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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

O apêndice stjd e as maracutais da cbf

Serei bem breve. Mas não posso iniciar sem reafirmar o que penso da cbf e seus órgãos internos e de apoio, tv e toda essa gente que matou o futebol brasileiro. Vagabundos que defendem o interesse comercial do esporte bretão, sem qualquer preocupação com a equidade entre os clubes que disputam as competições nacionais. O resultado é esse, o outrora melhor futebol do mundo hoje é coadjuvante até na América do Sul. Vide eliminatórias.

E esse esgoto que nos meteram data de cinco décadas, desde quando o interesse comercial das transmissões passou a ser mais forte que a competição. Foi assim que perdemos uma quantidade de títulos para time do eixo Rio de Janeiro e São Paulo, os dois maiores e ricos estados brasileiros, consequentemente de forte apelo publicitário. Erros questionáveis de juízes, decisões grotescas do stjd, confecção de tabelas e adiamentos providenciais de jogos, sempre acobertados pela mídia desses mesmos veículos de imprensa.

Pois bem, tivemos um triste e lamentável episódio da final da Copa do Brasil. Bandidos travestidos de torcedores, em reação à essa gente que mencionei acima, cometeram insanidades no nosso Estádio. Arena moderna e que vem causando indisfarçável inveja aqui em nosso estado e em times do eixo. Alguns, como até projeto em andamento, com apoio financeiro de governos interessados em popularidade. Dinheiro público para interesse desses mesmos beneficiados no apito, no tribunal e nas tabelas e sorteios.

 

Aqui de Minas, quem fez acordo – desde a época do Teixeira – segue com a boa vontade dos mesmos algozes autores que sacaneiam o Galo. Já quebraram estádio, já tiveram guerra com torcida de outro estado, mas a punição sempre leve e até atenuada pelos caras que usam toga no stjd. Pena pequena e simbólica, numa canetada de torcedor, tornada sem efeito. Entendeu o jurista – por conveniência – ter sido cumprida na pandemia. Nenhum time teve público na ocasião. Malandragem oficial chancelada por torcedor vestido de julgador. Com parentesco direto com gente da cúpula do time em pauta. A outra pena, briga violenta entre torcedores que a televisão mostrou, peninha educativa para o mesmo interessado.

Aí vem o Galo no caso presente. Julgado providencialmente na semana – dias antes da grande decisão com um time carioca – apenado cruelmente por seis jogos. O dobro do apadrinhado acima, com um detalhe, por ação da direção Atleticana mais de 20 atores daquela imbecilidade foram identificados e presos, inclusive quem atirou bomba e atingiu um repórter fotográfico. Sacanagem? Não mesmo! Deliberado. A decisão foi tomada em comum acordo, antes do julgamento que foi exclusivamente para formalizar a intenção da cbf. O presidente e procurador do mesmo tribunal (minúsculo como seus membros e a cbf) já tinham anunciado em ato o rigor desejado. Em menos de 24 horas a denuncia e mais outras 24 horas a liminar proibindo jogos na nossa casa e a presença de público.

Nada mudou, foi assim que em 1977 esses membros – com outros integrantes – tiraram Reinaldo da final para beneficiar o São Paulo. Igualmente em 2012, sem expulsão no gramado, o procurador desse covil de amigos torcedores de times do eixo, denunciou Ronaldinho pelo interesse do fluminenC. São exitosos nas maracutaias, se recorrer na Justiça Comum, a pena é eliminação e descer de série. Interessante, teve time por aí, que essa gente esperou resolver pendências evitando penalizar com descenso. São, ao meu pensar, um bando de canalhas e vagabundos em desfavor do futebol brasileiro para beneficiar os times do coração deles e dos interesses da tv e seus anunciantes. O torcedor que se dane. O que vale são os businesses.

*imagens: arquivo do blog

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