Antigamente reclamávamos – com razão – de suspeitos erros de arbitragem. Quem não se lembra do gol de mão marcado pelo Wilton, do fluminenC contra o flamídia (até então time de bairro carioca, antes de a mídia investir pelo interesse de poder), numa partida apitada por Armando Marques. E do bandeira Santiago, anular gol legitimo do Galo, na final mineira de 1977? E, um pouco mais à frente, o finado Benecy – num programa de televisão – dizer claramente sobre mala preta e compra de juiz.
Esses fatos mencionados estão nos anais da história – se preferirem ao folclore depreciativo – do futebol no Brasil e aqui em Minas Gerais. Não estou criando factoides, basta entrar na internet e dar um google sobre esses casos que relacionei, em meio a centenas e – talvez – milhares de fatos do passado que deixaram saudades de seus debates e discussões. Hoje, com tristeza, assistimos a deterioração desses erros – intencionais ou não – sendo oficializados nas competições nacionais e estaduais. E o torcedor cada vez mais afastado dos estádios.
Seguramente a maior inovação e que prometia por fim nas discussões sobre os erros de arbitragem foi a invenção do var. Digo invenção, pois – a exemplo de outras que ainda vou mencionar abaixo – me levaram a acreditar numa ação eficaz e que colocaria fim nas dúvidas frequentes dos erros dos árbitros e na gestão dessa paixão nacional. Que nada! O que vemos, além de atrasar o jogo e o torcedor ter de esperar ansioso a revisão de lances, é a interferência seletiva desses juízes – muitos deles aposentados e de péssimas recordações – aguçando muito mais a lisura anunciada pelos dirigentes. Inconfiáveis, diga-se! Dirigentes e cartolas, esses últimos agora nem têm mais esse nome. São CEO, CSO e investidores.
Sem espaço para alongar, vamos a duas situações desconfortáveis para quem viveu mais de sessenta anos, quase já setenta, inicialmente colado no radinho, depois presença constante na arquibancada e na vida do time do coração. Naturalmente que estou referindo a minha pessoa. Lá em Araxá revezava entre as rádios Guarani, Inconfidência – de BH – e ainda Tupi e Globo – Rio -, para acompanhar e me atualizar. Jornal “Estado de Minas” chegava de manhã e era leitura obrigatória, além de pela TV Itacolomy assistir o “Papo de Bola”. Kafunga, Sasso, Luiz Carlos Alves e os queridos amigos até os dias de hoje Paulo Celso e Ronan Ramos, o repórter da camisa amarela.
Que romantismo! Pois hoje, a cbf – na época cbd – virou um covil. Basta pensar que seus últimos presidentes – todos – foram afastados do cargo durante o mandato. Teixeira, Marin, Del Nero, Caboclo e agora Ednaldo. Cinco! Nuh! Nem preciso falar sobre a selecinha dessa gente. Sete a um, na Copa do Mundo realizada no Brasil, fala e comprova essa zorra total. E vamos ter novas eleições, extraordinárias, onde será eleito um jovem polêmico de 41 anos, cuja experiência no futebol é ser filho do presidente da Federação Roraimense.
Com todo respeito, nem vou entrar em outras questões que vem sendo noticiadas pela imprensa nacional, mas apenas na inexperiência e incompetência evidentes para o cargo. Terá oito vices, metade deles – exatos quatro – do norte (Amazonas e Pará) e nordeste (Paraíba e Rio Grande do Norte), outro do Sul (Santa Catarina), além de três conspiradores em assuntos do esporte bretão em gestões recentes. De Brasília, Rio de Janeiro e Maranhão. Note, cinco são presidentes de federações estaduais. Caos anunciado! Não me surpreenderá a volta do Brasileiro com mais de cem clubes. “Onde a Arena vai mal, mais um time no nacional”, a memória ainda resiste.
E para matar, no caso Atleticano, essa situação de desconfiança, descrédito e ausência do Torcedor em apoio ao nosso time do coração em jogos como vem ocorrendo. Matar que refiro, pode até ser em sentido amplo, relacionado ao estado emocional da Massa (desistir) e fechar (encerrar) a resenha de hoje. Vencemos e estamos curtindo a classificação pela CB, no BR – salvo melhor juízo – reencontrando em campo, já na SA basta vencer para assegurar o primeiro lugar no grupo.
Confio em todas essas frentes, porém, seguirei cobrando a falta de – nem vou usar transparência – os investidores (em conjunto ou representados) vir à público e esclarecer ao Torcedor Atleticano. Tudo referente às dividas, antigas e atuais; reforços urgentes e todas essas notícias que estão circulando na imprensa e redes sociais. A Massa quer é time competitivo, afirmo sem medo de errar, mais que estádio próprio que nem é nosso. Fora isso, como motivar o Torcedor a acreditar e confiar naquilo tudo que nos foi dito. Venda do Shopping, quitar débitos, casa própria rentável (cadê os eventos?), time de ponta no futebol mundial. Enfim, não quero cair no mesmo esgoto do futebol brasileiro. Ajuda nóis!
Em tempo: os últimos classificados da CB foram definidos. A zebra do dia foi a eliminação do Santos pelo CRB. Dois alagoanos se deram bem. O Botafogo perdeu, mas havia goleado na primeira partida e avançou.
Bragantino fez 6 a 0 e nos três 3 a 0 previsíveis, destaco que o Inter perdeu três penalidades na partida. Que isso!!!
*imagens: pixabay
Faltou o Diário da Tarde, avidamente esperado, pelo horário, por trazer as matérias mais completas!
Boa tarde Eduardo Ávila, conte-nos um pouco sobre essa entrevista do ex-jogador do Galo, o Buião, que falou sobre árbitros que favoreciam o clube na década de 50 e 60.
De volta ao passado, Atlético Mineiro lembra dos tempos dos “Juízes de Ouro”
https://otimedoroubo.blogspot.com/2016/02/juiz-arbitro-joaquim-coco-atletico-mg.html
O que assistimos no Brasil é simplesmente mais do mesmo em todos os setores possíveis e imagináveis… o futebol é só mais um setor dirigido por gente com interesses pessoais onde o dinheiro e o poder falam muito alto… são tantos milhões e milhões que não conseguem se conter, a mão ladra coça e já era… nas federações e na CBF corrupção pouca é bobagem!!!
E no nosso (ou não mais) CAM, depois que a SAF assumiu o controle, nos foi prometido uma potência de clube, nos foi prometido uma casa em ordem, nos foi prometido lisura e transparência financeira mas, nada disso até o momento se faz presente, pelo contrário, continua como sempre foi nas gestões passadas como assossiação e seus antigos presidentes, com administração falha, com uma dívida que só aumenta, com fama de mal pagador na praça e por aí vai… vergonhoso ao extremo considerando o nível dos novos donos (tempos)!!!
Salve Massa e Guru
Certeiro Guru a CBF é um covil, mas o buraco é mais embaixo.
Quem coloca o presidente desta bandidagem lá são as federações e os clube, dentre elas a Mineira e no caso de Minas o próprio Galo, o meleca e nosso ex rival.
Então precisamos olhar pro nossos próprio pés.
Porque o Galo liderou a Liga Forte e de uma hora pra outra, pulou pro outro lado (Libra), onde tinha o Flamerda defendendo somente seus interesses?
Outro ponto, na corrida pela cadeira da CBF um grupo estava apoiando o cara da federação paulista e olha quais eram: Atlético-MG, Avaí, Bahia, Bragantino, Ceará, Ferroviária, Vila Nova e Vitória.
Se o cara era bom, porque time grande nenhum, além do Galo (me desculpe o Bahia) estava apoiando? E detalhe nem os times de São Paulo, de onde o cara era ,apoiaram sua candidatura.
Debaixo deste angu tem carne!!!
Concordo blogueiro. Se o “chiqueiro” ainda fosse somente no futebol, se poderia pensar em salvação, mas, basta olhar de cima para baixo, dos poderosos políticos ao mais insignificante legislador municipal de uma cidadezinha do interior. Digo no contexto geral, salvo honrosas exceções, claro! Uma pena que exceções não fazem a diferença!
Nada a declarar. O cenário bem descrito pelo blogueiro democrático, infelizmente, é este mesmo, sem tirar nem por. Tenho também na memória os fatos aqui narrados e que retratam o “emporcalhado futebol brasileiro”. E, certamente, pela falta de espaço, inúmeros poderiam ser ditos e que talvez nem mesmo um livro comportasse.
ELEIÇÃO NA CBF
A CBF segue agitada, dividida e pegando fogo…
ANCELOTTI
Enquanto Ancelotti é o novo técnico da Seleção Brasileira e convocou três profissionais do CAM para compor sua equipe de trabalho nos jogos contra Equador e Paraguai (o médico Rodrigo Lasmar, o preparador físico Cristiano Nunes e o fisioterapeuta Guilherme Fialho), os bastidores da Confederação estão em chamas e com os bombeiros de greve…
EDNALDO RODRIGUES
O presidente afastado, Ednaldo Rodrigues, desistiu do recurso no STF que poderia reconduzi-lo de volta ao cargo. O afastamento se deu pelo Tribunal de Justiça do RJ por suspeita de falsificação de assinatura do vice-presidente em um acordo que manteve Ednaldo no cargo no imbróglio em 2022…
Com a desistência de Ednaldo do recurso no Supremo, o caminho está livre para a nova eleição no próximo domingo 25…
NOVO PRESIDENTE
O novo presidente será o médico Samir Xaud que atualmente é o presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol…
Poderia concorrer com ele o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, que até conseguiu 29 clubes para apoiá-lo, porém apenas duas Federações, o que inviabilizou a candidatura legalmente…
RACHA
21 clubes (A e B) se recusam a participar do pleito, alegando que o processo não é transparente: AME, CAP, Dragão, BOT SP, CHA, COR, COXA, csa bh, CUI, FLA, FLU, FOR, GOI, INT, JUV, MIR, Novorizontino, Operário PR, SAN, SP e SPO…
O CAM, que estaria nesse grupo, ainda não assinou a NOTA e se encontra em cima do muro…
NOTA CONJUNTA
Esses vinte clubes, em NOTA CONJUNTA, discordam do processo eleitoral vigente na entidade e pedem mais democracia, transparência e representatividade…
E A LIGA?!!
A criação da LIGA voltou à tona e integrou uma exigência de oito mudanças no Futebol Brasileiro pelos clubes rebelados…
Além da criação da LIGA constam alteração do processo eleitoral (relativo ao peso dos votos), obrigatoriedade da participação dos Clubes em todas as Assembleias Gerais da CBF (legitimidade decisória), alteração das regras de governança (criação da Comissão Nacional de Clubes), aprovação conjunta do calendário 2026-2030 pelos clubes e CBF, fomento e apoio financeiro às Séries B, C e D e ao Futebol Feminino, estabelecimento de regras de “Fair Play” Financeiro e profissionalização da arbitragem…
QUEM ACREDITA?!!
Eu acredito (na criação da LIGA), mas não acredito na profissionalização da arbitragem e mudança do calendário…
A profissionalização da arbitragem exige grana, e quem vai bancar?!!
A mudança do calendário exigiria o fim dos Estaduais , e quem vai mexer nesse vespeiro?!!
Bom dia.
Por falar em CBF, a mesma antecipou as janelas para contratação de atletas para 1 de junho.
E agora GALO?
Abraço
Bom dia Ávila. Bom dia a todos. O futebol é apenas um recorte da sociedade. O Brasil é o país da corrupção e da impunidade! Aqui em Minas foram quantos os mortos em rompimento das barragens de Brumadinho e de Mariana. Alguém foi condenado pelas mortes? E um helicóptero com mais de 400 Kg de Cocaína? E o escândalo dos megasalarios da Assembleia? Algum Deputado devolveu o que recebeu ilicitamente? No Brasil tivemos anões do orçamento. Mensalão, petrolao e por aí vai. Políticos, com as exceções que conformam a regra são, em sua maioria ladrões do dinheiro público. E o povo normaliza isso. A matança no trânsito, os crimes ambientais, a atuação do crime organizado e as milicias, TUDO NORMALIZADO! Por que seria diferente no futebol? Aqui em Minas, desde a ditadura militar um cla domina a Federação. Aquilo ali é uma mamata. Quanto ganha por mês o Presidente da Federação Mineira? E porque os Clubes de Minas não organizam uma Liga Estadual? E os privilegios disfarçados de penduricalhos que burlan o teto de 41 mil por mês que deveria ser a maior remuneração dos servidores públicos? O Kafunga tinha um bordao: NO BRASIL O ERRADO É QUE O CERTO! NADA MUDA. Sigamos
Domingos Sávio,
Adriano Aro ocupa a presidência da FMF desde dezembro de 2021. O Estatuto da FMF prevê eleições de quatro em quatro anos e neste ano, portanto, haverá a priori eleição.
Sabe-se que o Estatuto da FMF veda uma segunda recondução (Art. 53), o que impedirá a recondução ao cargo de Adriano Aro pelo encerramento de seu segundo mandato no final deste ano…
Ano que vem um novo presidente da FMF será eleito pelos presidentes de clubes profissionais e presidentes de Ligas certamente em dezembro 25…
Você indaga no seu comentário os porquês de os clubes mineiros não organizarem uma LIGA.
Aí eu pergunto:
a)Acho mesmo isso possível e viável?!!
b) Atlético e Cruzeiro (Menin e Pedrinho) se uniriam para formar uma LIGA DE FUTEBOL EM MG?!!
c) Você, que acredita em assombração, acredita mesmo nessa parceria em prol e bem comum do futebol mineiro?!!
d) Ou Menin e Pedrinho, cada qual no seu cada qual, vão tentar colocar na Federação um presidente pra chamar de seu?!!
Ps: pesquisando no site da FMF, Domingos Sávio, vi que a Eleição da FMF ocorrerá em 17 de junho 25, mês que vem, e o Edital foi publicado…
E, veja bem, até o presidente da Liga Bondespachense de Futebol, que será lá do Engenho do Ribeiro, vai votar…
Ele não é seu parente, não?!!
OPresidente da Liga Araxaense de Futebol também foi convocado. Será ele parente do Ávila ou do Torga?!!
Se o Adriano Aro está no comando da FMF DESDE dez/21 estou entendendo, pela sua colocação, que ele está no final do primeiro mandato. Assim sendo, pelo estatuto da FMF, ele teria direito à PRIMEIRA RECONDUÇÃO, portanto, ele ainda pode ser reeleito em dez/21. DEm face do exposto penso que uma SEGUNDA RECONDUÇÃO somente ocorreria em dez/29. Ou não?
Não Ernest. Veja que o irmão do Adriano Aro ( Marcelo Aro) é Secretário do Governo Estadual e pré-candidato a Senador pelo Estado. A mãe do Presidente da Federação e do Secretário de Governo Vereadora de BH. O pai deles é marido da Vereadora Deputado Estadual. O Presidente da Câmara é mais de uma dezena e vereadores integram a família Aro. O Prefeito da Capital, é uma cria da rádio do Menim. Eu perguntei qual o salário do Presidente da FMF? Mais de cem mil com certeza. O pai do Adriano e do Marcelo é irmão do Elmer José Guilherme. Lembra dele? O avô do Adriano e do Marcelo era o Coronel José Guilherme, que foi nomeado pela ditadura militar para presidir a Federação Mineira de futebol, isto na década de 60. O clã deles está na direção dessa capitania hereditária, ops, Federação há mais de 60 anos.
Muita razão, na ideia geral do comentário.