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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Dia intenso na vida do Atleticano

Não só no futebol do Galo, como também em questões de gestão do nosso time e até sobre a questão dos estádios de Belo Horizonte. O jogo treino, outra vez frente ao mesmo Vila Nova – parece que o time da vizinha e antiga cidade de Congonhas das Minas de Ouro – sparing dessa fase de preparação da equipe para a temporada. O placar de 3 a 1, de virada, para os nossos reservas – ao que li – serviu para mostrar ao treinador que os suplentes estão com fome de bola também.

Os gols de Calebe e dois de Vargas confirmam que o elenco tá empenhado em mostrar serviço ao novo treinador. Foi com essa disposição e mostrando qualidade nos treinamentos, que o próprio Calebe surpreendeu com sua escalação na estreia sábado passado. Além deles, ainda temos muitos jogadores que poderão ser aproveitados como Otávio, Ademir e Sasha, além dos que estão no DM. São eles Mariano, Igor Rabello, Arana, Zaracho, Alan Kardec e Pavón.

Ainda ontem, pela manhã, atendendo ao um convite do Galo estive junto a outros Atleticanos – como eu que tem um espaço alterativo sobre o nosso time do coração – sendo recebidos pelo presidente Sérgio Coelho, pelo CEO Bruno Muzzi e o diretor de Comunicação André Lamounier. Além deste blogueiro, estavam lá o Breno Galante. Eduardo e Beto Guerra, Thiago de Araújo, Fael Lima, André Repsold, Silas Gouveia, Ricardo Alencar, Marco Geves, Luciano Claviers e Mauro Luciano.

A resenha informal, sem uma pauta prévia, acabou girando em torno da SAF. Muitos esclarecimentos foram repassados e até eu, um beócio no assunto, consegui perceber pontos que parecem incompreensíveis nessa eventual transformação. Ainda assim, não me acho qualificado a dizer se sou favorável e muito menos contrário ao negócio. Até porque, como disse na abertura da prosa, não me acho influencer , sou somente Atleticano.  Estou sim, blogueiro!

Sempre demonstrei minha confiança na gestão do Sérgio Coelho, sou ainda grato aos quatro benfeitores – chamados de 4Rs -, até porque sem eles sei perfeitamente que o Galo já teria falido e talvez disputando séries intermediárias do futebol brasileiro. E, com eles, Sérgio e esses Atleticanos cacifados, comemoramos um Brasileiro, uma Copa do Brasil e dois Mineiros em dois anos da atual gestão.

Quanto a essa questão da SAF, mesmo sem competência para avaliar com a exatidão que o assunto exige – prefiro confessar meu despreparo a chutar opiniões sem base -, o que desejo é o sucesso do Galo. Dentro e fora de campo. Na questão administrativa/financeira, em que pese o alto valor da dívida – que dizem ser de possível equacionamento – não temos já faz tempos credores batendo na porta e penhorando sede e até troféus. Tampouco noticiário fora da editoria de esportes, tivemos um tempo não muito distante que as manchetes dos jornais tiravam nosso sono.

Enfim, para fechar esse assunto. Com SAF ou sem SAF, além do controle de gestão, como Torcedor que é e onde sempre foi o meu lugar, quero vitórias e consequentemente títulos. Diante de tudo que foi dito, só ouvia e nada disse a não ser que estava ali como Atleticano, quero manter minha crença e confiança no bom propósito da diretoria. Essas pessoas, abnegadas, estão ali para doar seu trabalho como contribuição ao nosso Glorioso Galo. Então, até prova em contrário, merecem meu apoio. Se amanhã entender diferente, não tenho qualquer constrangimento em anunciar mudança de comportamento.

Para fechar, caríssimas e caríssimos, essa questão do elefante branco – que atende pelo apelido de Mineirão – deveria se criar uma comissão não para discutir a utilização do espaço pelo futebol mineiro. O estádio, quando da reforma – caríssima diga-se – deveria ter sido repassado aos clubes, mas o edital da ocasião proibiu essa possibilidade. Agora, ao que vemos, os administradores do Mineirão, preferem ceder o espaço para grandes shows que aos clubes da capital.

Tivesse, lá atrás, dez anos já passados, entregue essa gestão aos dois clubes que não tinha estádio, seguramente hoje a situação seria diferente. A gestora, que está ali evidentemente, em busca de receitas ainda tem um contrato leonino que obriga o estado a cobrir déficit de receita. No início do governo passado, ainda em 2019, tive uma boa prosa com o atual e reeleito governador neste sentido, mas me lembro que para o estado tentar essa alternativa, o desembolso era de valor impagável. Então, acho, deveria se chamar os responsáveis por aquela licitação para tentar encontrar uma justificativa para essa situação. Ah! Quanto a local para jogar, o Galo a partir de maio, deixa a condição de inquilino. Teremos nossa própria casa.

*fotos: Pedro Souza/Atlético

14 thoughts to “Dia intenso na vida do Atleticano”

  1. Se com time reserva tá ganhando fácil do Vila , então pq usar time titular para este campeonato que não vale nada e se for de interesse ser campeão usa o time titular somente nas finais…

  2. Bom dia, todos! Amigo blogueiro, Por que vc não aproveitou e questionou o presidente do Galo sobre a proibição da imprensa e do torcedor em frequentar o CT? Acho isso um absurdo. Ontem teve jogo treino e ninguém pode acompanhar. Todas as informações são passadas pelo clube. Nem mesmo fotos são permitidas. O que essa prática traz de ganho técnico para o time?

  3. Claro blogueiro. Que bom o seu otimismo. Mas, não disseram prá você, além de que o CAM tem dívidas, QUANTO ELAS SOMAM! Não disseram qual o valor do patrimônio geral e, muito menos, se a Arena é mesmo nossa, ou em que proporção. E tem mais: tenho algumas migalhas em bancos, adquiridas ao longo de uma vida com muito suor: se o Galo quiser emprestado, com GARANTIA patrimonial,por exemplo, 1%, do Shopping ou um aval do Banco do Brasil, Bradesco ou Itaú,, com os juros que pagam, estou aí prá emprestar pelos mesmos juros e uma boa uma conversa…. É isso que falta: transparência! Enfim: eu também torço pro time em qualquer circunstância.

  4. Bom dia, Eduardo e Massa.
    Sobre o imbróglio do Mineirão, a sua citação sobre o contrato de exploração, o próprio nome diz: exploração do dinheiro do povo. A cláusula que prevê esses repasses abusivos foi danosa ao povo mineiro. E deveria, sim, serem chamados os responsáveis pelo fato. E não é difícil identificar: só verificar em que administração o contrato foi firmado…
    Tomo a liberdade de me reportar a um comentário sobre o seu post anterior, onde um imbecil fez uma crítica desrespeitosa à sua postagem. Eu entendi que ele estava se referindo a algum jornalista que deu a notícia, mas hoje é que percebi, pelas respostas que o imbecil recebeu, que ele estava atacando você.
    Corroboro com os leitores que responderam ao imbecil e manifesto minha solidariedade a você, e reitero a minha sugestão quanto à manutenção de leitores desse *quilate* em seu espaço democrático. Ser democrático não quer dizer permitir manifestações ofensivas, especialmente contra quem está prestado um serviço importante como, acredito, todos os seus seguidores consideram.
    Então, vamos excluir esse mequetrefe?
    Quanto às atuações do Galo, tenho a observar a parte defensiva: 3 jogos, 3 gols sofridos de cabeça. Li a reportagem do Everson hoje alegando que … Não é uma rotina treinar bola parada?
    Espero que não comecem a apresentar as mesmas desculpas de 2022..
    No mais, Gaaaaaaalooooooo!

  5. Fico daqui imaginando a fala dos “donos” da Minas Arena quando ganharam a tal licitação para gerir o Mineirão… vamos comemorar com champanhe e caviar até morrer!!!

    O negócio é tipo assim… se tiver jogo de futebol, a empresa ganha e se não tiver, ganha do mesmo jeito com o repasse bilionário do Governo… é muita moleza… que país é esse!!!

  6. Bom dia. Resenha complicada hoje. Mas é o preço das conquistas, tai a dívida… Eu não sou apenas elogio aos Rs. Em 3 anos quase duplicaram a dívida, contrataram jogadores sem pagar, no mesmo esquema que vinha antes, penhoras não terminaram, vide Guga recentemente. A conversa quando eles assumiram a administração do clube foi bem diferente da realidade de hoje, está longe do mar de rosas que eles pregaram em 19-20. Beleza ganhamos, mas a um preço muito alto e que só agora vamos realmente ter a dimensão desse endividamento. Mas como falei, não vejo toda essa diferença na administração do clube…não reduziu dívidas, contrata-se ainda sem pagar, dividas fifa…shopping se foi…clube gasta muito mais que arrecada…Sei que tivemos vários contratempos como construir um estádio em plena pandemia…mas não sei…ainda acho que na parte administrativa ficou a desejar em relação a situação que o clube se encontra hoje e entrar numa SAF por desespero…e torceremos para um clube cujo o dono será dos EUA…sem nenhuma ligação e pelo jeito seremos uma experiencia de negócio do rapaz…Boa sorte a todos nós…Saudações.

    1. Meu caro amigo de espaço
      Os 4R´s tb são passíveis de erro, mas gostaria que alguém tivesse o culhão de levantar qual a dívida que cada diretoria deixou no clube. Pelo que ouvi, Kalil pegou o clube com 280 M e deixou com 800M.
      Se for vdd não foram os 4R´s que dobraram a dívida do clube.

      1. Não tô passando pano e nem citei Kalil, tá igual política…AFF. Kalil tbm teve seus erros, mas teve seus acertos, talvez o preço de se conquistar uma libertadores e uma cb14, assim como a conta vai chegar agora pelo br21 e cb 21. Entre o Kalil e o Rs, teve 2 presidentes, a conta chegou prós rs em 800 milhões, mas não saiu do Kalil em 800, inclusive teve um q gastou muito, Fred, Robinho…etc, e outro com austeridade, mas pagou quase 20 milhões numa dupla paraguaia q quase não jogou…todos tem seus erros e acertos, só comentei q quando os RS assumiram o discurso era bonito e achei q seria diferente por serem empresários de sucesso…etc. na minha visão não foi tão diferente dos outros…e ainda nem sabemos o tamanho do buraco…

  7. Bom dia Massa e Guru

    Deste encontro com o presida, foi comentado sobre o dinheiro que o nosso vovô Menin despejou e vem despejando no clube, ou em cacau ou em aval de empréstimos.
    Depois dos esclarecimentos, o meu sentimento é que sem este fenômeno chamado Rubens Menin, hoje estaríamos no nível de uma Chapecoense da vida, senão pior.
    Vejo aqui, muitos, mas em especial um frequentador assíduo, que usa caixa alta criticando os mecenas, mas pergunto: estes caras pelo menos tem o GNV para ajudar?
    Então: aos Menis e os demais R´s, nosso muito obrigado e nosso reconhecimento.
    Sobre o Mineirão, enquanto o estado pagar os prejuízos, eles vão se lixar para os clubes. Aliás quem fez este contrato esdruxulo ? Foi o famoso contrato caracu, a Minas Arena entrou com a cara e o estado e os clubes entraram com o resto.
    Amadorismo puro, assim como nosso rural, e a FMF .
    Parafraseando aquele super herói companheiro do homem morcego:
    Santa incompetência!

    1. Prezado JBHGALO, para quem tem um mínimo de discernimento, o tal boçal da caixa alta não passa de um torcedor do CSA-MG infiltrado aqui no blog. Aliás, não sei porque ele continua com passagem livre, leve e solta por aqui.

      Em relação aos 4 R’s, concordo plenamente com você.

      Em relação ao Mineirão, deve ser destacado que a Minas Arena assinou um contrato, cumpriu e continua cumprindo integralmente todas as suas cláusulas, por isso a dificuldade em se fazer o distrato. Lembre-se: A Minas Arena CONSTRUIU tudo que hoje conhecemos como “o novo Mineirão”. Agora estamos na segunda parte do contrato: a contrapartida do estado, que durará até 2037, pelo que já ouvi. Só mais um detalhe: no projeto da PPP o Estado de Minas, por sua única responsabilidade, fez um estudo que, resumidamente, diz o seguinte: você reforma o estado para a Copa e depois você o explora por 25 anos (acho que é isso) dentro das condições X, Y, Z. Se as condições X, Y e Z DO ESTUDO FEITO POR MIM NÃO VINGAREM, eu faço o ressarcimento financeiro do seu investimento. Não adianta chiar: o Estado tem que cumprir a parte dele no contrato assinado. Observe que até o momento o Estado de Minas moveu uma palha para fazer o distrato. Sabe porque não? Porque a Minas Arena vem cumprindo integralmente a parte dela. Outro detalhe: se o Estado de Minas simplesmente fazer o distrato, qual será a credibilidade para fazer outras PPP’s? A coisa não é tão simples como parece.

      Em relação ao chororô do CSA-MG, eu pergunto: porque eles não “tomam o Mineirão da Minas Arena”? Basta procurá-la e perguntar quanto eles querem pelo contrato, pagarem o valor pedido e se tornar “dono do estádio até 2037”. Eles querem é moleza, meu amigo. E contam com a safadeza da imprensa vendida para conseguirem a têta! O que eu não entendo é porque o babaca do Sérgio Coelho está entrando nesse rolo. O Atlético, por edital, joga no Mineirão o dia que ele quiser. Não precisa de contrato, não precisa de nada.

      1. Amigo Teobaldo
        Fiz este seu comentário em uma live. O presida tá embarcando em canoa furada. Se ele quer reclamar da Minas Arena, do MIneirão ou até do vendedor de pipocas, fale pelo Clube atlético Mineiro.
        Ao abraçar a causa junto com o ex rival ele está servindo de muleta pros caras, que devem os tubos ao Minas Arena e querem dar calote. Desculpe, mas f@%$ pra eles!

  8. Bom dia Eduardo e Atleticanos! Radicado em Brasília não consegui assistir o Jogo do galo contra a Caldense. pelo que li o time foi bem considerando ser o primeiro jogo após as férias e com algumas alterações no plantel e fico na expectativa de que time engrene e o trio de ataque e meio campo deem liga.
    Quanto ao encontro nas dependências do Galo, que timaço de profissionais que nos brindam com noticias e informações sobre o Galo nas redes sociais, que nos livrou das noticias parciais e tendenciosas do eixo. Saudações Atleticanas

  9. Prezados Ávila, atleticanas e atleticanos!
    Embora reconheça que os 4Rs elevaram de patamar o time do galo, mas, por mais paradoxal que possa parecer, administrativamente não foi o sucesso esperado, pois a atual dívida astronômica nos coloca próximo à transformação em SAF. Confesso a minha santa ignorância, mas a transformação do galo em SAF é atestado de incompetência administrativa dos atuais dirigentes do atlético que, juntamente com as administrações anteriores, apenas tiveram projetos de poder e não comprometimento com as finanças do galo. Lembro-me de situação semelhante vivida pelo Flamengo que, através de uma diretoria responsável e comprometida em salvar o Urubu, transformaram a situação dramática que vivia o Flamengo em projeto vitorioso. Não se vê falar em SAF no Flamengo e Palmeiras. Porquê?
    Hoje e sempre, galo!!!

    1. “Não se vê falar em SAF no Flamengo e Palmeiras. Porquê”?

      Resposta: PORQUE OS ADMINISTRADORES DOS CLUBES CITADOS MANTENDO-OS COMO ASSOCIAÇÕES, já perceberam que fazendo as coisas com critério, associado ao poder econômico dos estados onde estão localizados, às enormes torcidas (enormes de verdade) que consomem produtos oficiais e às mídias que os amparam, CONTINUARÃO MAMANDO NAS TETAS, SEM TER DE DAR SATISFAÇÕES A NINGUÉM. O Corinthians também vai continuar nessa barca e, talvez, São Paulo, Grêmio e Inter. O resto dos times, TODOS QUEBRADOS E SEM CONDIÇÃO DE PAGAR AS DÍVIDAS, não têm outra saída. Lembre-se, Ângelo, nosso nobre decano, a LEI DA SAF instituiu o calote e disso nenhum clube, dentre os quebrados, vai abrir mão. Abraços!

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