas, técnicos e dirigentes da CHAPE. Pessoas brilhantes que deixaram lições para os demais envolvidos com o esporte por esse Brasil imenso.
    Hoje volto a falar do Galo. Meu Galo que está sofrendo com essa corja de jogadores apáticos e sem compromisso e com esse presidente sonolento, também apático e faz uma lambança atrás da outra.
    Acabei de ler a notícia do desembarque do Roger, ex Grêmio, candidato a treineiro do GALO. Quem é Roger? O que ele já fez de importante no futebol? Se no Grêmio ele não foi capaz de fazer um trabalho diferenciado e vencedor, por que acreditar que no Galo será diferente? Que tipo de inovação ele apresentou no Grêmio? O Nepomusono está interessado nele só por causa das duas sapatadas que ele deu no GALO aqui em BH? Com o GALO treinado pelo MO e dirigido pelo Nepomusono não tem mérito nenhum para esse Roger ter vencido 100% das partidas que esses clubes disputarem. Afinal, até a turma do outro lado da Lagoa venceram esse timinho apático e sem brilho que está aí nos atormentando. Vou escrever em caixa alta para ficar bem registrado: SE ESSE ROGER FOR CONTRATADO SERÁ OUTRA LAMBANÇA DO NEPOMUSONO. AINDA MAIS SE ELE FIZER CONTRATO DE DOIS ANOS CONFORME DECLARADO. Que Deus nos livre dessa desgraça.
    Eduardo, outro dia eu te perguntei se o Nepomusono vai ficar pagando ao MO até o fim do contrato em maio de 2018. Não pude ver e ler a sua resposta. Por favor, poderia repetir para mim? Obrigado. Ser seu colega de time é uma das boas coisas de ser atleticano.

    1. Caro, respondi naquela ocasião em seu próprio post. Desconheço os termos do acerto, mas – via de regra – quando se dispensa um treinador em meio ao seu compromisso, continua recebendo seu salário. Salvo, acordo entres as partes.

  2. Chapecoense : o Brasil e o mundo, assistem consternados e em choque, o terrível acidente que dizimou o time da chapecoense; atletas, jornalistas, dirigentes e tripulantes perderam suas vidas na selva colombiana .
    O mundo todo se solidariza , não somente o mundo esportivo, autoridades, chefes de govêrno, até bandas de rock . Uma solidariedade autêntica, espontânea e sentida; doída.
    No Brasil, a chapecoense, a chape, como é conhecida se transformou num clube querido no Brasil, nos últimos anos, pois ela representava um plano que estava dando certo, um sonho de uma comunidade irmanada em um ideal vencedor, com um time subindo de série em série, no campo, na bola. Uma administração austera e enxuta, exigência de produtividade, de luta, de comprometimento. O time da chape lembrava muito uma empresa familiar, com todos cumprindo sua função, em harmonia e com muita gana.
    Por isto a cidade, a comunidade do interior catarinense, abraçou o projeto, porque viu comprometimento. Uma fôlha modesta, verdade, mas onde o custo /benefício é obrigação. Os funcionários recebem até décimo quarto salário, precisa dizer mais? Qual palestra motivacional é mais eficaz que esta medida?
    Esta tragédia, que ceifou dezenas de vidas, que fez órfãos, que afetou centenas de pessoas será amenizada com medidas futuras dos responsáveis, medidas concretas e necessárias, amparando materialmente as famílias dos envolvidos, com medidas verdadeiras e concretas, para tentar por pouco que seja,minimizar o terrível sofrimento que estão passando, quanto ao time, com o tempo as coisa se ajeitarão, o Brasil não aceitará que sejam penalizados, o Brasil não aceitará que promessas num momento triste e sob holofotes, se transformem em ações demagógicas.
    Graças aos valentes guerreiros da chape, o time ressurgirá, pois o que os guiará é o legado por eles deixado : o espírito.
    Força CHAPE.
    Depois ou amanhã, falarei sobre futebol e sobre o Galão Até mais.

  3. Como torcedor do galo, acho que ele agiu muito bem pedindo o cancelamento da partida contra a Chape, última do certame. Acredito também que o Atlético, time grande que é, deveria emprestar jogador, sem nenhum ônus para o time de Santa Catarina e incentivar os demais times da série A a fazer o mesmo para recompor o elenco da Chape. Quem sabe fazer uma partida amistosa entre os dois grande Minas para ajudar, financeiramente, as famílias enlutadas. às vezes abriria caminha para outros grandes times a fazerem o mesmo. Teremos que ser solidário com a Chape que sempre foi um time guerreiro.

  4. Bom dia…Transcrevo parte de seu belo texto. “…O momento sugere muita reflexão. Sobre comportamento das torcidas, no campo ou nas ruas, um acidente aéreo com esta proporção expõe a fragilidade a que estamos expostos. Seria o momento apropriado para rever essa agressividade entre torcedores rivais…”Poderia completar..apos o “rever essa agressividade” com ….essas “brincadeirinhas” de:……. time do outro lado….com o time des…com o time rebaixado…com os mulambos….
    Tudo isso que você mesmo fala..incentiva essa rivalidade…essa agressividade.
    VAMOS REFLETIR…
    Abraços e de novo…belo texto.

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