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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Nascida, criada e formada na Atleticanidade

Caríssimas e caros, peço permissão hoje para abrir mais uma vez o espaço para a história de gente que tem o Galo no coração. Conheci, virtualmente, essa linda e simpática moça que veio lá de Passa Tempo para engrossar o grito de Galo nas arquibancadas do Independência e Mineirão. Renata Andrade, como muitos entre nós, tem uma trajetória bonita de paixão, amor e dedicação às cores do nosso time do coração. Sigam com ela!

Renata Andrade

Passa Tempo, minha cidade. A famosa cidade aconchego foi onde nasci.

Como a maioria dos atleticanos, eu nasci Galo! Influenciada pelo meu pai, desde sempre tive camisas e coisas relacionadas ao meu time. Nunca tivemos uma vida fácil, portanto não vinha sempre a Belo Horizonte e, consequentemente, não tinha acesso ao estádio.

Nas férias escolares, costumava vir à capital para a casa da minha única tia que morava aqui, Tia Lilian. Pessoa maravilhosa que admiro e agradeço muito por ter me levado pela primeira vez ao Mineirão. Não me recordo o ano, mas foi um jogo durante a semana entre o Galo e Atlético Paranaense. Quando a bola ia para a área adversária toda a torcida ficava eufórica, já eu parava e sentia a arquibancada. Era uma sensação muito boa. Inesquecível!

Em 2008 me formei no ensino médio e em janeiro do ano seguinte mudei para Pará de Minas. Cidade pela qual tenho muito carinho. A mudança tinha a intenção de “tentar a vida”, estudar, trabalhar…

Lá fiz muitas amizades. Não foi fácil sair do meu aconchego e morar longe dos meus pais. Foi a época mais difícil da minha vida, apesar de ter comigo meus tios que são meus segundos pais, Titia e Tio Zezé que sempre fizeram para mim mais que podiam.

Morando em Pará de Minas existiam os especiais que iam para os jogos do Galo em Sete lagoas e Belo Horizonte, então decidi ir para o meu primeiro jogo nessa nova fase da vida. Em 08 de novembro de 2009, Atlético e Flamengo. Galo perde por 3×1 com direito a gol olímpico do Petković.

Apesar da derrota, nada apagava meu amor e admiração pelo nosso time e pela torcida apaixonada que vi nas arquibancadas do Mineirão. Cheguei em casa explodindo de alegria. Era um sentimento que não cabia no peito. Aí me tornei fanática!

Final de 2012 passei por uma depressão e síndrome do pânico. Decidi voltar a morar com meus pais. Voltei para a pacata Passa Tempo. Em abril de 2013, consegui um emprego aqui na capital dos mineiros. Não pensei duas vezes. Vim embora para essa Cidade do Galo! Que ano meus amigos, que ano!

Não tinha ano melhor para uma atleticana do que mudar para Belo Horizonte e poder ver seu time de perto. Não é mesmo?

Comecei a ir sempre aos jogos do Galo. Pude viver a melhor época do meu time no estádio. Vi o São Victor defender o pênalti contra o Tijuana, fui à final da Libertadores. Fui nas quartas, semi e final da Copa Brasil em 2014. Vivi muitas alegrias e vivo até hoje com meu Galo.

Sou feliz demais pelo meu pai ter feito de mim seu “menininho” quando criança e ter me aplicado o Galo Na Veia!

Agora que venham novas histórias na nossa Arena. Porque aqui é GALO!

*fotos: arquivo pessoal

6 thoughts to “Nascida, criada e formada na Atleticanidade”

  1. Bom dia,

    Sempre é muito bom e energizante ler uma tão bela história de amor incondicional pelo Atlético,
    Parabéns “Renata Andrade” primeiramente pela escolha de ser atleticana, e por sua história de vida.
    Neste espaço você além de muito bem vinda, encontrará um reduto de Atleticanos de coração.
    Seja bem vinda!

    Bom sábado a todos!

  2. Prezada Renata!
    Seja bem vinda a este verdadeiro santuário do galo: O blog do Ávila. Aqui é a nossa casa! Mais uma trajetória de uma atleticana. Atlético, como sempre digo, é paixão, e o seu relato veio confirmar, parafraseando Paulinho da Viola: foi o galo que entrou na minha vida, e o meu coração me deixou levar! Parabéns por nos brindar com mais uma história de amor ao CAM.
    Hoje e sempre, galo!

  3. Bom dia Renata, Lucy, Eduardo, atleticanos e atleticanas,
    mais uma história de amor e paixão pelo nosso Galo… Seja bem vinda ao “nosso” espaço e na “nossa” família, como em toda família que se presa, temos divergências de opinião, temos discussões, mas o objetivo de todos é um só, ver o nosso Galo brilhar como estrela maior nos céus do mundo!!!!
    Todos nós temos um “pé” no interior, eu nasci aqui mas minha mãe é de Abaeté e meu pai de São Gonçalo do Rio Abaixo…. O interior faz parte da nossa vida…. Sua história me lembrou uma música do Belchior, que ele fez para a cidade dele Sobral, conhecida como “Princesa do norte” que me trás muitas lembranças boas, gostaria de compartilhá-la com você e com todos do blog…
    Um abração, um ótimo fim de semana e se cuidem…

    1. Narração tão bela quanto sua aura, Renata! Eu também tive a sorte de ter um Pai que estimulou meu amor pelo Galo. Essa conversa de “lugar de mulher é onde Ela quiser”, ouvi desde pequeninha quando era levada ao antigo Mineirão.
      Relatos como o seu trazem à tona as minhas mais tenras lembranças afetivas. O CAM não se resume ao futebol, ao que ocorre em campo, transcende a paixão também fora dele.
      Você é mais nova, não pôde conhecer a Geral, clássico meio a meio, sentir a arquibancada balançando, chuva de papel higiênico, escutar “Ademg informa”, comer o VERDADEIRO tropeiro, etc.
      Mas viverá o futuro na Arena MRV e terá outras tantas histórias emocionantes para contar na posteridade; sobre o Clube, o Time, os jogos e o calor da Massa.
      Bem-vinda ao Canto do Galo. Por aqui tem uns 2 idiotas misóginos, a eles toda a nossa indiferença. Porém, a grande maioria – capitaneados pelo anfitrião – é de homens que já entenderam que Mulher gosta, entende e debate sobre futeboll, sim!
      Um abraço.

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