Chegando a hora

Ontem a reapresentação, dando início a retomada da temporada, depois dessa mini férias.  Exames médicos, testes físicos e treinamentos para buscar a reação que o Atleticano tanto quer e espera nas três frentes que o Galo está disputando. Nossa sequência não será leve, além de ainda ter dois jogos no Brasileirão adiados pela necessidade de fazer o playoff da Sul-americana. Os confrontos com Sport e Fortaleza, ambos em BH e pelo BR nas 14ª e 16ª rodadas, serão realizados em data a ser definida lá na frente.

Com isso, seguramente, nossa sonhada ascensão na tabela de 7ª colocação para G6 ou G4, além de ser adiada irá nos jogar para posições ainda abaixo da atual. Tudo por culpa do Iquique e do Cienciano. Não fossem esses dois algozes, que eu e muitos desconhecíamos até recentemente, a situação seria mais confortável. Vamos ter de lutar com o também desconhecido Bucaramanga por vaga na sequência da Copa Sul-americana. Que situação! Tomara meu Deus tomara, que essa folga e a prorrogação dela como prêmio pelas duas últimas vitórias tenham sido para despertar no elenco, comando técnico e donos em atender aos legítimos interesses do Torcedor.

Viram como disse? Donos! Até recentemente diríamos diretoria, mas os tempos são outros, confesso que ainda tenho cá minhas dificuldades com essa nova realidade. Como muito bem colocou ontem, nosso amiGalo Jorge (BH) Gomes, saudade do sentimento de pertencimento. Virei (viramos) consumidor. E sem direito a reclamação, também fruto dessa nova modalidade de gestão, até passíveis de pito do filho do dono. Não merecedores, mas manda quem pode e obedece quem tem juízo. Não foi por acaso, que – como adoram exaltar alguns aqui e capitaneados pelo Domingos Sávio – minha passagem pelo ginásio em colégio salesiano me ensinou o caminho da rebeldia e da resistência.

Brincadeira ou tentativa à parte já que o momento é – na verdade – de preocupação, olho para a sequência de jogos e tenho sinais de expectativa. Se o elenco voltar dessa folga com vontade e comprometimento, acho muito possível seguir reagindo e avançar nas três frentes. Daqui exatos 12 dias, num sábado (12/jul) vamos até Salvador pegar o Bahia, que está neste momento com um ponto a mais e duas posições acima. Vencendo tomamos o lugar dos baianos e entramos no G6. Qualquer outro resultado, vai nos tirar até a atual sétima colocação. Logo depois, numa quinta (17/Jul), lá na Colômbia o tal Bucaramanga – da cidade do mesmo nome -, e na exata quinta-feira seguinte (24/jul), aqui, a segunda e decisiva partida. Quem passar segue na SA e o outro sobra. Entre esses dois jogos, também fora de BH – a terceira seguida longe do Atleticano – o Palmeiras – no domingo (20/jul) pelo Brasileirão.

Seguindo pelo campeonato nacional, a primeira das três partidas com o flamídia, sendo que as outras duas serão pela Copa do Brasil. Então pelo BR, no Rio de Janeiro, domingo (27/jul), com o eventual líder da competição. Até no dia, pode ser ou não ainda o primeiro colocado. Também no Rio, quatro dias depois, quinta-feira (31/jul) pela Copa do Brasil. A última dessa série com o cheirinho, que deixou seu aroma odorífero agradável para a maioria dos brasileiros nessa semana no mundial de clubes, será em Belo Horizonte na quarta (06/ago). Confronto que vale vaga na sequência da CB. Que define quem segue e quem desce da competição. E nesse dia haverá tratamento de mineiro que sabe receber bem a quem também nos recebe com fidalguia na sua casa. O mineiro e o Atleticano são hospitaleiros. Ah! Entre esses dois jogos, também pelo BR e aqui na nossa casa no domingo (03/ago), vamos receber o Bragantino. Não podemos admitir deslizes em nenhum dos jogos e competições. Só depois então pensar no Sport e Fortaleza, adiados, e – caso avance – na(s) Copa(s) e nacional.

Trocando em miúdos, se os donos da saf – não do sentimento Atleticano – pretendem fazer e/ou sonhar com superavit financeiro e orçamentário, fundamental é devolver ao Torcedor o sentimento de propriedade (pertencimento, conforme JBHGalo) que anda distante da Massa. A começar com novidades pontuais e fundamentais no elenco, pela janela que abre amanhã; seguindo com ações de reaproximação do Torcedor raiz, que anda afa$tado dos jogo$ por razões óbvias como valores cobrados na Arena pelos bares e estacionamento, ingresso até que barateou, desde que seja GNV; entre outras medidas populares e não populistas. Ah! E Aprender a respeitar a mídia toda e não imaginar que imprensa seja porta voz dos seus interesses. Sinceramente, ao juízo meu, isso será facin facin…desde que exista essa vontade por parte dos investidores. Sigamos! E não vou abandonar minha Atleticanidade nem tampouco aderir aos safistas. Irei sempre, de acordo com o momento em campo, reconhecer ou cobrar. Sou Atleticano!

*fotos: Pedro Souza/Atlético